Desde sua criação, o tênis sempre foi um esporte muito popular, jogado tanto ao ar livre, quanto em ambientes internos. No entanto, períodos frios e chuvosos como o inverno dificultavam sua prática. Assim, surgiu uma brincadeira que rapidamente fez sucesso: o tênis de mesa.
Conta-se que os primeiros jogadores eram, geralmente, universitários, que utilizavam livros como rede e pedaços de madeira como raquete. Na época, as regras do tênis de mesa eram igualmente inspiradas na no tênis tradicional.
Foi no século XIX que um britânico, ao voltar dos Estados Unidos, trouxe consigo bolas de celuloide que ele pensou que seriam boas para a brincadeira. Assim, o som da bolinha ao bater na raquete e na mesa deu origem ao nome do jogo como muitos o conhecem hoje em dia: pingue-pongue.
Em 1901 começaram os primeiros torneios, enquanto em 1922 a primeira associação de Ping-Pong. Por fim, em 1926, surgiu a International Table Tennis Federation (ITTF). Ainda que tenha sido criado na Europa, o tênis de mesa ficou famoso entre os asiáticos.
O esporte estreou no programa olímpico em Seul e, nos Jogos de Tóquio 2020, ocorreu a primeira disputa de duplas mistas. Tanto é que os três maiores medalhistas olímpicos são, respectivamente, China, com 60 medalhas; Coreia do Sul, com 18 e Japão, com oito medalhas olímpicas no total.
O guia de regras do tênis de mesa
Assim como seu inspirador, o tênis de mesa olímpico é disputado em distintas modalidades: simples (masculina e feminina), em duplas mistas e por equipes (masculina e feminina). Neste caso, ocorrem quatro partidas de simples e uma de duplas. Ganha aquela equipe que ganhar primeiro três disputas.
Os tamanhos oficiais da mesa e os equipamentos
Além do atleta, pelo menos três elementos são fundamentais em uma partida de tênis de mesa: a bolinha, as raquetes e, claro, a mesa. Esta precisa ter um comprimento de 2,75m com 1,525m de largura e estar a 76 cm do solo. Por sua vez, a rede possui 15,25 cm de altura, estendendo-se por 15,25 cm para além das bordas laterais da mesa.
A bola é confeccionada em material plástico e pode ser na cor branca ou laranja. Ela deve pesar 2,7 g e ter um diâmetro de 40mm. Por fim, a raquete não possui tamanho ou peso específicos. Entretanto, ela deve ser feita com 85% de madeira natural e revestida com material emborrachado.
De um lado, o revestimento deve, obrigatoriamente, ser da cor preta. Já o outro lado pode ser de qualquer tonalidade, sendo a vermelha a mais usual. E ambos os lados podem ser utilizados para rebater. O mix de habilidade do atleta mais a tecnologia das raquetes faz com que as bolinhas cheguem a alcançar velocidades de 150 km/h.
Em relação aos uniformes, não há muita definição. Os atletas devem usar roupas confortáveis, geralmente shorts e camisetas. A única exigência é em relação aos sapatos, que devem ter solas que não marquem o piso da arena de competição.
As diferentes formas de segurar a raquete
A forma como um atleta empunha sua raquete faz diferença no efeito que a bolinha ganha durante a partida e também define o estilo de jogo do mesatenista. Existem três empunhaduras populares:
Clássica: é quando o atleta segura de forma similar a uma raquete de tênis, segurando o cabo lateralmente e utilizando o indicador apoiado na base da raquete. É uma empunhadura caracterizada por empregar maior força à jogada.
Caneta: o atleta segura o cabo com o polegar e o indicador, enquanto os demais dedos ficam apoiados por trás da base da raquete. Nesta empunhadura, a parte plana da raquete fica voltada para baixo, o que faz com que o atleta utilize apenas uma das faces. Contudo, é uma empunhadura que permite maior velocidade.
Classinete: também conhecida como pen holder, é uma mescla das empunhaduras anteriores. O atleta segura a raquete de forma similar ao estilo caneta, no entanto, se vale das duas faces da raquete para rebater a bolinha. Ou seja, ele consegue acertar a bolinha combinando força e rapidez.
A depender da mão dominante do mesatenista, as jogadas são divididas em forehand, quando partem da mão mais forte do atleta, ou backhand, quando é a mão mais fraca a utilizada.
O que as regras do tênis de mesa falam dos saques e pontos
Toda partida oficial começa com o saque. Com a mão estendida e visível para o oponente, o sacador deve jogar a bolinha para cima a uma altura de 15 cm. Em seguida, golpeá-la com a raquete, fazendo-a quicar em seu lado da mesa, passar por cima da rede e quicar na área da mesa adversária. A partir de então, cada jogador deve passar a bola por cima da rede em direção ao oponente, mas é obrigatório esperar a bolinha quicar na mesa antes de golpeá-la.
Os competidores pontuam quando a bolinha cai no chão ou quica mais de uma vez no lado da mesa do adversário. A pontuação também aumenta quando o oponente não consegue mandar a bola de volta para o outro lado, rebatendo-a na rede ou para fora da mesa. Por fim, caso algum dos jogadores toque a mesa com a mão livre ou toque na bola com qualquer parte do corpo, o adversário também marca um ponto.
As disputas ocorrem em sets de 11 pontos. No caso de empate em 10 a 10, vence aquele que abrir uma diferença de dois pontos primeiro. Ao final de cada set, os mesatenistas trocam de lado da mesa.
Em partidas simples e em duplas, vale o “melhor de sete”, ou seja, vence aquele que ganhar quatro sets primeiro. Já na competição por equipes, como dito anteriormente, é o “melhor de cinco”, com a vitória indo para o time que ganhar três sets.