Goleiro que acumula os títulos da Copa do Mundo e do Mundial de Clubes, o defensor também fez carreira na Europa, mas ganhou destaque em clubes brasileiros. Saiba tudo sobre a trajetória de Dida no Corinthians!
Carreira de Dida
Nelson de Jesus Silva nasceu em 7 de outubro de 1973, em Irará, na Bahia. Posteriormente, foi criado em Lagoa da Canoa, em Alagoas. Apesar de ter feito história no futebol, Dida teve seu início no esporte jogando vôlei, com seus irmãos, até mudar para o futsal.
Flamenguista, aos 13 anos o futuro atleta profissional fundou um time com seus amigos chamado Flamenguinho. Seu apelido surge logo no começo, em alusão ao ex-atacante Dida, alagoano tetracampeão carioca.
Aos 17 anos, Dida chegou às categorias de base do Cruzeiro de Arapiraca. Depois, em 1992, foi contratado pelo Vitória, sendo titular na Copa São Paulo de Futebol Júnior do ano seguinte.
Já nesta época, apesar de atuar na base, Dida era também era reserva do elenco profissional. Posteriormente, depois de vencer a Copa do Mundo Sub-20 pela Seleção Brasileira, foi colocado no posto de titular da equipe principal do Leão, ficando com o segundo lugar do Campeonato Brasileiro, sendo derrotado pelo Palmeiras na decisão.
Trajetória de Dida no Corinthians
Terminada sua passagem pelo Cruzeiro, clube onde atuou depois do Vitória, o defensor foi emprestado ao Lugano, da Suíça, mas não teve muito sucesso. Depois, ele foi contratado pelo Milan, mas chegou por empréstimo ao Corinthians em 1999.
Apesar de pertencer ao clube rossonero, o goleiro não podia atuar por ter sido suspenso por usar passaporte falso. Sendo assim, o arqueiro chegou a ter negociações com o Sevilla, mas fechou com o Timão. Do lado alvinegro, tentava-se contratar Carlos Germano, do Vasco, mas o clube desistiu pelo cruzmaltino ter atrelado à negociação a venda do passe do atacante Edílson.
Frio, tranquilo e seguro, Dida conquistou torcedores do Corinthians ao ser importante em momentos decisivos e também pelas defesas de pênaltis. Mesmo com apenas duas temporadas, o arqueiro marcou seu nome entre os maiores pegadores de penalidades da história da equipe. Logo em seu primeiro ano com o uniforme alvinegro, ele agarrou seis penalidades, quatro delas seguida.
Neste cenário, durante a semifinal do Campeonato Paulista de 1999, contra o São Paulo, o goleiro agarrou duas cobranças de Raí, sendo a segunda aos 47 minutos do segundo tempo, garantindo o Timão na final, e após, conquistando o título.
Mundial de Clubes de 2000
Posteriormente, meses depois, o goleiro marcaria seu nome na história do Timão, com a primeira conquista do Mundial de Clubes da equipe. Na competição, ele pegaria mais pênaltis que foram eternizados.
Uma das penalidades defendidas por Dida no Corinthians foi contra Anelka, no jogo contra o Real Madrid. Este jogo ficou marcado também pelo gol marcado por Edilson Capetinha durante o empate em 2 a 2.
Depois, na decisão do Mundial de Clubes, contra o Vasco, o goleiro voltou a ser decisivo. Na final, Dida defendeu a cobrança de Gilberto, a terceira vascaína e contou com o erro de Edmundo para erguer a taça. Logo após o erro do ídolo cruzmaltino, no entanto, a reação do defensor chamou atenção pela frieza. Vampeta explicou a cena.
“O Dida sempre passava muita tranquilidade para toda equipe. Sempre confiei nele. Começamos juntos no Vitória. Muita gente fala que o Dida era frio, mas quando o Edmundo erra e ele sai do gol sem comemorar muito, foi porque ele achou que ainda teria mais uma cobrança para defender. Não sabia que era a última“, afirmou.
Quantos pênaltis Dida defendeu no Corinthians?
Ainda que tenha ficado apenas duas temporadas no Corinthians, Dida entrou para o ranking dos maiores defensores de pênaltis da história do time. Até hoje, ele é o quarto goleiro que mais defendeu penalidades máximas, com sete milagres.
Na frente dele, estão apenas Gilmar, com 11 defesas, Ronaldo Giovanelli, que pegou 27 e Cássio, o maior da lista, com 28 defesas. Nesta temporada, Hugo se aproximou dos ídolos, ao defender quatro cobranças já em sua primeira temporada.
Títulos do goleiro
Grande goleiro do Brasil, no Corinthians, Dida conquistou quatro títulos (Brasileirão 1999, Copa do Brasil 2002, Rio-São Paulo 2002 e Mundial de Clubes. Anteriormente, ele já havia acumulado prêmios por Vitória e Cruzeiro.
Em território europeu, o defensor venceu o Campeonato Italiano (2003-04), a Copa da Itália (2002-03), a Supercopa da Itália (2004), Liga dos Campeões (2002-03 e 2006-07) e novamente o Mundial de Clubes em 2007, além de ter erguido duas Supercopas da Uefa (2003 e 2007).
Pela Seleção, participou do elenco que venceu a Copa do Mundo de 2002, da Copa América em 1999 e também das Copas das Confederações em 1997 e 2005.
De volta ao Brasil, em 2012, Dida atuou pela Portuguesa e logo se destacou. Com isso, se transferiu para o Grêmio em 2013. Posteriormente, pulou o muro e foi para o Internacional, onde seria campeão do Gauchão em 2014 e 2015.