Com dancinhas divertidas e muitas provocações na lateral do campo, o técnico Lisca Doido já teve vários altos e baixos. Em seus mais de 30 anos de carreira, os times dirigidos por Lisca foram vários, desde equipes pequenas como o Luverdense, até grandes clubes como o Santos e o Ceará.
Lisca nunca atuou como jogador profissional, mas é neto de um dos grandes ídolos do Internacional: Jorge de Lorenzi. Os últimos anos, no entanto, não têm sido muito bons para o treinador. Atualmente sem atuar em nenhum time, Lisca não conseguiu completar 100 dias à frente de nenhum dos clubes pelos quais passou em 2022.
Entre os dias 27 de junho e 19 de julho de 2022, o professor teve uma rápida passagem de 21 dias pelo Sport, de Recife. No entanto, pediu a rescisão do contrato após receber uma proposta do Santos. Contudo, a atuação do gaúcho deixou a desejar e, 53 dias depois, com um aproveitamento de 38%, o time da Vila anunciou a demissão de Lisca.
Em setembro do mesmo ano, foi a vez do Avaí contratar Lisca Doido, em mais uma passagem curtíssima e com aproveitamento menor ainda. Em apenas 41 dias, ele esteve à frente de sete partidas, empatando apenas uma vez e encarando uma sequência de seis derrotas seguidas na Série A do Brasileiro.
O último clube pelo qual Lisca passou foi o Vila Nova. O técnico atuou no time goiano por apenas quatro partidas, sendo demitido apenas 30 dias após sua apresentação. E desde então, Lisca está afastado dos campos.
O longo histórico de times que Lisca dirigiu
Apesar da recente má fase, a carreira de Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi não é marcada apenas por derrotas e atuações ruins. Foi nas categorias de base do Inter que Lisca começou sua carreira como técnico, em 1990. Anos depois, foi para a base do São Paulo, mas acabou retornando ao clube gaúcho por mais cinco temporadas. Foi somente em 2001 que Lisca comandou um time profissional pela primeira vez: o Ulbra. No entanto, voltou a treinar as categorias de base de times como Grêmio e Fluminense, eventualmente retornando ao Inter.
Foi em 2013 que Lisca começou a ganhar projeção mundial – mesmo ano em que recebeu o nome de “doido”. Tudo começou no período em que ele comandou o Náutico. Seu jeito de agir fora de campo conquistou a torcida, que lhe rendeu o apelido. No ano seguinte ele deixou o clube e foi para o Sampaio Corrêa, retornando em 2015 para o Náutico. Entretanto, sua segunda passagem pelo clube pernambucano foi ainda mais curta.
Ainda em 2015, o Ceará contratou Lisca. A missão era difícil: salvar o Vovô do rebaixamento iminente – mas ele conseguiu. Foi o suficiente para que o Doido também caísse nas graças da torcida alvinegra. Mas como no mundo do futebol tudo pode mudar a todo instante, um começo de temporada irregular fez com que o Ceará demitisse Lisca em 2016.
Nos dois anos seguintes, o treinador passou de novo pelo Internacional, comandou o Paraná e ainda salvou o Guarani do rebaixamento para a Série C do Brasileirão. Em 2018, Lisca Doido retornou ao Vozão e, mais uma vez, ajudou o time a escapar do rebaixamento. No entanto, em 2019, após perder a final do cearense para o Fortaleza de Rogério Ceni, foi demitido novamente.
Em 2020 chegou a atuar ainda pelo América-MG, conseguindo bons resultados para o time mineiro, principalmente a conquista do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Mas Lisca Doido acabou deixando o clube em 2021.
