Desde que se tornou esporte olímpico em 2020, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o surfe tem ganhado cada vez mais adeptos. A atual geração tem Ítalo Ferreira, Gabriel Medina e Filipe Toledo entre os melhores do mundo.
Filipe, de 29 anos, entrou para a história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar títulos mundiais sequenciais. O futuro, entretanto, reserva muito mais ao surfista.
Em 2024, Filipe Toledo vai representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris. O paulista tem grandes chances de manter o legado de Ítalo Ferreira e, assim, trazer a medalha de ouro para casa.
Carreira de Filipe Toledo
Filipe Toledo aprendeu a surfar com o pai, Ricardo Toledo, tricampeão brasileiro (1985, 1991 e 1995). Dessa maneira, o garoto cultiva o amor pelo surfe em seu DNA. Filipe nasceu em Ubatuba, cidade do litoral norte de São Paulo, portanto sempre esteve em contato com a natureza, a praia e, claro, as ondas do mar.
O paulista compete desde muito cedo. Primeiramente, começou nas categorias de base, e aos 18 anos, se tornou surfista profissional. Foi naquele momento que o jovem decidiu que aquela seria a sua carreira: viajar o mundo, surfar nas mais belas ondas e empilhar taças em sua prateleira.
Contudo, o caminho ao topo nem sempre é fácil. Em entrevista ao canal de Mauricio Fragale, o surfista contou que passou por momentos de pressão e ansiedade, especialmente no início da carreira.
Filipe se viu competindo com grandes nomes do surfe mundial, o que lhe gerou medo. Porém, o apoio da família e amigos lhe deu o conforto necessário para se manter forte e seguir em frente.
Aos 15 anos, Filipe se tornou campeão brasileiro; aos 16, venceu o ISA World Junior, no Peru, e o Pro Junior US Open, nos Estados Unidos.
A partir daí, o paulista ganhou as atenções do cenário internacional. Passou a competir a Liga Mundial do Surfe e, ao lado de Gabriel Medina, Adriano de Souza e Ítalo Ferreira, estabeleceu a Brazilian Storm, a melhor geração do surfe brasileiro de todos os tempos.
Ademais, o surfista fundou o Instituto Filipe Toledo, que tem como objetivo oferecer oportunidades para crianças e adolescentes por meio do esporte. O brasileiro também tem a sua própria escola de surfe.
Hoje, Filipe mora em San Clemente, na Califórnia, é casado com Ananda Marçal. Juntos, têm dois filhos: Koa e Mahina.
Conquistas do surfista
Antes mesmo de aprender a andar, Filipe Toledo já estava com os pés na água por influência do pai. O amor pelo esporte levou o garoto a ganhar troféus muito cedo, das categorias de base do Brasileiro até a WSL.
O surfista foi campeão brasileiro Sub-14 e Sub-18, além de vencer o ISA World Junior e o Pro Junior US Open, dois dos principais campeonatos da categoria. Na WSL, o surfista venceu etapas importantes: são 15 vitórias: quatro no Brasil, três na África do Sul, três na Austrália, duas na Califórnia e uma em Portugal, Havaí e El Salvador.
Em 2022 e 2023, Filipe chegou ao ápice da sua carreira ao conquistar dois títulos mundiais. O atleta, inclusive, se tornou o primeiro e único brasileiro a vencer o campeonato de maneira consecutiva.
Você já sabe que Filipe Toledo entrou para a história como um dos maiores e melhores surfistas do Brasil. Agora, acompanhe as principais conquistas do esportista, de acordo com as informações vinculadas em seu site oficial, o FT77:
- Campeonato brasileiro Sub-14 (2008);
- Campeonato brasileiro Sub-18 (2010);
- ISA World Junior (2011);
- Sul-americano Junior (2011);
- US Open Pro Junior (2011);
- Etapa do Mundial no Brasil (2015, 2018, 2019 e 2022);
- Mundial da WSL (2022 e 2023);
- 15 vitórias em etapas do Championship Tour (até 2023);
- 13 notas 10 no Championship Tour (até 2023);
- Duas vitórias no WSL Finals (2022 e 2023).
O que esperar de Filipe Toledo em Paris?
Filipe Toledo vai representar o surfe brasileiro nas Olimpíadas de Paris 2024, ao lado de Gabriel Medina e João Chianca. Ítalo Ferreira, atual ouro olímpico, está fora da competição, porque não conseguiu se classificar.
As chances de o atual campeão mundial ocupar o lugar mais alto do pódio são reais. Filipe está confiante, conquistou o bicampeonato no Mundial de Surfe em 2023 e tem se preparado fisicamente e mentalmente para o desafio inédito da carreira. O surfista abandonou o Circuito Mundial em 2024 para cuidar da saúde mental e, claro, focar as Olimpíadas de Paris.
Nas Olimpíadas de Paris, Filipe está na bateria 3 com o peruano Alonso Correa e o japonês Kanoa Igarashi, carrasco de Gabriel Medina. Kanoa eliminou o brasileiro na semifinal de Tóquio, em 2021, mas perdeu para Ítalo na decisão.
São oito baterias com três surfistas. O primeiro de cada uma avança para as oitavas de final. Os outros dois, de acordo com o site Olympics, participam da repescagem.
O surfe é a única modalidade que não será realizada em Paris. Teahupo’o, localizada na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa, receberá os surfistas para as baterias em julho e agosto. De acordo com a NBC, o local fica a 14.500 quilômetros da capital francesa, conhecida por suas lindas, pesadas e desafiadoras ondas.
No surfe feminino, o Brasil será representado por Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel.