Um dos melhores zagueiros que a Seleção Brasileira já viu, a biografia de Thiago Silva é repleta de sucesso, superação e momentos marcantes no futebol profissional. Afinal, prestes a completar 40 anos, o futebolista está cada vez mais próximo de sua aposentadoria, o que o deixa com mais de duas décadas de história no esporte.
Ao longo desse tempo, Silva passou por oito clubes até então e deve amarrar a chuteira logo após sua última passagem pelo Fluminense, clube de grande prestígio para o atleta dado o seu histórico com o time.
Bom, é claro que o número de conquistas do astro também seria grande, tanto na Seleção Brasileira quanto nos outros clubes em que passou, Thiago coletou uma série de títulos com suas equipes e honrarias de mérito próprio.
Biografia de Thiago Silva
Categorias de Base
A biografia de Thiago Silva começou a se atrelar ao gramado quando o jogador ainda era menino, na década de 1990, enquanto ainda jogava na várzea da Comunidade de Urucânia, no Rio de Janeiro. Ainda nesta época, jogava descalço e tinha o apelido de “Rato”.
Depois de muito tentar integrar uma base de um clube profissional e receber a rejeição na peneira do Flamengo, Botafogo, Olaria e Madureira, com apenas 11 anos, conseguiu ingressar na categoria de base do Fluminense, time em que fez sua formação inicial até 2003.
Ou seja, claramente foi um daqueles casos onde um jovem talento recebeu vários nãos, mas, com isso, também encontra muito mais forças para continuar e provar que possui talento e determinação para virar um craque nos campos.
RS Futebol e Juventude
Depois de finalizar toda sua base no Fluminense aos 18 anos, Thiago Silva estreou profissionalmente pelo Pedrabranca em 2003, na época RS Futebol Clube, e jogou 25 jogos com a camisa do time, tendo marcado dois gols neste tempo.
Após isso, foi para o Juventude competir na Série A de 2004 e atuou no clube até setembro, pouco tempo antes de sua transferência para o Porto.
Desse modo, mesmo com uma única temporada no clube gaúcho, foi tido por grandes profissionais do esporte como a maior revelação daquele ano, inclusive, a própria revista Placar o classificou como o terceiro melhor zagueiro do Brasil naquela época.
Porto e Dínamo de Moscou
Em setembro de 2004, a biografia de Thiago Silva toma um rumo diferente: o futebol europeu. O Futebol Clube do Porto o comprou por 2,5 milhões de euros na época.
Porém, o atleta sofreu para adaptar-se ao futebol português, o que o levou a não conseguir atuar na equipe principal, apenas no Porto B.
Com muitos problemas respiratórios por conta do frio intenso, além de sofrer com várias lesões, o clube então emprestou-o ao Dínamo de Moscou, da Rússia, em janeiro de 2005.
Essa decisão do clube não se mostrou ser tão inteligente, já que com o frio ainda mais forte na Rússia, o zagueiro teve um caso sério de tuberculose, o que o deixou em estado de internação por quatro meses. Definitivamente um dos piores momentos de sua vida.
Fluminense
Mas, foi com sua volta para o futebol brasileiro e para suas raízes no Fluminense em 2006 que Thiago Silva finalmente conseguiu o destaque que merecia. Afinal, mesmo com várias dificuldades do clube naquele ano, ele foi destaque na zaga e logo virou um ídolo da torcida.
Em 2007 brilhou ao longo do ano inteiro e ajudou o time a conquistar o título da Copa Brasil, além de uma excelente colocação no Brasileirão daquela temporada. Além disso, seu bom posicionamento, seus desarmes precisos e sua alta velocidade o ajudaram a chegar ao vice-campeonato da Libertadores em 2008.
Também foi nesta época que recebeu o apelido de “Monstro” no campo. Por fim, deixou o clube depois de 146 jogos e 14 gols, e foi atuar novamente no futebol europeu.
Milan
Após sua primeira jornada profissional no Fluminense, Thiago Silva chegou no futebol italiano ao assinar contrato com o Milan em 11 de dezembro de 2008. Porém, sua estreia só aconteceu em julho de 2009 por questões burocráticas.
No tempo em que passou no clube, firmou-se como um dos maiores zagueiros de todos os tempos, inclusive, para muitos torcedores chegou a superar a atuação de Alessandro Nesta na época.
Bom, ao longo de sua trajetória na elite italiana, conquistou a Série A do Campeonato Italiano de 2010/11 e a Supercopa da Itália de 2011. Além disso, também chegou a marcar gol na estreia na Champions League contra o Barcelona em 2011 e chegou a ser capitão da equipe, um título inusitado para um clube que referenciava italianos nesta posição até então.
Por fim, deixou o clube em 2012 rumo ao Paris Saint-Germain após 119 partidas, seis gols e dois títulos.
Paris Saint-Germain
Sendo o zagueiro mais caro na época, a biografia de Thiago Silva foi ainda mais marcante no Paris Saint-Germain. Após chegar ao clube, rapidamente tornou-se um dos maiores ídolos da torcida, inclusive por seu papel na liderança do time depois que Mamadou Sakho saiu e deixou a braçadeira de capitão.
O zagueiro ajudou na aquisição de sete títulos da Ligue 1 — Serie A do Campeonato Francês — além de cinco Supercopas da França, seis Copas da Liga Francesa e cinco Copas da França.
Porém, na Liga dos Campeões da UEFA o time francês enfrentou dificuldades. Mesmo avançando da fase de grupos com o atleta em campo, poucas vezes chegou a passar das quartas de final, um exemplo foi a derrota inesquecível do PSG para o Barcelona em 2017, quando o time levou uma goleada de 4 a 0.
Em 2020 chegaram a alcançar a final da Champions League, mas perderam para o Bayern de Munique. Logo após, o time informou que não renovaria o contrato dele, o que marcou o fim de sua era no clube.
Foram mais de 300 partidas pelo PSG, e 25 conquistas, o que também tornou Thiago Silva o detentor do recorde como atleta que mais vezes foi capitão e que mais venceu títulos pelo clube.
Chelsea
Depois do PSG não renovar seu contrato, Thiago Silva fechou uma contratação a custo zero com o Chelsea.
Desse modo, estreou em setembro de 2020 e, logo em 2021, alcançou mais um patamar de sucesso junto do clube inglês ao auxiliar na conquista da Liga dos Campeões e da Supercopa da UEFA daquele ano. Por conta do seu impacto positivo no time, conseguiu a renovação deste contrato até o final da temporada de 2021/22.
Em 2022, fez mais um feito inédito em sua carreira e adicionou o título do Mundial de Clubes da FIFA daquele ano na estante do Chelsea.
Mas, alguns momentos difíceis também marcaram sua trajetória pelo time, como na final da Copa da Liga Inglesa em que perderam para o Liverpool, além das duas temporadas seguintes em que também alcançou a final, mas perdeu em ambas.
Bom, depois de uma série de contribuições, o atleta e o clube anunciaram o fim do contrato em março deste ano (2024), depois da eliminação do time na semifinal da Copa da Inglaterra.
Sua passagem pelo Chelsea deixou três títulos, nove gols e quatro assistências ao longo de 156 jogos.
Fluminense 2.0
No dia 7 de maio deste ano, o Fluminense anunciou o retorno de Thiago Silva para integrar a equipe do clube carioca depois do jogador assinar um contrato que vai até julho de 2026.
Com isso, o zagueiro deve desembarcar no Rio de Janeiro logo após o fim da temporada europeia, ou seja, como a janela internacional de transferências abre no dia 10 de julho, o astro deve estar disponível para as oitavas de final da Libertadores e da Copa do Brasil — caso o Fluminense consiga se classificar, é claro.
Além do Fluminense, outras equipes da Inglaterra e da Arábia Saudita buscaram fechar acordos com o jogador.
Seleção Brasileira
Para concluir a biografia de Thiago Silva, definitivamente sua passagem pela Seleção Brasileira não deve ficar de lado. Afinal, foram mais de 113 jogos e sete gols pela equipe principal entre 2008 e 2022, além de oito jogos e um gol pelo Brasil Sub-23.
No mesmo ano de sua estreia na Seleção, aos 23 anos, conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim. Em 2012, conseguiu ir além e conquistou a prata olímpica em Londres.
Após isso, tornou-se capitão também da Seleção Brasileira em 2013 e liderou a equipe na conquista da Copa das Confederações, que aconteceu no Brasil naquele ano. Por fim, ajudou na conquista da Copa América de 2019.
Thiago Silva consagrou-se como o zagueiro que mais jogou pela Seleção, além de ser o quinto atleta no total depois de Cafu, Roberto Carlos, Daniel Alves e Neymar. Outro recorde que conseguiu conquistar foi o de jogador que mais vezes foi capitão em Copas do Mundo em 2022, no Catar, depois que totalizou 12 envergaduras da faixa.
Por estar perto dos 42 anos na próxima Copa do Mundo, é muito improvável que ele integre a Seleção Brasileira novamente no campeonato, ainda mais que não recebeu mais convites de convocação depois de 2022.
Porém, já deixou claro em uma entrevista para a ESPN em outubro do ano passado que ainda tem condições de jogar e está disposto a ajudar a equipe, sempre que necessário.