Disputar uma Copa do Mundo não é uma das missões mais fáceis para um jogador de futebol experiente. Para um menino de 17 anos, então, fica ainda mais difícil. Mas Ronaldo Nazário, para sempre Ronaldinho ou Ronaldo Fenômeno, foi lá e ajudou a seleção brasileira a trazer a taça do Tetra para casa. E também começou a trilhar o caminho rumo aos dois prêmios Bola de Ouro que ele ganhou em sua carreira.
Ronaldo Fenômeno tinha apenas 21 anos quando foi homenageado com o prêmio Ballon D’or – Bola de Ouro, em francês – pela primeira vez, em 1997. Na época, Ronaldo fez uma excelente campanha ao longo do ano defendendo o Inter de Milão. Em 47 jogos disputados, o centroavante marcou 34 vezes, recebendo assim sua primeira Bola de Ouro.
Cinco anos depois, em 2002, Ronaldo Fenômeno recebeu a Bola de Ouro pela segunda vez. Era seu último ano com o Inter de Milão, por quem Ronaldo disputou 99 jogos, marcando 59 vezes no total. Este foi um ano inesquecível não apenas para o Fenômeno, mas para os brasileiros também, por outro motivo: a conquista do pentacampeonato Mundial, que também contribuiu para a escolha de Ronaldo Fenômeno como o ganhador do Ballon D’or naquele ano.
Os desafios de Ronaldo Fenômeno antes de cada Bola de Ouro
Infelizmente, nem tudo foi festa na carreira de Ronaldo Nazário, principalmente nos períodos em que ele ganhou o Bola de Ouro. O primeiro prêmio veio após a difícil temporada que foi o ano de 1996 para o Ronaldo. Jogando ainda pelo Barcelona, o Fenômeno teve que encarar a possibilidade de não render da mesma forma nos gramados devido a uma condição óssea derivada de uma má-formação ainda na sua fase de crescimento.
Na época, ele se submeteu a uma delicada cirurgia no joelho para remover alguns fragmentos de cartilagem que haviam grudados em seu tendão patelar. Mas, como se vê pelos números e pelo prêmio, o atacante se recuperou totalmente. Tanto que nos poucos meses que entrou em campo em 1996, suas atuações foram suficientes para a FIFA escolher o atacante como o melhor do mundo.
Já a virada no século foi ainda mais cruel com o jogador. Como esquecer da imagem do joelho de Ronaldo saindo do lugar durante um drible no jogo contra o Lazio em abril de 2000? Novamente o atacante via seu futuro como jogador em risco com aquela que foi a lesão mais grave de sua carreira no futebol.
Foram 15 longos meses de recuperação, contudo, o Fenômeno – que na época era apenas Ronaldinho – mostrou que garra não lhe faltava. Ele deu a volta por cima e, em 2002, foi coroado com o título de bicampeão mundial após ajudar a Seleção Brasileira a vencer a Copa do Mundo da Coreia do Sul e do Japão. Somando o título com seu incrível desempenho no Inter antes de sua lesão, foi assim, então, que ele ganhou o apelido de “fenômeno”, que carrega até hoje.
Apesar de não ter vencido o prêmio mais nenhuma vez depois disso, Ronaldo Fenômeno continuou sendo um dos jogadores de mais destaque do mundo por um bom tempo, defendendo Real Madrid, Milan e Corinthians.