O Corinthians tem passado por problemas financeiros nos últimos anos, mas, além disso, a gestão de Duilio Monteiro Alves culminou no primeiro mandato sem conquista de algum título. Apesar da situação, Duilio acredita ter ajudado na redução de dívidas do clube e aumentado as receitas. Confira, abaixo, uma análise financeira comparativa em relação aos anos de 2023 e de 2024 do Timão.
O 2023 do Corinthians
De acordo com o relatório “Convocados”, da Galápagos, o Corinthians tem um desequilíbrio em relação às suas despesas. O levantamento mostra que a parte pessoal, que diz respeito aos jogadores e equipe técnica, representa 50% do orçamento do clube. Os outros 50% estão relacionados a outros gastos.
Em 2023, o Corinthians conseguiu diminuir essa dívida com o pessoal de R$ 331 milhões para R$ 309 milhões. Além disso, conseguiu 1 bilhão de reais em receita bruta devido às negociações envolvendo a NeoQuímica Arena.
No entanto, a dívida bruta do clube ultrapassou 1,9 bilhão de reais, o que impactou o planejamento para 2024.
Outra situação financeira negativa está relacionada à posição do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Antes da competição começar, previa-se a sétima colocação na tabela.
Em outubro, as análises passaram a considerar um décimo lugar. Mas, no final, o Timão acabou na 13ª posição, trazendo olhares negativos.
Atualmente, o Corinthians aguarda o pagamento de algumas transferências de jogadores. Por exemplo, o Nottingham Forrest, da Inglaterra, precisa pagar ao clube paulista cerca de 22 milhões de reais por Murillo.
Análise financeira do Corinthians em 2024
A análise financeira do Corinthians de 2024 começa pela promessa de melhora no desempenho do time. No entanto, atualmente, o Timão ocupa a 17ª posição na tabela do Campeonato Brasileiro, ou seja, corre risco de rebaixamento.
Além disso, saiu da disputa pelo título do Campeonato Paulista de forma precoce, o que irritou a torcida. O ponto positivo é que segue vivo na Copa do Brasil e na Sul-Americana.
À primeira vista, a diretoria do Corinthians esperou a melhora de desempenho querendo manter a folha salarial em 22 milhões de reais em 2024. No entanto, a equipe não só não conseguiu apresentar um bom futebol ou, pelo menos, bons resultados, como também gastou mais do que deveria em jogadores para compor elenco.
Relacionadas a essas questões, estão ainda dívidas da NeoQuímica Arena, na casa dos 703 milhões de reais. Vale observar que esse valor era de 566,8 milhões de reais no início do mandato de Duilio Monteiro Alves.
Em geral, essas contas são pagas em parte através da venda de ingressos para os jogos. O Corinthians ficou em terceiro lugar no ranking das maiores bilheterias do Campeonato Brasileiro com média de 38.393 torcedores. São Paulo (43,8 mil) e Flamengo (54,5 mil) completam o pódio.
Como dito anteriormente, a dívida do Corinthians eram de 1.9 bilhão de reais em 2023, porém esse valor subiu para 2.1 bilhões de reais em março de 2024. Desse número, 1,39 bilhão de reais diz respeito ao clube em si, enquanto 717,8 milhões são dívidas da NeoQuímica Arena.
Além disso, teve um superávit de 10.7 milhões até o mês citado, porém previa-se o montante de 35.9 milhões, que não foi atingido.
Situações de impacto nas dívidas
A questão em cima das finanças do Corinthians está relacionada aos gastos desnecessários. A gestão de Duilio Monteiro Alves aumentou as receitas, porém piorou a dívida da NeoQuímica Arena e contratou de forma desenfreada.
Além disso, teve problemas com má conduta de jogadores, vendas para pagar dívidas a curto prazo e, como resultado, teve que ir ao mercado.
Em fevereiro de 2024, Duilio Monteiro Alves fez a sua própria análise financeira do Corinthians criticando Augusto Melo. De acordo com o ex-presidente, o atual gestor está endividando o clube cada vez mais, rasgando “contratos vantajosos” e acionando “cláusulas de multa de forma negligente”, entre outras considerações.
Em nota oficial, ele ressaltou ainda as dívidas do Timão com empresários, que beiram os 217 milhões de reais e que devem aumentar.