Por mais que os atletas de elite se dediquem e se esforcem, todo jogo tem um quê de imprevisibilidade. E isso ficou claro quando Maria Sakkari, número 9 do ranking da Associação de Tênis Feminina (WTA na sigla em inglês), perdeu para Emma Raducanu, número 135, no caminho para as semifinais de Wimbledon 2024.
Nascida e criada em Atenas, na Grécia, Maria Sakkari começou no tênis ainda criança, com apenas seis anos. Seu interesse pelo esporte foi herdado da mãe Angeliki Kanellopoulou, que já jogou na WTA e chegou a alcançar a posição 43 do ranking.
Ainda adolescente, em 2010, Maria estreou profissionalmente no tênis, no Circuito da Federação Internacional de Tênis (ITF) — circuito este que ela ganhou sete vezes na categoria simples e outras cinco em duplas. Aos 18 anos, Sakkari decidiu se mudar para Barcelona para treinar, mesmo ano em que se qualificou para o ranking da WTA.
Na época, ela escolheu um treinador não muito conhecido, que era um pouco mais velho do que ela: Tom Hill, de 23 anos. Mas o que muitos poderiam pensar que seria a receita de um desastre, se provou ser o oposto. Assim, ainda bem jovem, a grega começou a se destacar no tênis internacional.
A ascensão de Maria Sakkari
Maria Sakkari tinha apenas 20 anos quando participou de seu primeiro Grand Slam: o Aberto dos Estados Unidos, em 2015. Mesmo não indo longe no torneio, ela ganhou experiência. Tanto que, em seguida, alcançou as quartas de final pela primeira vez em no WTA de Istambul em 2016.
No mesmo ano, Sakkari brilhou no Aberto da Austrália. E mesmo caindo no segundo round, a tenista se tornou a primeira mulher da Grécia a vencer uma partida em uma chave principal em um Grand Slam desde que Daniilidou Ka. Pliskova o fez em 2013, no mesmo torneio.
A partir de então, a carreira de Sakkari se transformou em uma curva ascendente. Em 2017, Maria estreou no top 50 da WTA. Também foi neste mesmo ano que ela venceu sua primeira grande oponente: Caroline Wozniacki, na época, número 6 do ranking.
Em 2018, foi a vez de enfrentar sua compatriota, Ka. Pliskova, que era a número 5. As duas se encontraram no segundo round do Aberto da Itália, em Roma, e Maria Sakkari levou a melhor. Após uma série de vitórias importantes sobre nomes como Elina Svitolina e Belinda Bencic, em fevereiro de 2020, Sakkari entrou no top 20 do ranking.
Em 2021, a tenista viveu uma temporada histórica. Ela derrotou Naomi Osaka e Aryna Sabalenka, que já foram as número 2 do mundo. Ela, ainda, se tornou a primeira pessoa de seu país a se classificar para as finais da WTA e a primeira mulher grega — e segunda pessoa da Grécia — a entrar para o top 10 do ranking. Além dela, apenas Stefanos Tsitsipas também está no entre os dez melhores. Por fim, em 2022, Sakkari chegou a alcançar a posição 3 do ranking e, hoje, é a número 9 da WTA.
Títulos e estatísticas
A jogadora grega tem um acumulado em premiações no valor estimado de mais de US$ 12.243.900,00. Nos seus pouco mais de dez anos de tênis profissional, Maria Sakkari disputou 792 partidas na categoria simples. Destas, ganhou 475 e perdeu apenas 317. Já em duplas, foram cem partidas, com 52 vitórias e 48 derrotas.
Sua superfície favorita de jogo é o piso duro, no qual ela tem 253 vitórias. Entretanto, ela também perdeu 172 neste tipo de solo; assim como o saibro, onde a tenista comemorou 181 vezes, mas deixou a quadra derrotada em outras 112 ocasiões. Por fim, na grama, a grega tem 29 vitórias e 22 derrotas.
Ao todo, Maria Sakkari tem 9 títulos, entre torneios o ITF e também da WTA. Até agora, ela não venceu nenhum dos quatro torneios de tênis: os abertos da Austrália e dos Estados Unidos, Roland Garros e Wimbledon. Sua melhor classificação, no entanto, foi em 2021, quando ela chegou até as semifinais de Roland Garros e do Aberto dos Estados Unidos.
