Estamos na reta final da temporada de 2024 da Fórmula 1 e o drama fica cada vez maior à medida que nos aproximamos da corrida decisiva em Abu Dhabi. Max Verstappen vem perdendo a grande vantagem que tinha na liderança e Lando Norris tem agora boas chances de levantar o título com a boa fase da McLaren. O GP de Singapura mostrou mais uma vez esse cenário e agora teremos mais um capítulo dessa saga no dia 20 de setembro, nos Estados Unidos.
Mas antes de chegar ao continente norte-americano, que tal comentarmos mais sobre os acontecimentos do Grand Prix na Ásia? Leia o texto a seguir para ver como foi a etapa do dia 22 e um pouco da história do evento em si.
As origens do GP de Singapura e as suas curiosidades
O circuito de Singapura, conhecido como Marina Bay Street Circuit, foi fundado em 2008. Ele é um circuito de rua e foi o primeiro da história da Fórmula 1 que aconteceu à noite, naquela mesma temporada. O vencedor na ocasião foi o espanhol Fernando Alonso, que estava na equipe da Renault.
O trajeto do circuito é de 4.940 quilômetros, e, embora não esteja entre os mais extensos, é um dos mais técnicos e mais desgastantes. Aliás, vários pilotos já mencionaram a enorme fadiga que sentem durante as voltas e, não à toa, muitos o consideram o GP mais desafiador atualmente. Para se ter uma ideia, é bem comum que, após a corrida, diversos competidores sofram uma perda de peso de até cinco quilos.
Mas qual o grande motivo disso acontecer? A resposta está ligada à temperatura do local. Geralmente, no período que a prova ocorre, os valores no termômetro podem chegar até 30°C e, somados a uma alta umidade, fazem com que qualquer um passe por momentos bem ruins em seu carro.
O “Singapuragate”
Além disso, vale destacar que o GP de Singapura de uma das maiores polêmicas, senão a maior, da história da Fórmula 1: o Singapuragate. O evento ocorreu justamente na corrida inaugural em 2008.
E do que se trata essa polêmica? Em suma, o filho de Nelson Piquet, Nelson Piquet Jr., que atuava na Renault na época, bateu de forma deliberada em um muro da curva 17. De acordo com o próprio brasileiro dias depois, esse movimento foi orquestrado pelo chefe da equipe, Flavio Briatore. A intenção era garantir a vitória de Alonso ao final da prova.
Curiosamente, o mais prejudicado em toda essa história foi outro brasileiro, o paulista Felipe Massa. Depois de ficar na pole, suas chances eram boas de vencer a corrida e retomar a liderança do campeonato mundial. No entanto, o acidente, e um erro da Ferrari no pit stop, fizeram ele cair para a 13ª posição e, ao final do ano, ajudaram Lewis Hamilton a vencer o troféu da categoria.
Os maiores vencedores do GP de Singapura
Já que você descobriu mais sobre o evento e o seu tamanho, é o momento de conhecer quais são os nomes que mais tiveram sucesso por lá.
Sebastian Vettel: cinco vitórias
Em primeiro lugar, temos o alemão tetracampeão mundial. Vettel ganhou em cinco ocasiões diferentes esse circuito, sendo três delas enquanto estava na Red Bull (2011, 2012 e 2013) e duas enquanto fazia parte da Ferrari (2015 e 2019).
Lewis Hamilton: quatro vitórias
Já a segunda posição é ocupada pelo britânico que já levantou sete vezes o título da Fórmula 1. Lewis ganhou Singapura em 2009, quando ainda estava na McLaren, e em 2014, 2017 e 2018, quando já dirigia a Mercedes.
Fernando Alonso: duas vitórias
Em terceiro temos o espanhol que ganhou duas vezes a modalidade e foi um dos grandes personagens de “Singapuragate”. Além da vitória em 2008, Alonso também venceu em 2010 quando era piloto da Ferrari.
O último GP de Singapura
Agora é hora de analisar como foi a última edição do Grand Prix que aconteceu no sudeste asiático. Após uma pole position com quase dois milésimos à frente de Max Verstappen, Lando Norris dominou o fim de semana quase que por completo. Na corrida em si, ele abriu 20 segundos de vantagem para o segundo piloto, o próprio Max, e só não conquistou a volta mais rápida porque o australiano Daniel Ricciardo a tirou de suas mãos no final.
Sendo assim, as maiores cargas dramáticas acabaram por ficar no no meio da “tabela”. Especialmente na disputa até o décimo posto, em que tivemos nomes como Nico Hulkenberg conquistado uma surpreendente nona posição e Sérgio Perez, na décima, fazendo outra corrida bem abaixo do esperado.
Além disso, vale destacar o argentino Franco Colapinto, que terminou em 12° no geral. Embora não tenha ganhado pontos, teve o seu terceiro GP seguido de alto nível e mostrou que pode se destacar nos próximos anos no automobilismo, caso a oportunidade de pilotar um carro melhor que a Williams apareça.
A tabela atual da Fórmula 1
Por fim, é o momento de ver como está a classificação de pilotos da Fórmula 1. Após os eventos citados acima, temos a seguinte tabela:
Piloto | Pontos | País |
Max Verstappen | 331 | Holanda |
Lando Norris | 279 | Grã-Bretanha |
Charles Leclerc | 245 | Mônaco |
Oscar Piastri | 237 | Austrália |
Carlos Sainz | 190 | Espanha |
Lewis Hamilton | 174 | Grã-Bretanha |
George Russell | 155 | Grã-Bretanha |
Sérgio Perez | 144 | México |
Fernando Alonso | 62 | Espanha |
Nico Hulkenberg | 24 | Alemanha |