Os Jogos de Paris 2024 já estão chegando, como preparativo para um dos maiores eventos esportivos do mundo, nada melhor do que relembrar aqueles que fazem cada competição ter sua própria marca. Afinal, ao entender sobre a história dos mascotes das Olimpíadas, é possível ver os traços culturais de cada país para a chegada do torneio.
Sendo parte fundamental do festival e para o início das expectativas para as disputas, a criação é encarregada de dar forma concreta ao espírito esportivo e aos valores ressaltados em cada modalidade, assim também promovendo a história do país e a cultura de seu povo.
Implementado desde 1968, em Grenoble, a criação de mascotes da Olimpíadas se tornou um diferencial para os Jogos e uma tradição de todas as sedes. No total, já existiram 28 que auxiliaram na divulgação e merchandising do festival tão adorado pelo público. Saiba mais sobres os mascotes a seguir!
A história dos mascotes da Olimpíadas
Na história dos mascotes da Olimpíadas, existem 28 formas e animais que se encarregam de traçar o espírito da competição e os valores do local do evento. Eles são separados categoricamente para as competições de verão e de inverno.
A maioria deles tem como principal foco o público jovem. Veja a seguir como criaram cada personagem símbolo.
A história dos mascotes da Olimpíadas de Verão
Esse que é o mais conhecido entre os eventos multiesportivos do mundo, começou em 1896 em Atenas, mas a história dos mascotes da Olimpíadas é mais recente do que parece. Começando em 1972, em Munique a tradição de criação dos personagens conta com algumas figuras que se tornaram memoráveis nos jogos.
A seguir, confira todos os quatorze símbolos que criaram para o evento.
Waldi – 1972
Waldi é um dos personagens mais marcantes quando pensamos na disputa das medalhas de ouro. Afinal, o símbolo do evento de Munique é na história dos mascotes da Olimpíadas o primeiro desenvolvido de forma oficial.
Criado como um cachorro da raça dachshund, o pioneiro da tradição foi selecionado pelas suas características de tenacidade, resistência e agilidade. Confirmado como um sucesso comercial. Seu idealizador o desenhou com as cores oficiais das Olimpíadas, com cabeça e rabo em azul-claro e listras verdes, amarelas e laranjas ao redor de seu corpo.
Amik – 1976
O mascote de Montreal conta com uma faixa vermelha em volta de seu corpo, contendo o design da competição de 1976. O castor, que é muito tradicional na história do Canadá, é marcado pelas características de paciência e trabalho duro, traços marcantes para aqueles que pretendem se tornar um grande atleta.
Misha – 1980
Sendo para muitos, o personagem mais famoso da história dos mascotes da Olimpíadas. O urso Misha dos jogos de Moscou se tornou um desenho animado, estrela de filmes, vídeos e emocionou o público ao derramar uma lágrima num mosaico na cerimônia de encerramento do evento.
Utilizando um cinto listrado em volta da cintura composto por cinco faixas com as cores dos anéis olímpicos, o ícone foi símbolo da União Soviética e é um dos maiores sucessos da história dos desenhos animados.
Sam – 1984
A águia símbolo dos Estados Unidos que contém o chapéu com as cores da bandeira americana teve o difícil papel de pegar o bastão do Urso Misha e manter a popularidade dos mascotes da Olimpíadas. O criador utilizou feições alegres e quis priorizar como características o otimismo do espírito competitivo.
Hodori – 1988
O tigre dos jogos de Seul em 1988 faz parte da história dos mascotes da Olimpíadas e retrata o bom humor, a bravura e a nobreza do povo coreano. O também conhecido como “tigrinho” pega inspirações da arte popular e de lendas dos povos originários asiáticos.
O personagem conta com um tradicional chapéu sangmo com uma fita em “S”, inicial da cidade do evento.
Cobi – 1992
Desenvolvimento com traços cubistas, o símbolo dos jogos de Barcelona é uma versão humanizada do cão dos Pirineus. O Cobi, ao lado do urso Misha, marcou a história dos mascotes dos Jogos Olímpicos como um dos mais populares da história do evento.
Os organizadores escolheram o nome em uma votação pública por ser de fácil pronúncia em todos os idiomas. O pastor apresenta um design moderno com traços e cores chapadas.
Izzy – 1996
Com enorme simpatia, mas com difícil entendimento sobre sua figura. Izzy foi um personagem marcante para os jogos por quebrar a sequência de símbolos animais no evento, entrando para a história dos mascotes da Olimpíadas.
As pessoas criticaram bastante a sua fisionomia quando anunciado. Essa é uma figura criada por computadores que pode adquirir diversas formas. Seu primeiro nome condicionava muito bem o imaginário do público, já que era Whatizit (tradução: o que é isso?).
Syd, Ollie e Millie – 2000
Os três personagens são típicos da fauna australiana e representam a água, a terra e o ar. Seus criadores pensaram na escolha das figuras levando em consideração as questões culturais de Sydney. Foi a primeira vez na história dos mascotes das Olimpíadas que eles desenvolveram três símbolos para o evento.
Sendo um ornitorrinco, uma ave kookaburra e uma equidna, suas principais características são a generosidade, o espírito competitivo, a força do meio ambiente e a chegada do novo milênio.
Phevos e Athena – 2004
Inspirados na mitologia grega e com nomes de irmãos do Olimpo, Phevos e Athena não encantaram o público e muitos o consideram eles como algumas das figuras menos carismáticas da história dos mascotes das Jogos Olímpicos.
Idealizados para simbolizar união, igualdade e fraternidade entre homens e mulheres, sua fisionomia foi criada por ideias do daidala, uma boneca de terracota do século 7 que era comum de ser visto na Grécia.
Beibei, Jingjing, Yingying, Nini e Huanhuan – 2008
Sendo o maior número de personagens na história dos mascotes da Olimpíadas, cada um dos símbolos representa uma cor dos anéis olímpicos. Exceto por Huanhuan, que é caracterizado como um animal característico da China, cada um dos outros é idealizado por um sentimento diferente. São eles:
- Prosperidade (Beibei)
- Felicidade (jingjing)
- Saúde (yingying)
- Sorte (nini)
Juntando cada uma das primeiras sílabas deles, forma-se a frase “Pequim lhe dá boas vindas”.
Wenlock – 2012
Desenvolvido pelo escritor infantil Michael Morpurgo, Wenlock foi criado partindo da ideia de representar uma gota de aço na construção do estádio olímpico. Em seu design, o personagem é marcado por várias referências à cidade de Londres, à modernidade e ao esporte no local.
Vinícius – 2016
Sem dúvidas, Vinícius é o mais querido pelos brasileiros na história dos mascotes da Olimpíadas. Representando a diversidade dos animais no Brasil, o personagem que leva o nome em homenagem ao músico Vinícius de Moraes é único para muitos.
Inspirado em diversos traços culturais pop, elementos de animação e histórias de vídeo-game, seu principal alvo foi disseminar as mensagens da competição para o público mais jovem. Para isso, a utilização de cores e movimentos elásticos foram prioridades em seu desenvolvimento.
Miraitowa – 2020
Por último, mas não menos importante, o personagem escolhido para representar os jogos de Tóquio se trata de um robô. Com sua descrição sendo: “o velho e o novo, ecoando o conceito de inovação pela harmonia”, Miraitowa foi um sucesso na história dos mascotes da Olimpíadas e trouxe a promessa da junção de modernidade e eternidade.
A história dos mascotes da Olimpíadas de Inverno
Sendo um evento poliesportivo realizado há quatro anos como a competição que estamos acostumados a ver, os Jogos de Inverno marcam a história dos mascotes da Olimpíadas. Isso porque, foi em um evento nessa modalidade que implementaram a ideia de divulgação e criação de um personagem símbolo como base.
No total, já existiram quatorze representantes do torneio. São eles:
Schuss – 1968
O Schuss foi o primeiro personagem desenvolvido para os Jogos. Sendo dito até na história dos mascotes como não-oficial, ele tem como principais características a parte grande de sua cabeça.
Criado às pressas pela entidade organizadora, ele é um pequeno homem em um esqui, ele tem formato semelhante a uma bombinha dos jogos clássicos de atari, no qual repousa sobre os pés em forma de ziguezague.
Schneemandl – 1976
Com o significado do seu nome sendo “homem de gelo”, o Schneemandl foi o primeiro personagem desenvolvido de forma oficial para os Jogos Olímpicos de Inverno. Suas principais características são o chapéu tirolês típico da cidade sede e seu formato de bola de neve.
Roni – 1980
O Roni é um guaxinim, animal típico da região de Adirondacks e o escolhido para representar a história do evento em 1980. Seus traços visuais e máscara ao redor dos olhos são uma referência para os equipamentos utilizados por algumas modalidades dos jogos de inverno.
Vucko – 1984
O Vucko é um dos mais icônicos personagens na história dos mascotes das Olimpíadas, desenvolvido na forma de um lobo tipicamente encontrado nas florestas do país escolhido como sede dos jogos.
A escolha foi determinante para mudar o imaginário do público sobre o animal e representou características como coragem e força, traços comuns para inúmeros atletas.
Hidy e Howdy- 1988
Com nomes que representam a hospitalidade da região de Calgary, Hidy e Howdy são dois ursos polares da região do Ártico, localizados no norte do continente do país que foi sede dos jogos de 1988. Ele ilustra a temporada de inverno do Canadá e é marcado por ser um animal que não hiberna e é muito ativo durante a estação.
Magique – 1992
Sendo apelidado como Magique, esse foi, na história dos mascotes da Olimpíadas, um dos personagens com maior dificuldade para a criação do seu nome. O formato de estrela simboliza os sonhos e a imaginação, e uma pequena criatura da mitologia europeia inspirou isso.
Haakon e Kristin – 1994
Com nomes inspirados em figuras históricas do século 13, Haakon e Kristin foram os primeiros mascotes em forma humana. Os personagens utilizam roupas medievais, mas tem como principais características e interesses pelos jogos modernos das Olimpíadas, estando sempre com expressão de felicidade.
Sukki, Nokki, Lekki e Tsukki – 1998
Sukki, Nokki, Lekki e Tsukki são quatro corujas da neve e foram marcados na história dos mascotes da Olimpíadas. Nos jogos de Seul de 1988, os personagens foram pensados em cada um marcar um ano de espera da competição.
Como características, a ideia de conhecimento e raízes com a natureza foram as principais na hora de seu desenvolvimento.
Powder, Coal e Copper – 2002
Os primeiros personagens do século 21 são também um dos mais lembrados na história dos mascotes da Olimpíadas. Com alusão direta à neve de Utah, Powder, Coal e Copper são muito populares na cultura dos Estados Unidos e da competição.
Sendo uma lebre com sapatos de neve, um urso preto e um coiote, o símbolo dos jogos de inverno de 2002 tem como inspiração as culturas antigas da cidade-sede. Cada um deles utiliza um colar em forma de petróglifo no estilo de Anasazis, além de serem protagonistas em muitos folclores dos povos originários do continente americano.
Neve e Gliz – 2006
Neve e Gliz são, respectivamente, uma bola de neve e um cubo de gelo. Eles representam os principais elementos para o sucesso dos jogos de inverno e tem como principais características a harmonia em sua composição, a elegância do movimento nas competições, assim como a potência e força dos atletas.
Quatchi e Miga – 2010
Desenvolvidas a partir dos animais que fazem parte da fauna do Canadá, Quatchi e Miga foram idealizadas em cima dos contos folclóricos dos povos originários da costa oeste. Quatchi é um sasquatch, coberto de pelos grossos para se proteger do frio e que utiliza botas e protetores de ouvido. Em contrapartida, a Miga é um símbolo mitológico que tem uma parte baleia e uma parte urso Kermode.
A Lebre, o Urso Polar e o Leopardo- 2014
A lebre, o urso polar e o leopardo marcam a história dos mascotes da Olimpíadas por utilizarem um aceno em suas cabeças simbolizando os três lugares do pódio olímpico. Para ajudar na sua popularidade e divulgação da competição, os personagens até mesmo foram parte das moedas russas por um tempo.
Shoohorang – 2018
Já nos anos recentes dos jogos de inverno, o mascote dos jogos de inverno de Pyeongchang foi o tigre branco, apelidado também de Soohorang. Ele tem como principal característica ser um animal protetor do povo coreano, assim como apresentar espírito competitivo e paixão pelos jogos.
Bing dwen dwen – 2022
A nova personagem da competição, que marca a história dos mascotes da Olimpíadas por incorporar a força e a vontade dos atletas em vencer, foi a principal peça do merchandising das Olimpíadas de Beijing.
Sendo um panda envolvido em uma concha de gelo, o bing dwen dwen traz traços modernos em sua composição no intuito de abraçar novas tecnologias para um futuro de infinitas possibilidades. Além disso, em seu design também tem traços que remetem a hospitalidade do povo chines e a celebração através da luz.
A história dos mascotes da Olimpíadas de Paris
Em 2024, os Jogos Olímpicos de Paris já contam com seu personagem-símbolo, os Phyrges já entram para a história dos mascotes da Olimpíadas com a missão de mostrar ao mundo que o esporte merece o seu lugar de destaque na sociedade.
Baseado em uma ideia, a escolha do barrete frígio, objeto conhecido pelos franceses desde o início da república, tem como principal característica o tom de liberdade que nele está incluído.
Além disso, a promoção de inclusão social com o personagem apresentando uma deficiência física visível tem a forte mensagem de estimular a equidade entre as pessoas.
Os próximos personagens que vão marcar a história dos mascotes da Olimpíadas
Já pensando no futuro, os Jogos Olímpicos de inverno 2026 contam com seus personagens-chave para a divulgação do evento. Apelidados de Milo e Tina, os animais da família das doninhas são destaque para a competição que acontece em Milão, na Itália.
Descritos como sonhadores, resilientes, criativos e práticos, os símbolos já fazem parte da história dos mascotes da Olimpíadas por introduzir a ideia de sonhar grande que muitos atletas têm. Além disso, o poder da beleza e da força transformadora também estão sendo colocados para a disputa na Cortina d’Ampezzo.
Ainda não confirmaram o mascote oficial do evento para os Jogos de 2028 em Los Angeles. Entretanto, é provável que anunciem ele já na cerimônia de encerramento de Paris, no Parc Des Princes.