A popularização de clubes de tiro acontece há séculos na europa, inclusive, há clubes alemães que possuem mais de quinhentos anos de história. Porém, foi com a formação da National Rifle Association (NRA) nos Estados Unidos em 1871 que a prática finalmente começou a ser encarada como um esporte.
Mas, antes disso, já haviam competições sendo realizadas, principalmente em solo europeu. Em 1814, o coronel Peter Hawker da Grã-Bretanha publicou o que seriam as primeiras regras do esporte para competições.
Em 1907 então foi criada a Federação Internacional de Tiro Esportivo, ou International Shooting Sport Federation (ISSF), o órgão dirigente dos eventos de Tiro Olímpico, sendo a única organização internacional de esportes de tiro que faz parte do Comitê Olímpico Internacional. Portanto, é a maior responsável pelos eventos do esporte no mundo e sua regulamentação.
Regras do tiro esportivo
De modo simples, existem três categorias de tiro esportivo nos dias de hoje, as três utilizam armas diferentes e se dividem em algumas provas, são elas:
- Pistola: modalidade dividida em quatro subcategorias, a pistola de ar, a pistola livre, a pistola de ar e o tiro rápido. Por ser uma arma curta, só pode ser disparada com uma das mãos em competições, com o alvo podendo estar posicionado a 10m, 25m ou até 50m do atleta que vai atirar.
- Carabina: já essa modalidade é praticada com uma arma de cano longo e, portanto, é praticada com o uso das duas mãos. As provas podem ser realizadas tanto em pé, a uma distância de 10m ou 50m do atirador, ou então deitado, também a 50m. Porém, essa última subcategoria é disputada apenas por homens. Aqui, o objetivo é acertar o alvo desenhado em volta de círculos.
- Tiro ao prato: uma das modalidades mais populares, o tiro ao prato possui duas variações. Na primeira, a chamada fossa olímpica, o atleta atirador possui cinco posições de disparo e deve acertar o prato com dois tiros. Já na modalidade skeet, há oito posições e o vencedor é quem atingir o maior número de pratos.
Bom, essas são as modalidades olímpicas do esporte, porém, há outras práticas de tiro esportivo que são praticadas, como:
- Alvo móvel: o alvo desloca-se em um espaço de 2m, enquanto isso, o atirador possui 30 tiros lentos e 30 tiros rápidos para atingi-lo.
- Airsoft: simula situações de combate e pode ter diferentes objetivos e regras. São usadas armas de pressão que disparam bolas de plástico.
- Paintball: outra modalidade de tiro esportivo, o paintball é um esporte de equipes em que, normalmente, uma equipe deve conquistar a posse da bandeira do time adversário. Porém, ao contrário do airsoft, aqui as bolinhas possuem tinta dentro para marcar oponentes atingidos.
Em resumo, essas são as regras do tiro esportivo que costumam ser seguidas, seja em competições esportivas nas modalidades olímpicas ou apenas em disputas amigáveis como nas outras categorias.
Outras regras incluem o uso de equipamentos de segurança, entre outras necessidades, por exemplo.
Tiro esportivo paraolímpico
O tiro esportivo paraolímpico também é administrada pelo ISSF, além do Comitê Paraolímpico Brasileiro. De modo breve, as regras do tiro esportivo paraolímpico indicam o uso de carabinas e pistolas de ar para eventos de 10m e 50m de distância, além do uso de uma pistola de perfuração (pólvora) nos 25m.
Praticam pessoas com deficiências físicas nos membros superiores ou inferiores, de ambos os gêneros. As provas podem ocorrer com os atletas de pé, deitados ou ajoelhados, e incluem de 20 a 120 tiros em um tempo de 1h a 2h30.
Já a classificação dos atiradores é feita conforme o equilíbrio, a mobilidade dos membros, a força muscular e o grau de funcionalidade do tronco do atleta. Pessoas com diferentes tipos de deficiência podem competir juntas, podendo usar um suporte para a arma conforme a classe em que forem divididos:
- SH1: atiradores de pistola e carabina que não requerem suporte para a arma.
- SH2: atiradores de carabina que não possuem habilidade para suportar a arma com os braços e requerem suporte para realizar a prova.
