Enquanto os Jogos Olímpicos de 2024 estão em andamento, tivemos uma novidade quanto à situação da Vila Olímpica do Rio de Janeiro, que foi construída para a edição de 2016 do evento. O projeto que, em tese, deveria ser um dos legados da cidade, acabou por ter diversas complicações com o passar dos anos e não conseguiu atingir as expectativas. Embora algumas das instalações no Rio, como a linha de metrô, ainda sejam utilizadas até hoje, a Vila, infelizmente, não tem a taxa de ocupação que se imaginava.
Mas afinal, o que aconteceu com o projeto? Leia o texto a seguir para entender mais. Além disso, confira como foi o processo de construção da localidade.
Sobre a construção da Vila Olímpica do Rio de Janeiro
A Vila Olímpica do Rio de Janeiro tinha um papel bem claro. Ela deveria abrigar uma boa parte dos atletas durante o torneio e, posteriormente, servir como um um bairro sustentável dentro da Barra da Tijuca. Aliás, isso a levou a ser batizada de Ilha Pura.
De acordo com os dados, são aproximadas 3,6 mil unidades domiciliares que se encontram no local. Os apartamentos variam de R$ 577 mil a R$ 2,5 milhões. Com isso, o metro quadrado é de R$ 750 mil em média.
Além disso, vale destacar que o diferencial do empreendimento imobiliário é justamente a área de lazer. Há mais de 70 mil metros quadrados com praças de skate, quadras e show de águas. Um dos fatores que coloca essa Vila Olímpica como uma das melhores já feitas para a realização dos Jogos.
O uso durante a Olimpíada
Por mais que, no papel, o projeto atualmente pareça impecável, durante os Jogos, várias delegações, principalmente a australiana, protestaram contra a Vila Olímpica do Rio de Janeiro. Segundo elas, havia problemas internos nas edificações, como cheiro de gás, vazamento de água e eletricidade. Isso fez com que vários dos atletas fossem buscar abrigo em hotéis da cidade.
Somado a esse ponto, vários ex-moradores da comunidade que deu lugar à Vila se sentiram excluídos do evento e se manifestaram contra ele. Isso gerou enorme polêmica na época.
O que aconteceu com a Vila Olímpica do Rio de Janeiro?
Após oito anos da realização da Olimpíada na cidade, o grande problema que o projeto enfrentou foi a falta de ocupação. Das 3,6 mil unidades domiciliares citadas antes, menos de 40% está sendo útil atualmente. Não apenas isso, mas quatro dos sete complexos residenciais do local não estão abertos.
Dessa forma, no último mês, o banco BTG Pactual entrou no mercado e comprou todo o bairro da Ilha Pura. O negócio já estava acontecendo há quase um ano e, segundo dados, é uma das maiores transações imobiliárias do país.
Perspectiva a longo prazo
Com a aquisição, o banco BTG possui a intenção de renovar os imóveis e relançá-los por meio de uma nova estratégia, além de vender certos blocos dos edifícios. Isso pode, de certa forma, atrair uma maior quantidade de moradores ao local e também torná-lo menos “isolado”, uma reclamação que vários moradores de lá possuem.
Resta, portanto, esperar para saber o que acontecerá com o empreendimento e de que forma ainda pode contribuir com a infraestrutura local. Caso o plano funcione, a Vila ainda pode vir a ser útil no futuro.