A história do esqui alpino transformou o esporte na modalidade de esqui mais popular que existe. A atividade consiste basicamente em descer uma encosta coberta de neve sobre esquis, sendo o principal foco a velocidade.
Além disso, também exige bastante coragem, bem como força, técnica, agilidade e equilíbrio. Mas, pode ser tanto um esporte para competições profissionais quanto um hobby para amadores, o que o torna uma atividade de inverno super versátil, especialmente no norte global, onde é mais comum.
Bom, para aqueles que querem esquiar na neve nas montanhas da Europa, ou então começar a acompanhar as competições do esporte, como nos Jogos Olímpicos de Inverno, é importante saber mais sobre a história do esqui alpino e também suas principais características.
A história do esqui alpino
A história do esqui alpino é antiga, com o nascimento do esqui moderno por volta de 1840, quando o então ícone Sondre Norheim tornou a atividade ainda mais popular os esquis laterais curvos, as amarrações de salto laterais rígidas feitas de salgueiro, além das curvas Telemark e Christiana (slalom).
Mas, assim como outros esportes de inverno, sua origem é ainda mais antiga, já que antes era praticado como um meio de transporte na neve.
Qual a origem do esqui alpino?
Por incrível que pareça, a origem do esqui alpino data a pré-história, especialmente quando o planeta era mais frio e a necessidade de transporte pela neve, era ainda maior, o que levou a curiosidade e a criatividade humana a usar pranchas de madeiras para melhor locomover-se sobre a neve.
Sendo assim, pranchas de madeiras preservadas foram encontradas em turfeiras de áreas que são hoje a Rússia, Finlândia, Suécia e Noruega. Além disso, também encontraram fragmentos de esqui que datam cerca de 8000 a 7000 a.C..
Com isso, é quase certo que a atividade do esqui, ou pelo menos outra muito semelhante, faz parte da vida humana há milhares de anos nas áreas mais frias do planeta.
Primeiras competições da história do esqui alpino
Porém, foi no século XIX que o esqui deixou de ser apenas um meio de transporte para então se tornar uma atividade esportiva. Desse modo, as primeiras competições para civis de esqui aconteceram em torno de 1840, no norte e no centro da Noruega.
Inclusive, a primeira competição nacional do país aconteceu na capital Christiania — atualmente Oslo —, em que Sondre Norheim foi o vitorioso, em 1868. Aqui é o ponto considerado o início de uma nova era para a modalidade do esporte.
Nas próximas décadas, a prática se popularizou para o restante do continente europeu e para o Canadá e Estados Unidos, onde os mineiros costumavam a realizar competições do esporte para se entreterem no inverno.
Já o primeiro torneio de slalom, aconteceu em 1922 em Mürren, na Suíça, e teve como organizador Sir Arnold Lunn.
Inclusão nos Jogos Olímpicos de Inverno
A primeira aparição olímpica na história do esqui alpino aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1936, em Garmisch-Partenkirchen, tanto nas categorias masculina quanto feminina.
Assim, o único evento daquele ano foi uma competição combinada de downhill e slalom, o que mudou em 1948, quando também foram adicionadas corridas separadas de downhill e slalom na programação olímpica.
Quatro anos depois, adicionaram o slalom gigante e, por fim, em 1988, o slalom super gigante tornou-se o quarto e último, até então, evento da modalidade.
A primeira participação do Brasil no esporte aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1992, em Albertville, na França. Na época, a delegação brasileira contou com sete esquiadores: Christian Munder, Evelyn Schuler, Fábio Igel, Hans Egger, Marcelo Apovian, Roberto Detlof e Sérgio Schuler.
Por fim, o Brasil esteve presente em mais outras dez edições dos Jogos Olímpicos de Inverno no esqui alpino, a última sendo com Michel Macedo, em Beijing, em 2022.
Quais são as características do esqui alpino?
Para entender melhor o esporte e suas características, é preciso entender como funcionam as seis modalidades que costumam organizar as provas dos torneios competitivos: downhill, l super-g, slalom gigante, slalom, combinado e paralelo.
O downhill tem seu foco na velocidade, já que os atletas atingem marcas de até 160 km/h nas descidas, com curvas desafiadoras, grandes quedas verticais e saltos incríveis ao longo de todo o trajeto.
Enquanto isso, o slalom é uma disciplina mais técnica, já que as curvas são muito rápidas e os espaços entre as portas são geralmente muito próximos. Desse modo, os esquiadores precisam ter atenção máxima para mudar rapidamente de direção, quando necessário.
Ao mesmo tempo que é semelhante ao slalom, o slalom gigante apresenta um percurso ainda maior, com mais curvas e um grande número de portas para passar entre 30 a 65.
Já o super-g, ou então slalom super gigante, combina a velocidade das corridas de downhill e a técnica do slalom, ou seja, são curvas longas e radicais em alta velocidade.
Por fim, o combinado é uma soma de diferentes modalidades — downhill ou super-g em primeiro, e em segundo uma prova de slalom — em que somam-se os tempos dos dois eventos para definir o vencedor. Além do paralelo, uma corrida simples que acontece em duas pistas paralelas idênticas.