Sunisa Lee é uma americana, nascida nos Estados Unidos e a primeira atleta Hmong do país a participar de uma Olimpíada na ginástica. Além disso, nos Jogos Olímpicos de 2020, ela fez parte da equipe que conseguiu a prata para o país e conseguiu o ouro no individual geral da ginástica feminina.
Saiba mais sobre a trajetória da americana, que é uma das maiores ginastas da atualidade.
Conheça a trajetória da ginasta Sunisa Lee
Sunisa “Suni” Lee nasceu em em South Saint Paul, Minnesota, Estados Unidos, no dia 9 de março de 2003. O seu sobrenome veio do seu padrasto John Lee que, mesmo não sendo casado legalmente com a sua mãe, passou a ser o sobrenome da atleta por decisão própria. A ginasta tem ascendência Hmong, que é um grupo étnico que tem origem nas regiões montanhosas do Sudeste Asiático, China, Vietnã e Laos.
O seu começo no esporte aconteceu quando ela ainda era uma criança. Por ser bastante dinâmica, seu pai construiu uma trave para incentivar a pequena esportista. Foi aos seis anos de idade que ela começou na ginástica no Midwest Gymnastics Center, em Little Canada, Minnesota.
Por ter um talento único, não demorou muito para que Sunisa Lee começasse a se destacar no esporte, ganhando a sua primeira competição estadual aos sete anos de idade. Após a vitória, a atleta conseguiu avançar rapidamente os níveis de habilidade e aos onze anos de idade foi qualificada para o programa de elite.
Do programa de elite às Olimpíadas de Tóquio 2020
Em 2017, passou a fazer parte da equipe nacional júnior dos EUA e conseguiu conquistar várias competições, como a Gymnix International Junior em Montreal. Porém, a sua estreia internacional sênior aconteceu em 2019 no Troféu City of Jesolo, que ocorreu na Itália. Nessa ocasião, a atleta conquistou o título geral e ainda ajudou toda a equipe dos Estados Unidos a levar o ouro.
Além disso, Sunisa Lee também conquistou medalhas no Campeonato Mundial da FIG, ainda em 2019, incluindo ouro na prova por equipes, prata no solo e também o bronze nas barras assimétricas. Entretanto, o seu triunfo veio nas Olimpíadas de Tóquio de 2020, que correram em 2021.
Em Tóquio, a ginasta fez história e ganhou a medalha de ouro no individual geral feminino, sendo a primeira mulher asiática-americana a conseguir esta conquista. Aliado a isso, Lee também conseguiu a medalha de prata na prova por equipes, sendo peça fundamental para a conquista.
Após os Jogos Olímpicos de 2020, ela passou a competir junto a equipe de ginástica da Universidade de Auburn, localizada no estado norte-americano do Alabama. Neste período, ela conseguiu vários títulos, como campeã nacional universitária na trave. Ela também saiu vitoriosa em sua conferência nas barras assimétricas.
Problemas de saúde e afastamento da ginástica
Em 2023, um problema de saúde inesperado a afastou dos treinos e campeonatos. Ela acordou e percebeu que seus tornozelos estavam inchados, porém, acreditava ser uma consequência dos treinamentos intensos. No entanto, o problema foi se agravando e o inchaço passou a atingir outras partes do seu corpo, como pernas e mãos.
A partir deste momento, a preocupação começou a aumentar e então as investigações médicas começaram. Os especialistas descobriram que o problema não tinha relação com os treinos, mas sim com os rins. Sendo assim, os médicos desaconselharam a continuidade dos treinos e, consequentemente, das competições.
Ainda em 2023, ela voltou aos treinos lentamente, porém, acabou desistindo de algumas competições importantes para o esporte, como Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-Americanos. No entanto, ela conseguiu se recuperar e participar dos Jogos Olímpicos 2024 e, desde que seu nome foi anunciado, a atleta fez parte dos nomes cogitados a subir no pódio dos Jogos Olímpicos 2024.
Sunisa Lee nos Jogos Olímpicos 2024
Em 2023, Sunisa Lee não tinha muitas esperanças de participar das Olimpíadas de 2024 em razão do seu problema de saúde. Ela não só conseguiu participar, como conseguiu conquistar o ouro na disputa por equipes. Além disso, ganhou a medalha de bronze no individual geral, perdendo para Simone Biles, que conseguiu o ouro e Rebeca Andrade, que ganhou a prata.
Porém, na final da trave, a americana não teve um bom desempenho mesmo após ter sido classificada com a quarta melhor nota e sendo uma das apostas para conquistar o pódio na disputa.
Ela foi a segunda a se apresentar e teve uma queda após o pé de apoio escorregar para o lado durante a aterrisagem na trave e caiu sentada. A sua nota foi 13.100, o que fez com que ela ficasse fora da disputa pela medalha.
A ginasta que ganhou o ouro foi Alice D’Amato da Itália, a prata ficou com a chinesa Zhou Yaqin e bronze com Manila Esposito, também da Itália.