O mascote do Fluminense passou por transformações que refletem a evolução do clube e sua busca por uma identidade mais moderna e longe de estereótipos elitistas. Originalmente representado pelo personagem “Cartola”, o clube lançou uma nova figura em 2016, o “Guerreirinho”, que permanece até então como representação oficial. Conheça a história!
História do mascote do Fluminense
Apesar de ter sido fundado em 1902, a primeira figura a representar o mascote do Fluminense foi o Cartola, criado e popularizado apenas em 1943. O personagem, idealizado pelo cartunista argentino Lorenzo Mollas a pedido do “Jornal dos Sports”, representava muito bem o clube na época, o qual era constantemente associado à elite carioca e ao requinte.
Com um chapéu característico, uma bengala e um charuto, o Cartola era um personagem elegante e imponente, transmitindo a ideia de um clube de classe e tradição. A figura enquanto mascote do Fluminense permaneceu por décadas, porém, em determinado momento, passou a ser vista como ultrapassada e elitista, não representando mais a identidade do time e de sua torcida.
Busca por uma nova representação
No início dos anos 2000, então, o Fluminense iniciou um processo de modernização de sua marca, buscando uma identidade visual mais moderna, inclusive para o mascote. Nesse contexto, a figura do Cartola começou a sofrer questionamentos, abrindo espaço para a criação de um novo símbolo de representação.
Em 2011, o Fluminense realizou uma pesquisa com sua torcida para escolher um novo mascote. Entre as opções apresentadas, o Guerreirinho se destacou devido ao apelido “Time de Guerreiros”, dado à equipe após a campanha no Campeonato Brasileiro de 2009.
Naquele ano, o Fluminense escapou do rebaixamento de forma heroica, mesmo com 46 pontos (11 vitórias, 13 empates e 14 derrotas), o que acendeu uma identificação com novos e antigos torcedores no momento. O curioso é que, no ano seguinte, em 2010, o Tricolor Carioca se consagrou campeão do Brasileirão com 71 pontos, sendo 20 vitórias, 11 empates e sete derrotas.
Guerreirinho como mascote do Fluminense
Representado com um escudo, capacete e espada, o Guerreirinho logo caiu no gosto dos torcedores, sendo, oficialmente, adotado como o mascote do Fluminense. Além da representação em si, a figura marcou uma nova era na história do clube, representando a união entre a tradição e a modernidade.
O Guerreirinho também marcou a aproximação do Fluminense com o público infanto-juvenil devido à aparência mais amigável do mascote. Além disso, resgatou o sucesso que o Cartolinha, versão infantil do Cartola criada em 2000, fazia na época.
No entanto, o personagem não aparece mais em jogos ou em ações de marketing. De acordo com informações, o Fluminense está sem mascote desde que o contrato com a empresa patrocinadora CSM se encerrou. Desde então, o clube não se pronunciou sobre ter uma representação.
Releitura do mascote do Fluminense
Em 2023, o torcedor e animador de personagens Narciso Pereira decidiu recriar a figura do mascote do Fluminense. Querendo “fugir” da associação do clube ao elitismo, o artista criou inúmeras representações para o Cartola. A ideia, então, foi se inspirar e homenagear o músico brasileiro, e tricolor, de mesmo nome.
Na busca pela melhor forma de representar o Cartola, Narciso se inspirou na história do Fluminense para criar o mascote. Por exemplo, o uniforme que o personagem veste remete ao ano de 1905, com listras mais grossas nas cores da equipe e uma gola polo. Além disso, faz referência à gravata de Chacrinha e uma bandeira em bastão como se fosse um mestre-sala carnavalesco.