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Jogos Paralímpicos Paris 2024: conheça o atletismo paralímpico

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Logo após os Jogos Olímpicos Paris 2024, começam os Jogos Paralímpicos, disputados entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro deste ano. Serão 184 Comitês com a participação de 4.400 atletas paralímpicos que disputam em distintas modalidades. Diante disso, as Paralimpíadas de atletismo são uma das mais conhecidas.

Em 1952, surgiu o atletismo de cadeira de rodas. A modalidade faz parte do programa paralímpico desde a primeira realização dos Jogos Paralímpicos em Roma, em 1960. Atletas com distintas deficiências, seja ela física, visual ou intelectual, podem praticar o esporte em suas diferentes modalidades. 

Para dar uma ideia sobre a diversidade do atletismo paralímpico, nos Jogos Olímpicos, ocorrem duas finais — uma masculina e outra feminina. Contudo, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, foram 29 finais, sendo 16 para cada gênero.

Dentre as diferentes modalidades das Paralimpíadas de atletismo, o evento mais estimado pelo público é a maratona, um dos esportes mais tradicionais dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos como um todo. 

As modalidades das Paralimpíadas de atletismo

As Paralimpíadas de atletismo são compostas por provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto nas categorias feminina quanto masculina. Por ser um esporte abrangente, há diferentes modalidades e regras para o atletismo paralímpico, a depender da classificação da deficiência e de sua gravidade. 

Por exemplo, entre os que possuem deficiência física, é possível competir nas provas de corrida com próteses, cadeira de três rodas ou assento de arremesso. Já os atletas com deficiência visual podem ser acompanhados por um guia nas provas de corrida, enquanto um treinador dá orientações nas disputas de lançamento e salto. 

Vale destacar que, no caso de paratletas com deficiência visual, a regra para a utilização do guia varia de acordo com a classe de funcionalidade do competidor. Ao todo, as provas do atletismo paralímpico dividem-se em:

Provas de pista

Salto em distância
Salto em altura
Velocidade: 100 m, 200 m, 400 m, rev. 4×400 m e rev. 4×100 m
Meio-fundo: 800 m e 1.500 m
Fundo: 5.000 m e 10.000 m
Salto triplo

Disputas de rua

Maratona (42 km)
Meia-maratona (21 km)

Modalidades de campo

Lançamento de disco e club
Lançamento de dardo
Arremesso de peso

Entendendo as classes do atletismo paralímpico

Para disputar as diferentes provas de forma mais justa e equilibrada, o Comitê Paralímpico classifica os paratletas de acordo com o grau de deficiência e a funcionalidade do esportista. As provas disputadas na pista ou na rua recebem a letra T (de track). 

As classes T11 a T3 referem-se às deficiências visuais, enquanto a T20 é dedicada às deficiências intelectuais. Classificam-se os paralisados cerebrais entre T31 e T38, com as classes 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para andantes.

Paratletas de baixa estatura enquadram-se nas classes T40 e T41. Na sequência, as classes T42 a T44 são para deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese, T45 a T47 para deficiência nos membros superiores, enquanto os paratletas T51 a T54 competem em cadeiras de rodas. Por fim, as classes T61 a T64 são para amputados de membros inferiores com prótese e as RR1 a RR3 são para deficiência grave de coordenação motora.

Por outro lado, disputas como arremessos e lançamentos são identificadas pela letra F (de field), pois são disputadas em campos. As classes F se dividem em F11 a F13 para deficiências visuais, F20 para deficiências intelectuais, F31 a F38 para paralisados cerebrais (também com as classes 31 a 34 para cadeirantes e 35 a 38 para andantes).

Na sequência, vêm as classes F40 e F41 para baixa estatura, F42 a F44 para deficiência nos membros inferiores e F45 e F46 para deficiência nos membros superiores. As classes F51 a F57 são para os que competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações) e F61 a F64 são para amputados de membros inferiores com prótese.

O Brasil nas Paralimpíadas de atletismo

A primeira vez que uma delegação brasileira participou dos Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg, na antiga Alemanha Ocidental, em 1972. Contudo, foi somente em Toronto 1976 que o Brasil conquistou sua primeira medalha paralímpica. 

Desde que começou a disputar os Jogos Paralímpicos, o atletismo é o esporte paralímpico no qual o Brasil conquistou mais medalhas. Ao todo, o país subiu ao pódio 170 vezes, com 48 medalhas de ouro, 70 de prata e 52 de bronze, tanto em provas de pista quanto de campo.

O fundista Yeltsin Jacques, do Mato Grosso do Sul, foi o nome por trás da 100ª medalha do Brasil em Paralimpíadas, quando ele foi campeão na prova de 1.500 m da classe T11 (cegos). Para os Jogos Paralímpicos Paris 2024, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem a expectativa de convocar cerca de 250 atletas.