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Athletico-PR: o clube é uma SAF ou não?

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Caso você acompanhe com frequência as notícias do futebol brasileiro, deve saber que o tema das “SAFs” está bombando nesses últimos anos. Afinal, elas mudaram drasticamente a forma como é feito o esporte no Brasil e muitos debatem se, no final das contas, elas tiveram mais impactos positivos do que negativos na modalidade. No entanto, antes de entrar na discussão, é importante descobrir quais clubes do Brasil viraram uma SAF, e o Athletico-PR será o analisado a seguir.

Portanto, não deixe de ler o conteúdo. Iremos mostrar qual o tipo de gestão implementado pela equipe e o porquê dela ser considerada (ou não) um exemplo.

Afinal, o Athletico-PR é uma SAF?

Embora alguns possam acreditar que o Athletico tenha virado uma SAF, o rubro-negro paranaense jamais chegou a esse ponto. O time do sul, assim como boa parte dos outros no país, possui no seu presidente, Mario Celso Petraglia, a figura mais forte da instituição. Petraglia está desde 2011 nesse cargo e o ocupa ininterruptamente até hoje.

Verdade seja dita que o modo como ele comanda o clube, vez outra, dá a impressão que Mario é uma espécie de “dono”. No entanto, embora acumule polêmicas em toda a sua carreira e possua o rótulo de “autoritário”, o cartola nunca teve a mesma relação que tem, por exemplo, o Grupo City com o Bahia.

O Athletico-PR vai virar SAF?

Mas e quanto ao futuro? É possível que os torcedores athleticanos vejam seu time virar uma SAF? A resposta é sim, muito por conta da Lei 14.193/2021, que estipula que qualquer clube de futebol pode migrar de uma associação civil sem fins lucrativos para uma associação de caráter empresarial.

Não à toa, já ocorreram movimentações internas no próprio Athletico que mostram interesse nesse tipo de acontecimento. O CEO, Alex Leitão, deu uma entrevista em janeiro à plataforma GE mencionando o seguinte: “O Athletico não tem dívida, tem boa estrutura. Então vai buscar o investidor adequado para encontrar os melhores benefícios. Com calma, tranquilidade, a situação nos permite”.

Além disso, em setembro, houve especulações que a Bordeaux Fundo de Investimento, de São Paulo, seria um potencial comprador da SAF do Furacão. Todavia, ao menos até agora, não houve um desenrolar do assunto.

Quais seriam os benefícios caso isso ocorresse?

Em um cenário no qual a tradicional equipe paranaense conseguisse seu objetivo de virar SAF, existiriam benefícios?

Por mais que a curto prazo seja difícil estipular, já que o clube sofreu rebaixamento, a longo prazo é possível que o Athletico tivesse mais condições de competir com os grandes do país. Isso porque os investimentos feitos poderiam ser maiores, e várias das grandes estrelas dos gramados brasileiros poderiam aterrissar no Paraná.

Aliás, vale apontar que, segundo o site “Furacão.com”, a diretoria avaliou o desequilíbrio financeira como principal causa que levou o rubro-negro à Série B.

E as desvantagens?

Todavia, ao mesmo tempo, talvez nem tudo fosse flores. Especialmente porque, se ocorrer uma venda majoritária da Sociedade Anônima, os interesses do dono sempre seriam postos acima de qualquer outro, mesmo que não se alinhem com a torcida.

Ou seja, tanto dentro quanto fora do campo, o comprador da SAF seria responsável por controlar todas as decisões mais relevantes.