Desde a invenção do futebol, muitas formas de jogar e regras foram alteradas, para bem ou para mal. E, apesar de o jogo iniciar no meio-campo, seja antes do apito inicial, na retomada para o segundo tempo ou após um gol, existem outras maneiras de colocar a bola em jogo. Mas, afinal, você sabe o que é tiro de meta?
O que é tiro de meta?
Em primeiro lugar, a FIFA (Federação Internacional de Futebol) explica que o tiro de meta é uma forma de reiniciar o jogo. Isso acontece, geralmente, depois que a bola tocada pelo time adversário sai pela linha de fundo.
A partir disso, o goleiro posiciona a bola na linha da pequena área e dá um toque, podendo ser um chute longo ou um passe de início de jogada para o companheiro de equipe. Vale observar que qualquer jogador de linha, embora geralmente seja um defensor, também pode cobrar um tiro de meta.
Apesar de ser algo básico do futebol, o tiro de meta possui regras de execução. Por exemplo, durante a cobrança, os adversários não podem estar dentro da grande área. Além disso, o jogador que deu o toque na bola para reiniciar o jogo não pode tocar nela enquanto não chegar em outro atleta. Caso isso não ocorra, o time é penalizado com um tiro livre indireto.
Qual a importância desse fundamento?
Iniciar uma jogada é, literalmente, o pontapé inicial rumo ao gol. Nesse sentido, pensar que o tiro de meta não serve para muita coisa é errado. Isso porque o goleiro ou o defensor que fizer a cobrança pode gerar chance para o atacante, seja com um passe no meio-campo ou um lançamento que pode se tornar assistência.
Ainda sobre as possibilidades a partir do tiro de meta, o goleiro ou o defensor que fizer a cobrança pode realizar algumas jogadas básicas. Em primeiro lugar, há a opção do “chutão”, ou seja, quando o jogador opta por jogar a bola o mais longe possível de sua área em direção ao ataque.
O chute longo pode ainda ser calculado para alcançar o companheiro de equipe como se fosse uma assistência ou pegar o oponente de surpresa. Em contraponto, o jogo curto também é uma saída a partir do tiro de meta. Nesse caso, o goleiro/defensor deve fazer uma boa leitura do campo, para entender como começar a nova jogada, sem que o adversário roube a bola em curta distância.
Mudança no estilo de jogo de goleiros
Aliás, nos últimos anos, goleiros têm se tornado parte da linha de jogo. Na Alemanha, Manuel Neuer se destacou ao atuar como um líbero, fazendo o início da jogada, muitas vezes, indo até o meio do campo.
Entre brasileiros, Alisson Becker, do Liverpool, e Ederson, do Manchester City, por exemplo, também aparecem como arqueiros confiáveis com a bola dos pés, principalmente com lançamentos a partir do tiro de meta.
Vale observar ainda que, por muito tempo, o Brasil teve uma grande referência com a bola nos pés. Mesmo sua função principal sendo embaixo das traves, Rogério Ceni não só fazia lançamentos certeiros, como saía jogando e cobrava faltas e pênaltis. A partir de seu estilo, muitos outros goleiros passaram a se espelhar, seja conduzindo a bola ou até mesmo se arriscando em bolas paradas.
De forma geral, um dos pioneiros em jogar com os pés, mesmo usando luvas, foi René Higuita. O colombiano iniciou a carreira jogando como meio-campista, mas, eventualmente, se tornou goleiro.
A partir disso, passou a fazer jogadas malucas e sair driblando os adversários, para além do tiro de meta. Em alguns momentos isso deu certo, porém, custou também a eliminação da Colômbia na Copa do Mundo de 1990.