Os mais de cem anos do Cruzeiro foram marcados por muitos talentos e grandes conquistas, entre elas, duas Libertadores e quatro Campeonatos Brasileiros, com nomes como Tostão, Dirceu Lopes e Niginho consagrando cada vitória. Esses atletas são uns dos maiores artilheiros da história do Cruzeiro e marcaram a história do clube.
Desse modo, no campo, entre gols e jogadas brilhantes, são os artilheiros que fazem a festa da torcida e levam o time mais perto da vitória a cada torneio. Assim, no caso do Cruzeiro, esse prestígio e talento transpassam as gerações, do clássico Palestra Itália aos tempos atuais.
Neste conteúdo, vamos conhecer quem são os maiores artilheiros da história do Cruzeiro e o papel de cada um na conquista dos títulos da Raposa.
Os maiores artilheiros da história do Cruzeiro
A história do Cruzeiro é recheada de grandes artilheiros que entraram para história do clube. Durante os 90 minutos de jogo, são os goleadores que dão um show com jogadas impressionantes e marcam a história de qualquer equipe. Por isso, com o Cruzeiro, não é diferente.
Assim, conheça o top 10 dos maiores artilheiros com a camisa celeste.
Ranking | Jogador | Número de Gols | Período no Cruzeiro |
1 | Tostão | 242 | 1963-1972 |
2 | Dirceu Lopes | 223 | 1964-1977 |
3 | Niginho | 208 | 1929-1933 / 1939-1947 |
4 | Bengala | 172 | 1925-1939 |
5 | Marcelo Ramos | 162 | 1998-1996 / 1997-2000 / 2001 – 2003 |
6 | Ninão | 158 | 1923 – 1931 / 1933 – 1938 |
7 | Palhinha | 145 | 1969 – 1976 |
8 | Alcides | 144 | 1931 – 1935 / 1937 – 1948 / 1952 – 1953 |
9 | Joãozinho | 118 | 1973 – 1982 |
10 | Raimundinho | 110 | 1952 – 1963 |
Os artilheiros do Cruzeiro e seus feitos pelo clube
Agora que você já sabe os números dos principais artilheiros da história do Cruzeiro, vamos conhecer os feitos dos principais goleadores do Cabuloso.
Tostão: o gênio celeste
Eduardo Gonçalves de Andrade, o famoso Tostão, entrou oficialmente para o futebol de campo do Cruzeiro em 1963, com apenas 16 anos, e deixou a sua marca logo nos primeiros confrontos. Sendo assim, um exemplo disso foi a sua participação na decisão do Campeonato Brasileiro de 1966, jogando contra o Santos, de Pelé.
Na época, o jogo trouxe ao time da Vila Belmiro a pior derrota até o momento, com um placar de 5 a 0 no primeiro jogo e 3 a 2 no segundo jogo, com uma virada impressionante da Raposa no segundo tempo.
Meio de campo estrategista e armador de grandes jogadas, o atleta marcou em sua carreira no Cruzeiro 245 gols em 383 jogos. Isso porque levou para casa conquistas como os seis Campeonatos Mineiros e o título de artilheiro da última edição da Taça de Prata de 1970, o atual Campeonato Brasileiro.
Dirceu Lopes: artilheiro e classe
Também conhecido como “Príncipe do Futebol”, Dirceu atuou como meio-campista do Cruzeiro entre 1964 e 1977, colecionando títulos, gols e premiações ao longo de sua carreira.
Jogador muito habilidoso e veloz, Dirceu era conhecido por suas arrancadas pelo meio-campo e seus dribles desconcertantes, abrindo espaço para ataques precisos contra o adversário. Aliás, em sua atuação no Canarinho, formou uma dupla de grande potência com Tostão por muitos anos, somando suas habilidades com o talento do Mineirinho de Ouro.
Além disso, ao longo de sua carreira no Cruzeiro, o “Príncipe” marcou 228 gols em 610 jogos.
Niginho: herdeiro da família Fantoni
Leonízio Fantoni, conhecido como Niginho no Brasil, atuou inicialmente no clube quando este ainda era Palestra Itália, entre 1929 e 1933 e alguns anos depois entre 1939 e 1947.
Ademais, o artilheiro era conhecido como “Carrasco dos Clássicos” graças a sua atuação de alto nível, como o palestrino/cruzeirense que mais marcou gols em disputas contra Atlético-MG e América.
Entre seus títulos conquistados estão oito Campeonatos Mineiros (1928, 1929, 1930, 1940, 1941, 1943, 1944 e 11945), além de 5 Torneios Início de Minas Gerais (1929, 1940, 1941, 1943 e 1944).
Aliás, durante sua atuação no Cruzeiro, Niginho marcou 210 gols em 280 jogos.
Bengala: o clássico ponta-esquerda
O mineiro Ítalo Fratezzi, também conhecido como Bengala, foi ponta-esquerda do Cruzeiro, na época Palestra Itália, entre 1925 e 1939. Além disso, era um artilheiro com muita disposição, talento e agilidade, habilidades que o tornaram um verdadeiro ídolo para a torcida cruzeirense.
Em sua carreira, Bengala conquistou grandes títulos, muitos deles como um dos maiores responsáveis pelo resultado do time. O segundo e o terceiro título no Campeonato Mineiro (1929 e 1930) são grandes exemplos de seu protagonismo em decisões históricas.
Sendo assim, entre suas conquistas como jogador, estão os quatro títulos do Campeonato Mineiro e os quatro títulos do Torneio Início. Neste cenário, foram 171 gols pelo Palestra em 282 jogos.
De 1940 a 1942, Bengala foi técnico do Palestra, conquistando dois Campeonatos Mineiros, os últimos com o velho nome do clube.
Ninão: o primeiro da família Fantoni
João Fantoni, conhecido como Ninão, irmão mais velho de Niginho, também foi um dos maiores artilheiros da história do Cruzeiro, defendendo o time em duas passagens: entre 1923 a 1931 e entre 1933 e 1938.
Nesse sentido, Ninão foi um dos melhores atacantes da história do Palestra, com a melhor média de gols no clube, cerca de 1,45 por jogo, tendo marcado 168 gols em 133 jogos.
Marcelo Ramos: o artilheiro dos anos 90
Revelado no Bahia, Marcelo se tornou o sexto maior artilheiro do clube antes de ser contratado pelo Cruzeiro em 1995. Ademais, Marcelo Ramos fez parte do elenco da Raposa em três épocas diferentes: 1995 a 1996, 1997 a 2000 e 2001 a 2003.
Durante sua atuação, colecionou grandes goleadas e muitos títulos, entre eles:
- 4 Campeonatos Mineiros (1996, 1997, 1998 e 2003)
- 3 Copas do Brasil (1996, 2000 e 2003)
- 2 Copas Sul-Minas (2001 e 2002)
Além de títulos únicos, como:
- Copa Libertadores da América (1997)
- Copa de Ouro Nicolás Leoz (1995)
- Copa Master da Supercopa (1995)
- Recopa Sul-Americana (1998)
- Campeonato Brasileiro (2003)
- Copa Centro-Oeste (1999)
- Supercampeonato Mineiro (2002)
- Copa dos Campeões Mineiros (1999)