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Ídolo do UFC, relembre a carreira de Minotauro no MMA

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Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, é aquele que se pode chamar de lenda viva do MMA. Natural de Vitória da Conquista, na Bahia, ele é o único peso-pesado a ser campeão em dois dos maiores eventos de artes marciais mistas do mundo: o Pride e o UFC. Hoje, aos 47 anos, ele está aposentado das competições nos octógonos desde 2015, mas não deixou de ser um dos nomes mais importantes e referência mundial no esporte.

Mas além de suas viradas históricas em lutas que pareciam perdidas, Minotauro também é lembrado por outras duas coisas. Uma delas é o fato dele ter um irmão gêmeo, Antônio Rogério Nogueira, mais conhecido como Minotouro. O curioso é que o irmão dele também é lutador, mas os dois nunca se enfrentaram nem nos ringues – Minotauro compete em uma categoria acima de seu irmão – e nem fora deles.

A outra marca de Rodrigo é a grande cicatriz em suas costas. Ela é fruto de um acidente que quase tirou sua vida quando tinha apenas 11 anos de idade. Um caminhão atropelou Rodrigo Minotauro, que o deixou dias em coma e outros tantos meses hospitalizado. Mas “superação” sempre foi seu sinônimo e, três anos depois, ele já estava de volta às competições de judô. A partir de então, não demorou muito para que os treinos de boxe viessem, seguidos do jiu-jitsu, luta olímpica e, por fim, o MMA. 

Em 1999, Minotauro começou a lutar como profissão. Curiosamente, ele passou a ser ídolo nos Estados Unidos – onde morava – e no Japão muito antes de ser reconhecido no próprio país. Então, somente nos anos 2000 que o MMA começou a fazer sucesso no Brasil e, com isso, nomes como o de Minotauro passaram a fazer parte da rotina dos amantes de esporte no país.

Os números de Minotauro no UFC

Rodrigo Minotauro estreou com vitória no UFC 73, em julho de 2007. Na época, ele foi considerado campeão em cima de Heath Herring após a luta ter ido para a decisão dos juízes com o fim do terceiro round. E desde então o lutador passou a colecionar lutas emblemáticas no Ultimate. 

O campeão peso-pesado pendurou as luvas com um cartel de 34-10-1, quer dizer, 34 vitórias, 10 derrotas e apenas uma luta terminou como no contest, ou seja, sem resultado. Em sua carreira no UFC, Minotauro desferiu 1640 golpes significativos, entre socos à distância, no clinch e no chão. Destes, o lutador conectou 698, dos quais 424 atingiram o pé do rival, 131 aplicados no clinch e outros 143 durante embates no solo. A área que Minotauro mais atingiu em seus oponentes foi a cabeça, com 81% dos golpes atingindo essa região do corpo.

As grandes lutas de Minotauro

Apesar de Rodrigo Minotauro ter protagonizado lutas inesquecíveis no Ultimate Fight Championship, sua luta mais famosa ocorreu em outro evento: o extinto Pride. A edição Shockwave do torneio realizado no Japão, colocou Minotauro e Bob Sapp, outra lenda do MMA internacional, frente a frente dentro do ringue em agosto de 2002.

Sapp entrou como favorito, com seus 1,96m e 171 kg na época, vindo de uma sequência de vitórias no evento. E o favoritismo quase se confirmou quando, ainda no primeiro round, Sapp aplicou um “bate-estaca” que deixou Minotauro desnorteado. O brasileiro, no entanto, se recuperou e resolveu voltar ao ringue com uma nova tática: colocar seu jiu-jitsu para jogo. E a estratégia deu certo. Em uma cena que deixou os 100 mil espectadores do Tokyo National Stadium incrédulos, Minotouro encaixou uma chave de braço no rival, que foi obrigado a bater em desistência. 

Já no UFC, uma das lutas mais importantes de sua carreira foi em 2008, no evento número 81. Minotouro venceu Tim Sylvia por submissão e conquistou o cinturão de ouro da categoria peso-pesado. Infelizmente, no mesmo ano, no UFC 92, o brasileiro perdeu o mesmo para Frank Mir por nocaute. Mir e Nogueira ainda se reencontraram no octógono em 2011, mas Minotauro perdeu novamente, agora por submissão.

A última luta de Rodrigo Minotauro no UFC foi em 2015, quando ele perdeu por decisão unânime dos juízes para Stefan Struve.