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Pepê Gonçalves se despede de Paris após cair nas oitavas do caiaque cross

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Infelizmente, a participação de Pedro “Pepê” Gonçalves tanto na canoagem slalom nos Jogos de Paris foi mais curta do que a torcida do Brasil esperava. Isso porque o brasileiro não avançou das oitavas de final na última categoria que disputava no torneio, despedindo-se do campeonato mais cedo do que gostaria. 

Para começar, logo na estreia da modalidade, Pepê disputou a canoagem slalom masculina C1 em Paris, categoria que não é a sua especialidade. Primeiro a entrar na água, Pedro Gonçalves terminou a primeira descida apenas como o 18º colocado, completando o trajeto em 111,07s. O atleta recebeu quatro penalidades de dois segundos cada nos portões 1, 15, 17 e 19, e, com isso, seu tempo aumentou em oito segundos.

Na descida seguinte, o brasileiro não conseguiu melhorar seu tempo, repetindo a classificação. Pepê terminou a segunda descida com o tempo de 154,48s. O canoísta até recebeu uma punição a menos que na rodada anterior, no entanto, ele “furou” um dos obstáculos, recebendo uma punição de 50 segundos. 

Ao final da fase eliminatória, Pepê Gonçalves não foi além do 18º lugar, e apenas os 16 melhores atletas avançaram na competição para brigar pelas medalhas. Assim, o Brasil ficou sem nenhum representante na semifinal da canoagem slalom masculina na Olimpíada de 2024.

Pedro Gonçalves é eliminado no caiaque em Paris

A derrota de Pedro Gonçalves na categoria C1 da canoagem slalom olímpica não foi sinônimo, porém, de que o brasileiro deveria arrumar as malas e voltar para a casa. O sonho da medalha seguia vivíssimo, uma vez que Pepê ainda disputaria as categorias K1 e a K1 Cross em Paris.

Na categoria K1, a canoa sai de cena e entra o caiaque individual – esta, sim, uma das especialidades do brasileiro. Já a prova de caiaque cross é estreante em Olimpíadas. Trata-se de uma categoria mais extrema e perigosa que a canoagem tradicional. Pedro Gonçalves, inclusive, foi um dos pioneiros na modalidade. 

“O extremo é muito novo. E eu fui um dos primeiros atletas do mundo a acreditar nesse esporte. Era difícil, porque é um barco mais pesado, é outro remo, são outros equipamentos, é uma prova que demanda muito mental e fisicamente”, declarou o atleta em entrevista à CNN em julho de 2024.

Pepê Gonçalves avançou para a semifinal da canoagem slalom K1, com o tempo de 86,64 na primeira corrida, a oitava melhor marca. O melhor classificado foi Titouan Castryck, da França. No entanto, o brasileiro ficou fora da final após completar o percurso em 147s09.

Em seguida, foi a vez de Pepê disputar o caiaque cross – ou caiaque extremo, prova para a qual ele estava bem confiante. Contudo, o canoísta acabou eliminado ainda nas oitavas de final. A saída de Gonçalves ainda veio acompanhada de um acidente. Em determinado momento da prova, Pepê Gonçalves ficou lado a lado com o japonês Yuuki Tanaka que, sem querer, atingiu o rosto do brasileiro com o remo.

Por meio de suas redes sociais, o canoísta acalmou o público, divulgando uma foto de seu rosto com o lábio inchado, mas afirmando que estava tudo bem e que tudo não passou de um acidente. “Tenho certeza que não foi intencional, é coisa da modalidade, acontece. Mas me acertou em cheio, eu acabei perdendo um pouco o sentido de onde eu estava, a noção“, declarou o atleta.