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Atletismo Paralímpico: conheça o esporte que mais rendeu medalhas de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos

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O atletismo paralímpico é um esporte que pode ser praticado por atletas com deficiências físicas, visuais ou intelectuais. Dessa maneira, as competições incluem provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto para homens quanto para mulheres.

Nacionalmente, a modalidade é de responsabilidade do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e, internacionalmente, da World Para Athletics, que atua como braço do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).

Vale destacar que o atletismo é a modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos. Foram 170 medalhas na história da competição, incluindo provas nas pistas e no campo. Dessas, foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze. 

Assim, confira as medalhas conquistadas pelas cinco modalidades mais vitoriosas do Brasil em Jogos Paralímpicos:

  • Atletismo: o esporte conquistou 170 medalhas (48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes).
  • Natação: foram conquistadas 125 medalhas (40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes).
  • Judô: o Brasil ganhou 25 medalhas (cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).
  • Bocha: foram conquistadas 11 medalhas (seis ouros, uma prata e quatro bronzes).
  • Tênis de mesa: o Brasil ganhou oito medalhas (três pratas e cinco bronzes).

O destaque brasileiro na modalidade se destaca em outras competições, como o Mundial de Atletismo Paralímpico, que aconteceu em Kobe, no Japão, em 2024. Finalizada em maio, a competição rendeu 19 medalhas de ouro para o Brasil.

Desse modo, essa foi a melhor campanha dourada em mundiais da história do atletismo paralímpico brasileiro, superando inclusive as 16 medalhas conquistadas em Lyon, em 2013.

Como funciona o atletismo paralímpico?

Em outras palavras, o atletismo paralímpico funciona de maneira similar ao atletismo convencional, tendo adaptações para atletas com deficiência física, visual ou intelectual. No atletismo adaptado, as siglas iniciadas por “T” designam os paratletas com base em sua deficiência e em suas capacidades funcionais. 

A letra “T” significa “Track” (pista, em inglês), indicando que se tratam de eventos de pista. Cada número subsequente identifica a categoria específica do atleta:

  1. Deficiência Visual (Classes T11-T13): atletas com diferentes níveis de deficiência visual, desde cegueira total (T11) até deficiência visual moderada (T13). Os paratletas das classes T11 e T12 podem competir com o auxílio de atletas-guia durante as provas de fundo.
  2. Deficiência Física (Classes T31-T38, T40-T47, T51-T54): inclui atletas com paralisia cerebral (T31-T38), baixa estatura (T40-T41), amputações (T42-T44), e outros tipos de deficiência que afetam a mobilidade. Cada classe tem critérios específicos baseados nas capacidades físicas dos paratletas.
  3. Deficiência Intelectual (Classe T20): atletas com deficiência intelectual.

Para os atletas com deficiência visual, o uso de atletas-guia e de apoio varia conforme a classe. É obrigatório para a classe T11 (acuidade visual menor que LogMAR 2.60), opcional para a classe T12 (acuidade visual de LogMAR 1.50 até 2.60; e/ou campo visual menor que 10 graus de diâmetro).

Todavia, não é permitido para a classe T13 (acuidade visual de LogMAR 1.40 até 1; e/ou campo visual menor que 40 graus de diâmetro). Em caso de pódio, apenas o atleta-guia que finalizar a prova recebe a medalha.

Quais são as provas?

O atletismo paralímpico inclui uma ampla variedade de provas que abrangem diferentes modalidades, tanto na pista quanto no campo e na rua. Nas competições de pista, os eventos de velocidade incluem as provas de 100m, 200m, 400m, além das corridas de revezamento 4 × 100m e 4 × 400m. 

As provas de meio-fundo consistem nas distâncias de 800m e 1.500m, enquanto as provas de fundo englobam as corridas de 5.000m e 10.000m. Além das corridas, há também as provas de salto, que incluem salto em distância e salto em altura.

Nas competições realizadas na rua, os atletas competem em provas de longa distância, como a maratona, com um percurso de 42km, e a meia-maratona, com um percurso de 21km. Já no campo os paratletas participam de eventos de lançamentos e arremessos. 

As provas de lançamento incluem o lançamento de disco, lançamento de dardo e lançamento de club, enquanto a prova de arremesso de peso desafia os competidores a projetar a bola de peso à maior distância possível. Cada uma dessas provas exige habilidades específicas e treinos dedicados, destacando a versatilidade e a determinação dos atletas paralímpicos.

Quantas provas têm o atletismo paralímpico?

Considerando essas categorias principais, podemos contar um total de 18 provas principais. No entanto, a quantidade exata de provas no atletismo paralímpico pode ser maior quando consideramos as diferentes classes de deficiência e as versões masculinas e femininas de cada prova. 

Cada classe (T/F 11-13 para deficiência visual; T/F 31-57 para deficiência física; e T/F 20 para deficiência intelectual) pode ter suas próprias competições específicas, multiplicando o número total de eventos. Desse modo, em grandes competições como os Jogos Paralímpicos, isso pode resultar em dezenas de provas diferentes, adaptadas às necessidades e capacidades dos atletas.

Quais são os objetivos do atletismo paralímpico?

Os objetivos do atletismo paralímpico consistem em proporcionar uma plataforma para atletas com deficiência superarem barreiras sociais e pessoais, promovendo a inclusão, a igualdade e a excelência esportiva. Dito isso, o atletismo paralímpico busca:

  1. Promover a inclusão: oferecer oportunidades para pessoas com deficiência participarem ativamente do esporte, contribuindo para a integração social e a igualdade de oportunidades.
  2. Incentivar a superação pessoal: motivar os paratletas a ultrapassarem seus próprios limites e alcançarem altos níveis de desempenho, demonstrando coragem, determinação e resiliência.
  3. Fomentar a excelência esportiva: desenvolver e aprimorar habilidades atléticas, preparando os competidores para alcançarem o mais alto nível de performance em competições nacionais e internacionais.
  4. Inspirar a sociedade: mostrar ao público a capacidade e o potencial das pessoas com deficiência, desafiando estereótipos e preconceitos e promovendo uma visão positiva sobre a diversidade.
  5. Desenvolver o esporte adaptado: contribuir para a evolução do esporte adaptado, através da pesquisa, do desenvolvimento de novas tecnologias e da criação de regulamentos específicos que atendam às necessidades dos atletas paralímpicos.

Conforme o IPC menciona em seu site, o esporte paralímpico funciona como um veículo para melhorar a vida de 1,2 bilhão de pessoas com deficiência em todo o mundo. O IPC está sediado em Bonn, na Alemanha, criado em 1989 como uma organização sem fins lucrativos.