Luiz Felipe Scolari é um dos grandes técnicos da história do futebol brasileiro. Além de fazer grandes trabalhos em times do país, levou a Seleção a um pentacampeonato em 2002, um feito que não foi igualado até hoje. Isso despertou o interesse do mercado europeu e o treinador acabou tendo experiências em equipes do Velho Continente. A época de Felipão no Chelsea foi um exemplo disso. Mas afinal, será que ele foi bem-sucedido nessa empreitada?
Leia o texto a seguir para saber mais sobre a época de Felipão no cenário da Europa e veja como foi a sua passagem no clube, até então chefiado por Roman Abramovich.
Passagem por Portugal
Após título da Copa do Mundo em 2002, Felipão preferiu deixar o cargo de técnico da Seleção Brasileira e assumir outra equipe nacional: a de Portugal.
Tendo enormes talentos à disposição, como Cristiano Ronaldo e Luís Figo, Scolari levou os portugueses a alguns seus melhores resultados na história até então. Em 2004, o time lusitano chegou até a final da Euro e, embora tenha sido surpreendido pela Grécia, o resultado foi excelente. Além disso, em 2006, Portugal consegui alcançar as semis do torneio na Alemanha, a segunda melhor campanha do time em todas as edições de Copa do Mundo.
Felipão no Chelsea
Assim como aconteceu com o Brasil, Felipão preferiu encerrar um ótimo trabalho com os portugueses e encarar um novo desafio. No caso, optou por assumir o comando do Chelsea, um dos principais clubes do futebol inglês.
A equipe londrina tinha feito uma temporada questionável no ano anterior sob o comando de Avram Grant. Embora tivesse chegado a várias finais, inclusive da Liga dos Campeões, a equipe não levantou um título sequer e viu o Manchester United conquitar tanto a Champions quanto a Premier League. Isso levou à demissão do treinador após a temporada.
Dessa forma, Felipão no Chelsea tinha a missão de colocar os Blues nos trilhos e fazer com que a equipe finalmente conquistasse a glória do continente europeu. Uma tarefa nada fácil de se fazer.
Problemas internos e rusgas
Scolari teve uma passagem no clube inglês de 24 vitórias, 11 empates e cinco derrotas. Mesmo com 68% de aproveitamento, o técnico brasileiro ficou apenas sete meses no comando, o que fez com que tivesse a passagem mais curta da era Abramovich até então.
A sua demissão aconteceu após empate de 0 a 0 com o Hull City, no dia 7 de fevereiro de 2009. Nessa altura, Felipão no Chelsea já havia acumulado vários problemas internos com jogadores e membros da comissão técnica do clube. Drogba e Ballack, por exemplo, não eram fãs do comandante e o clima ficou menos amigável ainda quando ambos foram substituídos no elenco principal por Anelka e Deco, respectivamente.
Isso desgastou totalmente o ambiente interno e fez com que a sua saída fosse questão de tempo desde quando foi contratado. Além disso, Felipão não chegou a conquistar títulos no clube, mas o seu substiituto Guus Hiddink levantou a FA Cup daquela temporada.
Essa seria a última experiência que o brasileiro teria em um clube europeu.