Mascote do Corinthians até os dias atuais, muitos acreditam que a criação do Mosqueteiro tenha acontecido após a campanha no Campeonato Paulista de 2013. No entanto, a versão oficial sugere que a associação ao clube tenha surgido em 1929, durante a conquista do segundo tricampeonato consecutivo da equipe. Entenda!
Primeira associação ao termo “Mosqueteiro”
O Sport Club Corinthians Paulista tem sua fundação datada de 1º de setembro de 1910. Três anos depois, o clube saiu da várzea do futebol e integrou uma das duas ligas de futebol existentes em São Paulo, com a primeira participação no Campeonato Paulista tendo acontecido em 1913.
Na época, havia uma rivalidade entre a Liga Paulista de Futebol (LPF) e a, então novidade, Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). O embate dividiu o futebol paulista, o qual, de acordo com informações, só aconteceu pela presença do Corinthians nas competições.
Isso porque, por ser um time de várzea, alguns clubes não concordaram com a participação do Corinthians em campeonatos oficiais. Assim, o Paulistano, o Mackenzie e a Atlética das Palmeiras saíram da LPF e migraram para a APEA.
Seis clubes permaneceram na Liga Paulista, dentre os quais estavam os três melhores clubes do estado. Aliás, Americano, Internacional e Germânica eram conhecidos como “Os três mosqueteiros”, pois resistiram à mudança. O Corinthians, então, se tornou o “quarto Mosqueteiro” depois de conquistar uma vaga na Liga Paulista, eliminando o Minas e o FC São Paulo.
No entanto, essa versão enfrenta a falta de registros para sua comprovação, o que não confirma a associação com o atual mascote do Corinthians.
Surgimento oficial do Mosqueteiro
De acordo com o site oficial do Corinthians, o Mosqueteiro passou a representar a equipe em 02 de maio de 1929. Um dia antes, ocorreu uma partida contra o Barracas, da Argentina. Na ocasião, o confronto, vencido por 3 a 1, ficou marcado como o primeiro jogo internacional da história do Timão.
No dia seguinte ao jogo, então, o jornalista Thomaz Mazzoni disse que o Corinthians tinha “fibra de mosqueteiro”. A crônica, publicada no jornal “A Gazeta”, logo caiu nas graças da torcida corintiana. Curiosamente, Mazzoni ficou conhecido por também ter influenciado a criação do mascote do Palmeiras e São Paulo.
Além disso, mais tarde, devido ao título invicto do Campeonato Paulista de 1929, o elenco campeão passou a ser reconhecido como o “Esquadrão Mosqueteiro”. Foi apenas a partir da década de 1950, então, que a “Revista Corinthians” publicou uma capa com o Mosqueteiro como mascote do Corinthians.
A inspiração para o mascote
O mascote do Corinthians foi inspirado na popular história infantil “Os Três Mosqueteiros”. A obra, escrita pelo autor francês Alexandre Dumas e publicada pela primeira vez em 1844, mostra as aventuras de Athos, Porthos e Aramis, embora nenhum desses tenha, de fato, inspirado a criação no Brasil.
Na história, o personagem D’Artagnan se junta ao trio e vira um quarto mosqueteiro, o qual tinha como suas principais características garra e força. Como o jornal tinha descrito o Corinthians como um time com “fibra de mosqueteiro”, a associação ao personagem não precisou de muito para influenciar a criação de um mascote oficial.