Popularizado pela família Gracie, o jiu-jitsu é uma das artes marciais que mais cresce no mundo. Entre os assuntos mais buscados sobre o esporte estão os fundamentos, os principais atletas e qual é o nível mais alto da faixa de jiu-jitsu brasileiro. Entenda como funciona e quais são os caminhos para ser um mestre.
Jiu-jitsu brasileiro: qual é o nível mais alto da faixa?
O nível mais alto no jiu-jitsu brasileiro é a faixa preta. Entretanto, existe a cor vermelha, mas ela só é entregue para mestres. São necessários anos de prática e persistências para alcançar o topo. Ser faixa preta ou vermelha é, acima de tudo, transformar-se em exemplo para os outros alunos e seguir a filosofia do esporte.
No jiu-jitsu, o estudante passa por todas as cores. No total, são seis faixas: branca, azul, roxa, marrom, preta e vermelha, em que a branca é a menor e a vermelha a mais alta. A cada novo nível alcançado, o aluno recebe listras na faixa, isto é, um adicional que representa o êxito no tempo de treinamento, conhecimento no jiu-jitsu, comportamento e desempenho nos torneios.
Todos os iniciantes começam com a faixa branca, não importa a idade, e o primeiro passo é aprender os fundamentos do jiu-jitsu. Depois de um ano, passa para a azul, e o foco é aprimorar os ensinamentos e colocá-los em prática nos treinamentos. Na faixa roxa, começa a transição para especialista, na qual o aluno está pronto para se aperfeiçoar no tatame.
Em seguida, vem a faixa marrom, em que o atleta irá encontrar o seu próprio estilo. Por fim, a faixa preta é entregue quando o aluno está formado e pronto para ser profissional. A faixa vermelha, entretanto, é a última fase, disponível apenas para os professores do jiu-jitsu.
Por que o jiu-jitsu não é olímpico?
Apesar da popularidade no mundo da luta, o jiu-jitsu não é uma modalidade olímpica. O COI, Comitê Olímpico Internacional, nunca abordou a possibilidade de o esporte se tornar olímpico, mas, ao mesmo tempo, nunca se opôs publicamente a ideia. No momento, fazem parte do quadro dos Jogos Olímpicos o boxe, judô, luta e taekwondo.
Roger Gracie, decacampeão mundial de jiu-jítsu e lutador de MMA, falou sobre a possibilidade do jiu-jitsu entrar para as Olimpíadas em entrevista ao canal do YouTube “Jiu-Jitsu In Frames”:
“Eu não vejo o jiu-jítsu nas Olimpíadas. Apesar do esforço de muita gente para ir, não querendo ser negativo, mas acompanhando as entidades por trás disso, acho muito difícil”.
Para um esporte se tornar uma modalidade olímpica, existem alguns passos a serem seguidos, mas saiba que não é um caminho fácil. A primeira etapa é ser reconhecido pelo COI, depois ser organizado por uma federação (como a FIFA ou FIBA) e, por fim, estar em conformidade com as Regras da Carta Olímpica e o Código Mundial Antidopagem.
Para garantir a integração no quadro dos Jogos Olímpicos, existe uma exigência: ele precisa ser popular. A Carta Olímpica indica que o esporte tem que ser praticado por homens em pelo menos 75 países de quatro continentes, e por mulheres em 40 países de três continentes diferentes. Além disso, o Comitê Organizador das Olimpíadas propõe a adição do esporte somente por uma edição ou para mais eventos.