Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão chegando e, como preparação para uma das modalidades mais disputadas e assistidas pelos brasileiros, entender a história dos saltos ornamentais é essencial para melhor apreciação das disputas.
Apesar de os europeus terem realizado as primeiras competições em 1871, a prática desse esporte remonta a 4 mil anos atrás, com os povos babilônicos. Nas Olimpíadas, eles introduziram a modalidade no evento desde os Jogos de St. Louis, em 1904, com provas de plataforma exclusivas para homens.
É somente nos anos 2000, em Sydney, que a disputa no modelo sincronizado entra no quadro de esportes olímpicos, com os atletas executando os mesmos movimentos ao mesmo tempo na plataforma.
Quer saber mais sobre a história dos saltos ornamentais, o desempenho dos esportistas brasileiros e os tipos de confrontos existentes nos Jogos de Paris 2024? Acompanhe a leitura para mais informações.
A história dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos
A história dos saltos ornamentais começa na Grécia, onde os moradores da cidade saltavam de rochedos para o fundo do mar. Nessa época, ainda não havia regras registradas nem um espírito competitivo entre os atletas.
Os organizadores incluíram a modalidade nos Jogos Olímpicos após a categoria alcançar certa popularidade no continente europeu. Logo nos primeiros eventos da era moderna, eles incluíram a disputa nos jogos, e ela se mantém presente desde então.
No estilo feminino, os confrontos começaram em 1912, dez anos após os organizadores adicionarem a competição ao quadro olímpico. Vale destacar que registraram o modo em sincronia há 24 anos, em Sidney.
Atletas dos Estados Unidos sempre dominaram as provas na competição, apresentando as melhores performances na modalidade. Ainda assim, nos eventos mais recentes, é a China quem tem se saído melhor. Para melhor entendimento, os esportistas da federação asiática ganharam 12 das 24 medalhas em disputa; entre elas, foram 7 de ouro nos jogos de 2020.
Entre os melhores da história dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos, os de maior sucesso são:
- Pat McCormick (estadunidense; 4 ouros);
- Greg Louganis (estadunidense; 4 ouros, 1 prata);
- Fu Mingxia (chinês; 4 ouros, 1 prata).
As regras na modalidade
Além de entender a história dos saltos ornamentais, é preciso compreender as regras na modalidade para apreciar a competição e entender o desempenho dos atletas. O modelo usado para julgar e avaliar os competidores é ditado pelo órgão internacional de esportes aquáticos, também conhecido como FINA.
Seguindo os pontos do comitê, sete juízes darão notas de 0 a 10 pontos por cada um dos saltos realizados. Os juízes analisam os pulos de acordo com a posição inicial do competidor, a decolagem, o voo e a entrada na água.
Com base nisso, os organizadores dividem os critérios nas categorias de cada modalidade, que são salto individual no trampolim e na plataforma. Confira quais são elas:
Salto individual de trampolim
- Todo pulo na competição é feito em um trampolim de 3 metros de altura;
- Os homens realizam seis saltos na categoria, já as mulheres fazem cinco;
- Não há limite para o grau total de dificuldade;
- Pelo menos um mergulho durante a competição deve vir de cada uma dessas seis categorias: para frente, de costas, revirado, pontapé à lua, parafuso e equilíbrio;
- Os homens podem repetir um dos estilos para o sexto salto. As mulheres, não;
- Nenhum salto pode ser repetido.
Salto da plataforma
- Todos os mergulhos devem ser realizados a partir da plataforma de 10 metros;
- Assim como na categoria anterior, os homens realizam seis saltos, e as mulheres, cinco;
- Não há limite para o grau total de dificuldade;
- Para os homens, pelo menos um mergulho durante a competição deve vir de cada uma das seis categorias diferentes: para frente, de costas, revirado, pontapé à lua, parafuso e equilíbrio;
- Nenhuma categoria pode ser repetida em uma lista de saltos.
O Brasil na história dos saltos ornamentais
Na história dos saltos ornamentais, o Brasil conta com 9 medalhas em jogos pan-americanos, sendo quatro pratas e cinco bronzes. Confira os competidores canarinhos que conquistaram elas:
- Cassius Duran – prata na plataforma 10 m (2003);
- Juliana Veloso – prata na plataforma 10 m (2003); bronze no trampolim 3 m (2003) e bronze na plataforma 10 m (2007);
- Cesar Castro – prata no trampolim 3 m (2007) e bronze no trampolim 3 m (2011);
- Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso – prata na plataforma 10 m sincronizada (2015) e bronze na plataforma 10 m sincronizada (2023);
- Isaac Souza e Kawan Pereira – bronze na plataforma 10 m sincronizada (2019).
Nas Olimpíadas de Paris 2024, os saltadores Ingrid de Oliveira e Isaac Souza conseguiram as vagas logo nas primeiras seletivas de classificação, feito inédito no Brasil. Ambos disputam a modalidade na plataforma.
A atleta brasileira faz sua estreia na França no dia 5 de agosto, enquanto o esportista canarinho, no dia 9. A dupla conquistou suas vagas a partir do Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka (Japão), em julho de 2023.