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Goleiro artilheiro e técnico: confira estatísticas de Rogério Ceni

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Ídolo do São Paulo, o ex-goleiro agora passa as instruções para seus jogadores à beira do gramado. Em toda sua carreira dentro de campo, as estatísticas de Rogério Ceni falaram por ele, traduzidas títulos de um dos defensores mais vitoriosos do Brasil.

Nascido no interior do Paraná, em Pato Branco, o jogador cresceu no estado de Mato Grosso e foi revelado pelo Sinop Futebol Clube. Na época, teve o destaque na base do clube e foi alçado ao time principal da equipe em 1990, com apenas 17 anos. Além de ter se tornar profissional antes de virar adulto, Rogério Ceni ainda fez parte do elenco que venceu o Campeonato Mato-grossense em 1990.

Estatísticas de Rogério Ceni como goleiro

Depois de sua passagem pelo Sinop, Rogério Ceni chegou ao São Paulo no mesmo ano que se tornou profissional. Na época, chegou ao Tricolor para o Sub-17 e passou pelo Sub-20 antes de chegar ao time principal.

Posteriormente, em 25 de junho de 1993, ele fez sua primeira partida pelo São Paulo. Na oportunidade, o goleiro vestiu a camisa do clube em um torneio amistoso na Espanha.

Entretanto, foi apenas em 1997 que Rogério Ceni assumiu a titularidade do gol tricolor. Na época, o goleiro e ídolo Zetti acertou sua transferência para o Santos. Antes que fosse titular, o atleta já era querido pela torcida.

O torcedor conhece muito o jogo, sente o jogo, e o sentimento mostrado sempre foi muito verdadeiro. ‘Será que aquele cara vai sair ano que vem?’ Não, vou estar aqui! Os contratos sempre foram renovados com períodos longos, eu vislumbrei o próximo jogo, o próximo campeonato, a próxima conquista. Essa identificação, além de todo o tempo que trabalhei aqui, construiu a relação do fã com o ídolo“, disse Rogério Ceni em entrevista ao “ge”.

Quantos títulos Rogério Ceni tem pelo São Paulo?

Oficialmente, pelo clube em que se tornou ídolo, o defensor tem 1.237 partidas oficiais, sendo 978 delas como capitão, além de 623 vitórias e 131 gols. A centésima vez que balançou as redes foi justamente em um histórico clássico contra o Corinthians.

Em 25 anos no São Paulo, Rogério Ceni se firmou como um dos maiores ídolos da história do time com os diversos títulos que conquistou. Confira a lista de troféus levantados pelo jogador no Tricolor:

  • Mundial de Clubes: 2005
  • Copa Intercontinental: 1993
  • Libertadores: 1993 e 2005
  • Sul-Americana: 2012
  • Recopa Sul-Americana: 1993 e 1994
  • Supercopa Libertadores: 1993
  • Copa CONMEBOL: 1994
  • Copa Master da CONMEBOL: 1996
  • Campeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008
  • Campeonato Paulista: 1998, 2000 e 2005
  • Torneio Rio–São Paulo: 2001
  • Supercampeonato Paulista: 2002

Estatísticas de Rogério Ceni na Libertadores

Ao mesmo tempo que se tornou ídolo, Rogério Ceni ajudou o São Paulo a se solidificar no século como uma das equipes mais tradicionais na competição. No torneio, o goleiro disputou 90 partidas, 51 vitórias, 16 empates e 23 derrotas.

Além disso, com o goleiro, o Tricolor teve quase o dobro de gols feitos do que sofridos. Nesse meio-tempo, o clube marcou 147 vezes e sofreu apenas 80 gols, média de menos de um por partida.

Não bastassem os 40 jogos sem sofrer gols pelo São Paulo na competição, Rogério Ceni ainda marcou 14 vezes na competição. O último tento conquistado foi no 2 a 0 contra o Atlético-MG, em 2013.

Seleção Brasileira

Pela Seleção, o goleiro fez parte do elenco que conquistou a Copa do Mundo de 2002. Naquele ciclo e em parte do seguinte, ele acumulou 16 partidas disputadas, com dez gols sofridos e oito partidas em que não foi vazado.

Estatísticas de Rogério Ceni como treinador

Confira as estatísticas de Ceni como técnico:

São Paulo

Depois de se aposentar como jogador, Rogério Ceni voltaria ao São Paulo para desempenhar outra função. Entretanto, em sua primeira passagem como comandante do Tricolor Paulista, teve apenas 35 jogos e deixou o cargo após uma derrota por 2 a 0 para o Flamengo. Na época, era o sexto jogo da equipe sem vitória.

Posteriormente, em 2021, ele voltou para uma passagem mais duradoura, com 107 partidas e duas temporadas. A demissão veio após o clima na Barra Funda ficar insustentável, mesmo com uma vitória contra o Puerto Cabello pela Sul-Americana.

Ao todo, somadas as duas passagens pelo time que se tornou ídolo, Rogério Ceni acumulou 142 partidas, com 64 vitórias, 40 empates e 38 derrotas. Em 2022, chegou à final da Sul-Americana, mas terminou derrotado por 2 a 0 pelo Independiente del Valle.

Fortaleza e Cruzeiro

Quatro meses depois de deixar o comando do São Paulo em sua primeira passagem, Rogério Ceni iniciaria o histórico trabalho do Fortaleza. Então, na equipe cearense, reformulou os bastidores do Leão do Pici, venceu a Série B do Campeonato Brasileiro e recolocou o time na elite nacional.

No entanto, em 2019, o ex-goleiro foi tentado por uma proposta do Cruzeiro, que vivia momento complicado que resultou no rebaixamento da Raposa. Neste cenário, o comandante acumulou problemas com os jogadores mais experientes, como Edilson e Thiago Neves, e deixou o clube mineiro após oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas.

Poucos dias depois de deixar o comando da Raposa, Rogério Ceni voltou ao Fortaleza. Naquela edição do Campeonato Brasileiro, encaixou uma sequência de 12 jogos invictos, terminando na nona posição. Somadas as passagens pelo Leão, o ex-goleiro participou de 154 partidas, com 82 vitórias, 32 empates e 40 derrotas.

Flamengo

Pelo Rubro-Negro, Rogério Ceni conquistou o maior título de sua carreira, mas sofreu com a pressão que os técnicos tinham no clube. Na ocasião, venceu o Campeonato Brasileiro de 2020, na pandemia, e a Supercopa do Brasil em 2021. Com 50 jogos, 29 vitórias, nove empates e 12 derrotas, foi demitido de madrugada depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG.

Bahia

Cinco meses depois de deixar o comando do São Paulo em 2023, um novo e impetuoso projeto no Nordeste convidou Rogério Ceni. No Bahia, lutou contra o rebaixamento em 2023, se livrando na última rodada. Neste ano, chegou a brigar nas primeiras posições pela liderança. Até o momento, são 74 jogos no comando do Tricolor, com 40 vitórias, nove empates e 25 derrotas.