Para muitos, a campanha do Brasil na Copa América é das mais vexatórias na história da Seleção, já que, na partida – muito mais disputada do que jogada –, o elenco de Dorival Júnior empatou com o Uruguai de Marcelo Bielsa por 0 a 0. Assim, o confronto foi para a decisão nos pênaltis. Na disputa, Éder Militão e Douglas Luiz perderam suas oportunidades e o azul-celeste foi para as semis.
A queda nas quartas de final fez com que os canarinhos terminassem a competição na modesta sexta colocação, uma das piores em suas 38 edições competindo pelo torneio. Para melhor noção, o feito iguala a campanha de 2001, quando o plantel de Felipão caiu para o Honduras na mesma fase.
Vale destacar que nossa seleção só teve um desempenho pior em 2016, quando caiu na fase de grupos e ficou na nona posição do campeonato. Além disso, em 2011 chegou até às quartas, mas ficando na oitava posição.
Então veja quais foram as piores campanhas até aqui.
- 9º – 2016
- 8º – 2011
- 6º – 2001
- 6º – 2024
- 5º – 1987
- 5º – 1993
- 5º – 2015
Quer saber mais sobre como foi o desempenho do Brasil na Copa América de 2024? Então acompanhe a leitura e veja os destaques do time.
A trajetória do Brasil na Copa América
Terminando com apenas cinco gols marcados no torneio, a trajetória do Brasil na Copa América é de busca pelo que deu errado e o desenvolvimento do trabalho de Dorival Júnior. Afinal, ficando em segundo lugar no Grupo D atrás da Colômbia de James Rodriguez, a Canarinho teve apenas uma boa partida em todo o torneio.
Veja como ficou o time de Vinicius Junior na tabela e os resultados.
GRUPO D
- 1º – Colômbia – 7 pontos
- 2º – Brasil – 5 pontos
- 3º – Costa Rica – 4 pontos
- 4º – Paraguai – 0 pontos
Partidas do Brasil na Copa América:
- Brasil 0 x 0 Costa Rica
- Brasil 4 x 1 Paraguai
- Brasil 1 x 1 Colômbia
- Brasil 0 x 0 Uruguai – Quartas de final (2 x 4 nas penalidades)
Impactos da trajetória
O mal-estar com a eliminação precoce da Seleção Canarinho se dá justamente pela falta de efetividade na criação de jogadas e no setor ofensivo do elenco. Apesar de serem destaques pela sua individualidade, jogadores como Vinicius Junior e Rodrygo não têm o mesmo impacto na Federação como no Real Madrid.
Aliás, vale destacar que o camisa 7 cotado para ser Bola de Ouro nem chegou a entrar em campo nas quartas de final por ter recebido um amarelo na partida contra a Colômbia logo nos primeiros minutos do primeiro tempo, ficando suspenso contra a azul-celeste.
No lado positivo do elenco, atletas como Lucas Paquetá e Raphinha foram os que tiveram maior brilho e resultados positivos. O jovem atacante Savinho também foi outro esportista que entrou bem em todas as partidas, mostrando que há um futuro para ele nas próximas convocações. Vinicius Junior foi o artilheiro da equipe com dois gols, ambos contra o Paraguai.
Já o atacante Endrick não conseguiu ser efetivo na partida em que foi titular, uma vez que sua atuação foi discreta, sem conseguir mudar o panorama geral do time.
Próximos passos da Seleção
Com a confirmação de Ednaldo Rodrigues na continuidade do trabalho de Dorival Júnior até a Copa do Mundo de 2026, a trajetória do Brasil na Copa América pode ser importante para a virada de chave na Seleção para chegar mais forte para os próximos torneios.
Tendo ainda seis partidas no ano de 2024, o plantel agora volta a se reunir somente em setembro quando enfrenta o Equador e novamente o Paraguai nas eliminatórias da Copa do Mundo. Veja as datas dos confrontos:
- Brasil x Equador – 05/09
- Paraguai x Brasil – 10/09
- Chile x Brasil – 10/10
- Brasil x Peru – 15/10
- Venezuela x Brasil – 14/11
- Brasil x Uruguai – 19/11
Esse pode ser o momento ideal de estabilidade para encontrar um estilo de jogo efetivo para os canarinhos. Desde a saída de Tite na Copa do Mundo de 2022 o time não tem se encontrado em campo de forma efetiva.
Nesse meio tempo, o Brasil disputou 17 jogos e teve apenas apenas seis vitórias. A seleção empatou outras cinco partidas e perdeu seis, com um aproveitamento de apenas 47,1% dos pontos. Vale destacar que dois treinadores diferentes já passaram desde então.
Ramon Menezes, que posteriormente foi comandar a equipe olímpica, teve aproveitamento de 33,3%. Com Fernando Diniz, foi de 38,9%. Com Tite, no período de 2016 a 2022, a porcentagem geral de vitórias era de 81,4%. No momento, Dorival tem cerca de 58,3%.
Vale destacar que, embora a trajetória do Brasil na Copa América tenha chegado ao fim, o torneio ainda continua para as seleções de Uruguai, Canadá, Colômbia e Argentina. Os hermanos aparecem como os maiores favoritos por permanecerem com boa parte do elenco vencedor da Copa do Mundo de 2022.