Em alta desde a chegada do dirigente Pedro Lourenço, que é sócio majoritário da Raposa, o clube já viveu momentos difíceis de sua história na Série B do Campeonato Brasileiro. Após anos de glória, em 2019, a equipe mineira fez uma péssima e conturbada campanha que terminou com o Cruzeiro rebaixado.
Além de ter amargado a degola de forma inédita, a Raposa passou três temporadas na segunda divisão do futebol nacional. Ainda pior, em 2021, dois anos depois da queda, o clube correu risco de ser rebaixado para a Série C do Brasileirão, mas Luiz Felipe Scolari comandou o time, evitando que o pior ocorresse novamente.
Quantos rebaixamentos o Cruzeiro tem?
Apesar de ter três disputas da Série B em sua história, o Cruzeiro foi rebaixado apenas uma vez no Campeonato Brasileiro. Conhecido também como “Rei de Copas”, a equipe entrou na temporada de 2019 vindo de duas conquistas da Copa do Brasil.
No fim, no entanto, com apenas 36 pontos somados, a Raposa não conseguiu ultrapassar o Ceará, que teve 39 (a menor pontuação de um 16º colocado na história dos pontos corridos).
Ao passo que, com apenas mais quatro pontos somados, uma vitória e um empate, o clube se livraria do rebaixamento, a reta final do Brasileirão celeste foi melancólica. Em 2019, o Cruzeiro somou três pontos pela última vez na 29ª rodada, quando venceu o Botafogo, fora de casa.
Posteriormente, a equipe mineira empatou com Bahia, Athletico-PR, Atlético-MG e Avaí depois do triunfo. Após isso, nas últimas cinco rodadas, empilhou derrotas contra Santos, CSA, Vasco, Grêmio e Palmeiras.
Por que o Cruzeiro caiu?
Já com um elenco com média de idade avançada e dívidas nos bastidores, o Cruzeiro viu a situação piorar em 26 de maio. Naquela data, o programa Fantástico, da TV Globo, deu início a uma série de denúncias que revelou que a Polícia Civil investigava a diretoria celeste por indícios de falsificação de documentos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A Raposa acumulava déficits anuais desde 2011. Apesar dos títulos, as gestões acumulavam gastos e dívidas. Na coletiva de imprensa após a queda da equipe para a segunda divisão, Zezé Perrella afirmou que a dívida chegava a R$ 700 milhões.
Cruzeiro teve cinco técnicos no Brasileirão 2019
Enquanto isso, à beira do campo, o clube também teve um 2019 conturbado, com cinco técnicos ao longo de todo o Brasileirão 2019, contando a passagem do interino Ricardo Resende, no empate com o Avaí em 2 a 2.
Mano Menezes foi quem iniciou a temporada. Porém, em 13 jogos, somou dez pontos, com aproveitamento de 25,6%. Após a eliminação na Copa do Brasil, o Cruzeiro decidiu apostar em Rogério Ceni na luta contra o rebaixamento.
Com um aproveitamento melhor, de 38,09%, a saída do comandante se deu após empate com o Ceará. Naquele tempo, o comandante teve uma relação desgastada com os jogadores, principalmente com o lateral Edilson, o zagueiro Dedé e o meia Thiago Neves.
Em má fase, o Cruzeiro apostou em Abel Braga, que não pôde fazer muito pelo clube. Foram três vitórias, três derrotas e oito empates, com aproveitamento de 40,47%. Admitindo não ter forças para reerguer o Cruzeiro, Abel deixou o time após derrota para o CSA, no Mineirão.
A última cartada celeste contra o rebaixamento foi contratar Adilson Batista, ídolo no clube como jogador e técnico que levou a equipe à final da Libertadores em 2009. Entretanto, com apenas três jogos pela frente e dez dias de trabalho, não conseguiu impedir a queda, com três derrotas e nenhum gol marcado.