O halterofilismo paralímpico é uma modalidade de competição para atletas com deficiências físicas. A competição se concentra principalmente no supino, avaliando a força da parte superior do corpo dos atletas. Embora exista apenas uma modalidade, os competidores participam de diferentes categorias de peso.
Este esporte exige não apenas força física, mas também habilidade técnica, concentração e determinação. Os atletas paralímpicos de halterofilismo frequentemente enfrentam desafios adicionais devido às suas deficiências, mas superam essas dificuldades com resiliência e dedicação.
O halterofilismo paralímpico tem ganhado popularidade e reconhecimento ao longo dos anos, proporcionando uma plataforma para atletas com deficiências físicas demonstrarem suas habilidades atléticas e inspirarem outras pessoas com suas conquistas.
Conheça as regras do halterofilismo paralímpico.
Quais são as regras do halterofilismo olímpico?
A competição começa com os atletas sorteando a ordem de pesagem e levantamento. Depois de categorizados nas 10 classes de peso diferentes, divididas entre homens e mulheres, cada paratleta levanta três vezes em sua respectiva classe de peso.
No halterofilismo paralímpico, os atletas assumem uma posição supina em um banco especialmente projetado, e após pegar ou receber a barra com os braços estendidos, o levantador espera com os cotovelos travados e a barra sob controle pelo sinal do Árbitro Chefe.
Após receber o sinal de “início”, o levantador deve baixar a barra até o peito, mantê-la visivelmente imóvel no peito e então pressioná-la para cima uniformemente, com uma extensão igual dos dois braços com cotovelos travados. Após o sinal de “fim”, o competidor devolve a barra ao suporte.
Cada atleta tem três tentativas, e a critério do júri, uma quarta tentativa pode ser permitida para alcançar um novo recorde mundial, mas esta tentativa não conta para o resultado final da competição.
Como funciona a classificação?
A classificação difere um pouco de outras modalidades paralímpicas, pois se divide apenas entre atletas elegíveis e inelegíveis. Para um atleta ser considerado elegível, pelas regras do halterofilismo paralímpico, deverá cumprir alguns requisitos mínimos de deficiência e de segurança.
Alguns exemplos de atletas aptos para competir nessa modalidade são aqueles com lesões medulares (sejam cadeirantes ou não), amputados, pessoas com diferentes comprimentos de pernas, atletas com baixa estatura ou que sofreram lesões por paralisia cerebral.
Quanto à segurança, dado que é um esporte no qual se levanta peso considerável na barra, certos pré-requisitos de segurança são indispensáveis, como o atleta ter os dedos da mão e que essa mão seja capaz de segurar toda a barra.
Quais são as categorias de peso?
Nas regras da competição de halterofilismo paralímpico:
- Homens competem nas categorias de 49kg, 54kg, 59kg, 65kg, 72kg, 80kg, 88kg, 97kg, 107kg e mais de 107kg.
- Mulheres competem nas categorias de 41kg, 45kg, 50kg, 55kg, 61kg, 67kg, 73kg, 79kg, 86kg e mais de 86kg.
Como surgiu o halterofilismo paralímpico?
O levantamento de peso, modalidade anterior ao halterofilismo, fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio em 1964. O halterofilismo foi oficialmente adicionado ao programa Paralímpico vinte anos depois, em 1984 na Califórnia.
Nos anos seguintes, o halterofilismo paralímpico passou por uma importante transição para incluir outros tipos de deficiência e adotar regras idênticas às das competições de levantamento de peso convencionais. Somente em 2000 a competição passou a incluir mulheres nos Jogos Paralímpicos de Sydney.
O halterofilismo é um dos esportes de mais rápido crescimento no Movimento Paralímpico em termos de participantes, sendo agora praticado em quase 100 países. A World Para Powerlifting, sob a governança do Comitê Paralímpico Internacional, atua como a federação internacional para o esporte e está sediada em Bonn, Alemanha.
As principais competições incluem:
- os Jogos Paralímpicos, que ocorrem a cada quatro anos;
- os Campeonatos Mundiais bienais;
- os Campeonatos Regionais trienais;
- e os eventos anuais da Copa do Mundo e Grand Prix.
Paralímpico ou paraolímpico?
Nos Jogos Paralímpicos de Verão de 1984, o levantamento de peso paraolímpico, conhecido como “paralympic powerlifting” em inglês, fez sua primeira aparição. Durante uma assembleia em Barcelona, em 1992, o comitê olímpico decidiu incluir apenas o “powerlifting”. Ou seja, o levantamento de peso paralímpico) nos Jogos Paralímpicos, em vez do halterofilismo paraolímpico.
O nome foi alterado de “weightlifting” para “powerlifting”, e, agora a competição está aberta a todos os atletas com paralisia cerebral, lesão medular, amputações de membros inferiores e outros que atendam aos critérios mínimos de deficiência.
Dessa maneira, a mudança do nome da categoria na língua inglesa acarretou maior inclusão de categorias de deficiência. Contudo, no Brasil, a unificação dos termos “paralímpico” e “paraolímpico” não teve a mesma causa e nem a mesma consequência.
A mudança aconteceu em 2011, quando o Comitê Paralímpico Internacional (CPI) tomou a decisão unificar os termos, a fim de criar um alinhamento da palavra assim como ocorre na língua inglesa, com o termo “paralympic”. Assim, todos os Comitês Paralímpicos Nacionais (CPN) tiveram que adotar o termo “paralímpico” ao invés de “paraolímpico”.
