Nascida em Curitiba e com apenas 18 anos, Júlia Soares já coleciona feitos na história da ginástica. Isso porque a atleta brasileira chegou à final dos Jogos de Paris com um movimento nunca visto na história das Olimpíadas. Batizado de “Soares”, em sua própria homenagem, a manobra é usada na trave de ginástica por Júlia desde os 15 anos.
O movimento criado pela ginasta começa com um impulso no trampolim, depois a atleta dá uma meia pirueta (180º), fazendo com que o seu corpo ultrapasse a trave e chegue do outro lado. Então Júlia Soares fica de cabeça para baixo com os braços agarrados no aparelho.
A apresentação inédita rendeu sua classificação para a final individual na trave, logo em sua estreia em Olimpíadas. Além disso, Júlia também teve destaque no solo, conseguindo 13.500 pontos, o que garantiu o 11º lugar geral, deixando a atleta a um décimo da classificação para a final.
Conquista do bronze em Paris
A ginasta se apresentou em dois aparelhos na final por equipe nos Jogos Olímpicos: a trave de equilíbrio e o solo. Na trave, Júlia não conseguiu uma boa performance e ficou com uma pontuação de 12.400. Desse modo, o desempenho foi o segundo pior de toda a final.
Contudo, no solo a ginasta conseguiu melhorar sua apresentação. Ao som de Raça Negra, a brasileira conseguiu 13.233 pontos.
Ao todo, o Brasil somou 164.497 pontos. Dessa forma, a ginástica brasileira ficou com a terceira melhor classificação, perdendo apenas para a Itália com 165.494 pontos (prata) e para os Estados Unidos com 171.296 pontos (ouro).
Assim, Júlia Soares já contava com uma grande vitória ao conquistar o bronze na ginástica artística feminina por equipe, afinal, era a primeira medalha por equipe da história da ginástica brasileira.
Porém, já na final da disputa individual da trave, Júlia sofreu uma queda e terminou a competição na sétima posição.
Histórico da Júlia Soares na ginástica
Com apenas 12 anos de idade, Júlia começou a se destacar no cenário brasileiro de ginástica. Em 2018, fez parte da equipe brasileira júnior que conseguiu a sétima colocação no Troféu Cidade de Jesolo, competição internacional que acontece na Itália. Além disso, neste mesmo ano, ela conquistou 14 medalhas em competições importantes do esporte.
A sua estreia na categoria profissional aconteceu em 2021. Logo no Campeonato Pan-Americano, já foi medalhista de ouro por equipe e bronze na trave. Então confira todas as medalhas de Júlia Soares na ginástica artística.
Títulos
2018
- Campeonato Brasileiro Infantil: bronze na mesa; prata nas barras assimétricas; e ouro na trave e por equipe.
- Campeonato Brasileiro de Aparelhos Infantil: bronze na trave; e prata no individual geral.
- Campeonato Brasileiro Juvenil: bronze nas barras assimétricas; e ouro no solo e no individual geral.
- Campeonato Sul-Americano Juvenil: bronze por equipe; prata na mesa, nas barras assimétricas e no solo; e ouro na trave.
2019
- Campeonato Brasileiro Infantil: bronze na mesa; prata nas barras assimétricas; e ouro por equipe, na trave, no solo e no individual geral.
- Campeonato Brasileiro de Aparelhos Infantil: bronze na trave e no solo.
- Campeonato Brasileiro Juvenil: ouro por equipe, nas barras assimétricas, na trave e no solo.
- Campeonato Sul-Americano Juvenil: bronze por equipe; prata na trave e no individual geral; e ouro no solo.
2021
- Campeonato Brasileiro: prata no individual geral; e ouro no solo.
- Campeonato Pan-Americano: bronze na trave; e ouro no individual geral.
- Campeonato Sul-Americano: bronze nas barras assimétricas; e ouro por equipe, na trave, no solo e no individual geral.
2022
- Campeonato Brasileiro: bronze por equipe e no solo; e prata na trave e no individual geral.
- Campeonato Pan-Americano: ouro no individual geral.
- Jogos Sul-Americanos: ouro por equipe, na trave, no solo e no individual geral.
- Copa do Mundo – Baku: ouro no solo.
2024
- Olimpíada: bronze por equipe.