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Representado por um super-herói, o Bahia passou por períodos vitoriosos em sua história; saiba mais!

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O mascote é um dos símbolos relacionados ao Bahia mais queridos da maior torcida do estado. Ao longo dos anos, a figura passou por diversas transformações, acompanhando as tendências na sociedade e no futebol, além do imaginário da torcida. Conheça a história!

Origem do mascote do Bahia

Antes de ter um mascote oficial, a torcida do Bahia já demonstrava criatividade ao adotar símbolos que representassem o clube. Nos anos 1940 e 50, era comum ver caricaturas de jogadores e torcedores em páginas dos jornais, ilustrando as vitórias e conquistas do Esquadrão de Aço.

Essas primeiras manifestações demonstravam o desejo da torcida de ter uma figura que representasse a paixão pelo Bahia, como um mascote. Assim, um detalhe foi importante para a criação dessa representação. Em 1969, o “Super-Homem” surgiu a partir de um concurso promovido pelo jornal “O Estado da Bahia”.

O periódico convidou torcedores do Bahia para criarem um mascote para o clube. Depois de muitas ideias recebidas, o desenho vencedor, de autoria de um jovem tricolor chamado Carlos Bastos, retratava um super-herói com as cores do Bahia, capa esvoaçante e um “B” estampado no peito. 

Não demorou para que o “Super-Homem” caísse nas graças da torcida do Bahia, o que culminou na presença do mascote em jogos e eventos. Posteriormente, em 1979, o cartunista Ziraldo deu vida ao “Homem de Aço”, apelido da figura criada pelo torcedor, o qual permanece até atualmente. 

A era do “Tricolor de Aço”

Nos anos 1980, o Bahia viveu um período de grande sucesso dentro de campo ao conquistar o Campeonato Brasileiro de 1988. A partir do título, consolidou a alcunha de “Tricolor de Aço”, mas também marcou uma importante mudança na representação do mascote. 

Na época, o “Super-Homem” deu lugar a um personagem mais forte e imponente, com armadura e escudo, representando a força e a garra do Tricolor Baiano. Depois disso, a nova versão do mascote, que ficou conhecida como “Guerreiro Tricolor”, acompanhou o Bahia em suas conquistas na época.

Década de 1990 e 2000

Nas décadas seguintes, o mascote do Bahia passou por outras transformações, refletindo as mudanças tanto na sociedade, quanto na cultura do futebol. Nos anos 1990, por exemplo, surgiram propostas mais divertidas e caricatas, como o “Bambi”, um cervo com as cores do Bahia, e o “Mancha”, um cachorro tricolor.

Nos anos 2000, então, o Bahia adotou um mascote mais moderno e estilizado, com traços que lembravam personagens de desenhos animados. Essa versão, conhecida de forma simples como “Bahia”, apresentava um design mais voltado ao público jovem, buscando aproximar o clube da parcela infantil da torcida.

“Super-Homem”: o retorno

Em 2018, o Bahia decidiu voltar às raízes e trazer de volta o “Super-Homem” como mascote oficial. Depois de uma pesquisa realizada com a torcida, que demonstrou grande apreço pelo personagem clássico, o clube decidiu modernizar o personagem e trazê-lo ao destaque outra vez. O novo “Super-Homem” mantém a essência do desenho original, porém, com traços e vestimentas atuais.

Outras representações

Em 2014, o Bahia apresentou uma nova mascote chamada “Lindona”. O surgimento da figura marcou uma campanha do clube contra o racismo, buscando conscientizar a população dentro e fora dos gramados. 

Vale observar que a ideia para a nova mascote do Bahia também levou em consideração que Salvador era a cidade brasileira com maior porcentagem de pessoas negras. Atualmente, aliás, a capital baiana segue liderando a estatística, com 83%, de acordo com o censo do IBGE de 2022.