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Conheça a história de amor por trás do mascote do Coritiba

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O Coritiba está entre os clubes mais tradicionais da história do futebol brasileiro, porém, faz parte de um grupo de times que não possui um animal como mascote. Isso porque, o Coxa decidiu prestar homenagem, ainda em vida, a uma figura que participou de sua fundação em 1909, Max Kopf. Conheça a história!

Mascote do Coritiba em vida

Fundado no dia 12 de outubro de 1909, o Coritiba Foot Ball Club fez parte de um movimento para popularização do futebol no Paraná. Na época, um grupo de jovens alemães frequentavam o Teuto Brasilianischer Turnverein Zu Curitiba, isto é, Clube Ginástico Teuto-Brasileiro Turnverein (em português). 

Em determinado momento, Frederico Essenfelde apresentou a modalidade aos visitantes do clube. Assim, nasceu a ideia da criação do time de futebol do Coritiba. Posteriormente, com o passar do tempo, várias partidas já haviam sido disputadas e logo o Coxa já tinha uma base sólida de torcedores, sendo o mais ilustre o fotógrafo Max Kopf.

Mesmo sem ser oficial, Max Kopf se tornou “mascote” do Coritiba de forma natural, pois estava sempre presente nos jogos da equipe, servindo também de amuleto. Além disso, como era muito simpático, o profissional fazia questão de conversar com os jogadores para motivá-los. Por causa disso, aliás, os próprios atletas exigiam a presença do profissional em viagens em jogos realizados fora de casa.

A família Kopf na história do Coritiba

Assim como os frequentadores do Teuto Brasileiro, Max Kopf também era alemão. De acordo com informações, ele morou perto do estádio sede das partidas do Coritiba na época, sendo sempre ligado à equipe. Apesar disso, nunca aceitou participar da parte administrativa.

Max Kopf fazia jus ao título de “mascote”, tendo influenciado duas de suas três filhas a torcerem para o Coritiba. Aliás, Elvira e Erna foram integrantes do Grêmio Coritiba, formado por um grupo de torcedoras, tendo também confeccionado a primeira bandeira oficial do Coxa.

Vale destacar ainda que Elvira se casou com Juan Luís Bermudes, considerado um dos maiores ídolos da história do Coritiba. O jogador disputou 102 partidas entre 1921 e 1938, marcou 16 gols e conquistou o Campeonato Paranaense em três oportunidades. O casal teve dois filhos, os quais faziam companhia para Max Kopf, principalmente, em jogos do Coxa.

O eterno mascote do Coritiba

Mesmo no final de sua vida, Max Kopf jamais deixou de amar o clube. Ele desenvolveu alguns problemas de saúde e, mesmo com sequelas ocasionadas por um derrame, continuou indo assistir aos jogos no estádio carregando sua bengala. O “mascote” do Coritiba faleceu em 02 de setembro de 1956, vítima de câncer na garganta.

Pouco tempo depois, o presidente do time paranaense, Aryon Cornelsen, promoveu um concurso de desenho. O objetivo era encontrar a melhor representação para a criação do mascote do Coritiba, o qual teve como resultado o surgimento do Vovô Coxa, inspirado em Max Kopf.

Naquele ano, o Coxa prestou outra homenagem a Kopf. Em meados de dezembro, a equipe convidou outros clubes do estado do Paraná para uma partida amistosa, a qual foi nomeada “Torneio Max Kopf”.