Os carros de Fórmula 1 reúnem as principais tecnologias disponíveis no mundo. A modalidade do automobilismo começou em 1950 e é, atualmente, a categoria mais avançada do esporte a motor. Desse modo, é comum que a evolução dos veículos sejam replicadas em outras categorias e também nos carros para o público consumidor.
De modo similar, é comum que as criações feitas para os carros da F1 criem tendências no mercado de automóveis. Por exemplo, o uso do freio a disco que começou na categoria e, hoje, vemos a utilização desta tecnologia nos carros para o comércio.
Sendo assim, confira a evolução dos carros de Fórmula 1 na história e como a tecnologia se adapta aos veículos do mercado comum.
Evolução dos carros de Fórmula 1
O Campeonato Mundial de Fórmula 1 teve ínicio em 1950, no período pós-guerra. Dessa forma, as dificuldades enfrentadas no mundo, atrasaram o surgimento de novas tecnologias. Sendo assim, os primeiros carros a correrem nos circuitos pertenciam a um período pré-guerra. Os carros que competiram nos primeiros anos tinha motores super pressurizados até 1,5 litro ou motores aspirados de 4,5 litros
Nos anos 60, começam a surgir grandes mudanças nos carros. Assim, firmaram-se os motores traseiros, com a tecnologia de 4 válvulas por cilindro. Além disso, no início da década, os motores geravam 160 hp (cavalos de potência, em inglês). E no fim, passou para 450 hp.
Na década seguinte, surgiu o volante com botões multifuncionais. A tecnologia apareceu com a necessidade de facilitar o uso das funções do painel, até mesmo pela segurança dos pilotos. O primeiro carro de rua a oferecer botões no volante foi apenas em 1998. Atualmente, é mais comum de ver a tecnologia no mercado, seja para trocar a faixa do som ou navegar pelo computador de bordo.
Em 1981, começou a construção dos carros da Fórmula 1 utilizando a fibra de carbono. Dessa forma, o material é mais resistente e leve, o que reduz o consumo de energia e exige menos potência para chegar a velocidades mais altas. A primeira produção em série com fibra de carbono foi o Mercedes-Benz SLR McLaren, produzido pela McLaren, que também é uma equipe da F1.
Tecnologias dos anos 90 em diante
No fim dos anos 1990, a Lotus introduziu um sistema de suspensão adaptativa. Entretanto, quem aprimorou a tecnologia foi a Williams. O recurso foi para outro patamar e ajudou no título de Nigel Mansell no Mundial dos Pilotos e da equipe no Mundial de Construtores, em 1992.
Esse tipo de tecnologia está presente nos carros contemporâneos, principalmente nos esportivos. O sistema melhora o desempenho em pista e também ergue a suspensão em situações que o carro pode raspar, como lombadas e entradas de garagens.
No mesmo período, os carros da Fórmula 1, receberam os paddle shifters, que são as alavancas no volante para a troca de marcha. A Ferrari foi a primeira equipe a introduzir a tecnologia no automobilismo. Alguns anos depois, em 1997, a montadora usou o recurso no esportivo F355. A tecnologia hoje é conhecida no Brasil por borboleta.
A partir de 2011, a Fórmula 1 incorporou o DRS (sistema de redução de arrasto, em inglês) na modalidade. O recurso permite a redução do arrasto aerodinâmico e melhoram as condições de rodagem. O DRS está disponível em marcas de esportivos de luxo, como na Ferrari, Lamborghini e Porsche.
Em 2014, os carros da Fórmula 1 passaram a correr com motores híbridos, que usam energia elétrica e a combustão. Dez anos depois, podemos ver veículos com o mesmo tipo de tecnologia popularizando no mercado.