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A trajetória de Rebeca Andrade, a maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos

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Rebeca Andrade fez história nas Olimpíadas de 2024. A ginasta guarulhense de 25 anos chegou em cinco finais no evento, conquistando quatro medalhas. Dessa forma, se tornou a maior medalhista em Jogos Olímpicos da história do Brasil. Ao todo, a brasileira soma seis medalhas, sendo duas delas de ouro.

Porém, para conseguir esse feito incrível, Rebeca teve de batalhar muito. A ginasta teve de disputar torneios menores até chegar ao maior palco do esporte. Além disso, precisou superar lesões graves que poderiam ter colocado em risco sua carreira no esporte. Porém, ela superou tudo isso e hoje está na história do esporte brasileiro. Vamos conhecer a história dela!

A trajetória de Rebeca Andrade até fazer história nas Olimpíadas

Primeiros passos

Nascida em Guarulhos em 1999, Rebeca Andrade foi criada apenas por sua mãe, junto com seus sete irmãos. Ela começou a treinar aos quatro anos de idade, em um projeto social na cidade em que nasceu. Chegou a ser conhecida como ‘Daianinha de Guarulhos’, em alusão a lendária ginasta Daiane dos Santos, com quem chegou a treinar em 2009.

Rebeca foi evoluindo no esporte e se mudou para Curitiba, onde teria melhores condições de treino. Um ano depois, foi para o Rio de Janeiro para treinar no Flamengo, onde está até os dias de hoje. Foi nesse momento que sua carreira despontou de vez. Ela passou a ganhar notoriedade em competições para atletas mais jovens e, em 2015, estreou em competições para adultos.

Primeiras competições entre adultos

Em 2015, a atleta conquistou duas medalhas em etapas de Copa do Mundo: uma de prata e outra de bronze. No ano seguinte, foram quatro pratas e um bronze na competição. Isso fez com que Rebeca Andrade fosse convocada para disputar as Olimpíadas de 2016. Um ano antes, ela havia sofrido uma grave lesão, que a tirou da disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Rebeca rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito. Essa é uma das lesões mais graves que um atleta pode sofrer. No entanto, ela conseguiu se recuperar a tempo de disputar os Jogos do Rio.

Rebeca Andrade ajudou o Brasil a se classificar para a final por equipes da ginástica nas Olimpíadas. Além disso, também chegou na final individual geral. Não conquistou nenhuma medalha, porém, com apenas 17 anos de idade mostrou que era um nome que merecia muita atenção nos próximos anos.

Os primeiros ouros

Antes de ser ouro nas Olimpíadas, Rebeca Andrade acumulou diversas medalhas em etapas de Copa do Mundo. Na edição de 2017, a ginasta conquistou seus primeiros ouros. Foram três ao todo: dois no salto e um nas barras assimétricas. No ano seguinte, foram dois ouros e uma prata. Em 2019, ela teve de passar por mais uma cirurgia no joelho. Dessa forma, não disputou os Jogos Pan-Americanos daquele ano, nem participou do Mundial. No ano seguinte, pouco competiu por conta da pandemia de COVID-19.

Porém, em 2021 ela conseguiu a medalha de ouro no Campeonato Pan-americano. Sendo assim, Rebeca Andrade ganhou uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio. E foi nesse evento que ela marcou de vez seu nome na história.

Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Tóquio

Nos Jogos de Tóquio, Rebeca Andrade conquistou a primeira medalha da ginástica feminina em Olimpíadas. Ela recebeu a prata no individual geral, ficando atrás da americana Sunisa Lee. Porém, o melhor viria alguns dias depois.

Isso porque a ginasta conquistou o ouro no salto. Sendo assim, ela se tornou a primeira mulher ginasta campeã olímpica do Brasil. Ela também foi a primeira atleta brasileira a conquistar duas medalhas em uma mesma edição de Jogos Olímpicos. Isso fez com que ela fosse escolhida para ser a porta-bandeira na Cerimônia de Encerramento do evento.

Ainda naquele ano, ela conquistou um ouro e uma prata no Campeonato Mundial.

Período entre Tóquio e Paris

No período entre os Jogos de Tóquio e de Paris, Rebeca continuou tendo um ótimo desempenho. Em 2022, conquistou o ouro no individual geral no Campeonato Mundial, além do bronze no solo.

Já em 2023, conquistou o ouro no salto, além de três pratas e um bronze. Ela finalmente conseguiu participar dos Jogos Pan-Americanos e garantiu dois ouros e duas pratas.

Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Paris

Foi na França que a ginasta cravou de vez seu nome na história. Isso porque a guarulhense chegou em cinco finais nos Jogos de Paris. A primeira foi a por equipes. Ela, Jade Barbosa, Júlia Soares, Flávia Saraiva e Lorrane Oliveira conquistaram a primeira medalha da história do país na prova, ficando com o bronze.

Depois, Rebeca Andrade conquistou a prata no individual geral. Ela fez 57.932 pontos, ficando atrás da americana Simone Biles, que fez 59.131. A prata no salto veio logo em seguida, em prova na qual Simone Biles foi novamente a medalhista de ouro.

Na trave, Rebeca Andrade ficou em quarto, ficando pouco atrás de Manila Esposito, medalhista de bronze. Porém, o melhor ainda estava por vir. No mesmo dia a brasileira tinha a final do solo.

Nele, ela deu um show. Rebeca Andrade fez 14.166 pontos e ficou na frente de Simone Biles, que fez 14.133. Dessa forma, ela conquistou sua primeira medalha de ouro nos Jogos de Paris e segunda em Olimpíadas. Somando os Jogos de Tóquio e de Paris, ela acumulou seis medalhas, sendo a maior medalhista da história do Brasil em Jogos Olímpicos.

O futuro de Rebeca Andrade

Aos 25 anos de idade, o futuro de Rebeca Andrade é incerto. Em entrevista, a ginasta disse que não deve competir mais no individual geral, prova que é muito desgastante. Porém, ela deixou em aberto a possibilidade de competir em outras etapas. Sendo assim, nos Jogos de Los Angeles, em 2028, podemos ver ela conquistando mais medalhas e marcando ainda mais seu nome na história.