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Breakdance nas Olimpíadas: conheça o Breaking Olímpico e entenda como a competição funcionará 

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Assim como o Surfe e o Skate estrearam nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a presença do Breakdance nas Olimpíadas de Paris 2024 já está confirmada como uma nova modalidade na competição. 

Breaking, ou breakdance, é um estilo de dança que surgiu no início da década de 1970 em meio à cultura do hip-hop. Criado originalmente pelas comunidades afro-americanas e porto-riquenhas do Bronx, em Nova York, ganhou popularidade nas chamadas block parties, ou festas de quarteirão. 

Os participantes da nova modalidade olímpica contam com a presença de um DJ e um Mestre de Cerimônias (MC) nas batalhas. O objetivo é de realizarem movimentos acrobáticos e executarem passos de dança estilizados – conhecidos como footwork.

As primeiras competições internacionais de Breaking aconteceram na década de 1990, o que definitivamente ajudou a popularizar a dança pelo mundo. Agora, a inclusão do Breakdance nas Olimpíadas deve tornar a modalidade ainda mais conhecida. 

Como ocorreu a inclusão do Breakdance nas Olimpíadas? 

Quando surgiu, o Breaking foi um apaziguador nas disputas territoriais das comunidades latina e negra no Bronx. Desse modo, por meio da música, as chamadas crews, ou grupos, usaram os passos de dança como uma forma de apresentar suas habilidades e realizar disputas com movimentos acrobáticos. 

Assim, as batalhas começaram a nominar os dançarinos como B-Girls e B-Boys, de acordo com seus respectivos gêneros.

Com a popularização do esporte pelo mundo, muitas regiões do planeta integraram passos de danças regionais ao Breaking, o que também aconteceu no Brasil na década de 1980.

A partir daí, as batalhas logo evoluíram para competições, culminando na sua introdução como uma modalidade olímpica pela primeira vez nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires 2018.

Devido ao grande sucesso, escolheram estrear o Breakdance nas Olimpíadas de Paris 2024 como uma nova modalidade, juntando-o com o Surfe, o Skate e a Escalada Esportiva.

Dentro do movimento olímpico, a World DanceSport Federation (WDSF) considera o Breakdance uma de suas disciplinas. A instituição foi fundada em 1957; no entanto, os primeiros Jogos Mundiais de DanceSport só ocorreram 55 anos depois, em 2013, em Taiwan.

Como vai funcionar o Breaking Olímpico?

A programação para o Breakdance nas Olimpíadas de Paris acontecerá nos dias 9 e 10 de agosto na Place de la Concorde. Sendo este o local mais importante para os esportes urbanos, já que lá também ocorrerão as competições de BMX freestyle, Basquete 3×3 e Skate. 

Divididos em eventos masculino e feminino, a disputa de Breaking nas Olimpíadas incluirá 32 atletas no total, sendo 16 B-Boys e 16 B-Girls. A cota máxima é de dois B-Boys e duas B-Girls por Comitê Olímpico Nacional. 

A França, como país-sede dos jogos, já possui duas vagas garantidas – uma para cada gênero. Além disso, distribuirão mais quatro vagas para atender o princípio da universalidade, sendo duas por gênero. 

Portanto, são 26 vagas que foram preenchidas por meio de competições ou pela Série de Qualificatórias Olímpicas. 

Os atletas batalharão um contra um: primeiro um breaker performa, para só então o outro “responder”. A partir disso, cinco juízes avaliarão os dançarinos com base em seis critérios: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade

Ao longo da competição, cada juiz cadastrará as notas em um tablet para determinar as pontuações de cada critério. 

Em outras palavras, os atletas devem usar uma combinação de movimentos variada e poderosa, ao mesmo tempo em que adaptam seus movimentos ao ritmo das faixas do DJ para garantirem as primeiras medalhas olímpicas da modalidade. 

Como funcionou a classificação do Breaking para as Olimpíadas de Paris 2024? 

Das 32 vagas, 12 foram definidas por meio de competições, sendo a primeira o Campeonato Mundial da WDSF de 2023, realizado na Bélgica nos dias 23 e 24 de setembro.

Outros cinco torneios continentais vão definir dez vagas, sendo um vencedor masculino e outro feminino de cada. O Continental Africano ocorreu nos dias seis e sete de maio em Marrocos. O Continental Europeu nos dias 26 e 27 de junho de 2023 na Polônia. O Continente Asiático nos dias 23 de setembro a 8 de outubro de 2023 na China. Os Jogos Pan-Americanos no Chile nos dias três e cinco de novembro do ano passado e, por fim, o Campeonato da Oceania de Breaking WDSF, que ocorreu nos dias 27 a 28 de outubro. 

Por fim, uma série de qualificações olímpicas de quatro meses está preenchendo as últimas 14 vagas. Essas qualificações estão sendo realizadas em diversos locais do mundo desde março deste ano e terminarão em junho. 

Por fim, para se classificar nas quatro vagas distribuídas por universalidade, os dançarinos deverão terminar entre os 32 primeiros colocados de seus respectivos eventos nas classificações finais da mesma Série de Qualificatória Olímpicas.