A prova de salto triplo, uma das modalidades do atletismo olímpico, ocorreu no dia 3 de agosto. Naquela tarde, o Stade de France testemunhou um momento emocionante: o instante em que Thea LaFond se tornou a primeira pessoa da Dominica a ganhar uma medalha olímpica e, ainda, estabelecer o recorde nacional na categoria.
Não é novidade que, no salto triplo, os competidores precisam pular o mais alto e o mais longe possível. No entanto, Thea LaFond, atleta da República Dominicana, simplesmente pareceu ter voado durante a prova, marcando um recorde nacional e entrando para a história do evento em Jogos Olímpicos.
LaFond saltou 15,02m, marca que garantiu a primeira medalha de ouro em sua carreira. Assim, pela primeira vez na história, o hino da Dominica tocou em um pódio olímpico, e a nação insular apareceu no quadro de medalhas. O resultado também se tornou o recorde nacional no salto triplo.
Thea LaFond foi a única mulher a atingir a marca dos 15 metros na competição. “Neste ponto, toda vez que piso na pista é uma honra, carregar a bandeira é uma honra, ser dominicana é uma honra. Representar um país com apenas 70 mil pessoas e estar aqui e receber a primeira medalha [da Dominica], uma de ouro, é uma honra”, declarou a atleta.
O evento terminou com um pódio formado por LaFond, Shanieka Ricketts e Jasmine Moore, atletas que conquistaram mais do que as medalhas de ouro, prata e bronze, mas também suas melhores marcas. Ricketts, da Jamaica, ganhou a prata ao registrar o melhor salto de sua temporada, com o marco de 14,84m. Por fim, Jasmine Moore, dos Estados Unidos, também alcançou seu melhor desempenho, garantindo o bronze com seu salto de 14,67m.
Uma vida dedicada ao atletismo
Nascida na Dominica, no Caribe Oriental, Thea LaFond se mudou para os Estados Unidos quando tinha apenas cinco anos. Aos sete, foi com a família para Maryland, sem saber que lá sua vida mudaria para sempre. Thea começou a se destacar no esporte ainda na escola, mas foi durante sua vida universitária que a jovem passou a chamar a atenção de outros atletas.
Com apenas 21 anos, foi nomeada uma das Top 10 Atletas de Campo do Ano. Treinando pela Universidade de Maryland, a jovem ainda hoje é a dona da maior pontuação no salto triplo da instituição. Além disso, ela também detém outras cinco melhores marcas indoor de Maryland, incluindo o 60m com barreiras, terceira melhor marca no salto em altura e a quarta melhor no salto em distância.
Atualmente, Thea é a número 3 no ranking mundial do salto triplo e a 56 no ranking geral do atletismo feminino. A atleta foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2023 e, no início de 2024, ouro no Campeonato Mundial de Atletismo Indoor, também no salto triplo.
Hoje, LaFond trabalha como professora de educação física e condicionamento na mesma escola em que estudou quando criança, além de ser assistente de cross-country e treinadora da equipe de atletismo de outra escola de Ensino Médio em Maryland. Curiosamente, o atletismo também foi o responsável por apresentar a jovem a Aaron Gadson, que se tornou treinador e, posteriormente, seu marido.