Casa do Cruzeiro Esporte Clube, o Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como “Mineirão”, é um ícone da cidade de Minas Gerais e um palco histórico de grandes momentos esportivos e culturais.
Nesse post, vamos falar sobre a história do Mineirão e as conquistas do Cruzeiro que ajudaram a moldar esse espaço.
Qual é a história do Mineirão?
Projeto e inauguração (1940 a 1965)
O Mineirão foi inaugurado em 1965 e sua construção marcou uma nova fase na história do Campeonato Mineiro de Futebol, impulsionando o crescimento do Cruzeiro. O time se destacou nacionalmente ao vencer o Santos na final da Taça Brasil de 1966.
O projeto de construção do Mineirão teve seu início mais de 25 anos antes de sua inauguração. Na década de 1940, surgiram os primeiros movimentos nessa direção, envolvendo dirigentes, empresários, atletas e jornalistas. A intenção era erguer em Belo Horizonte um estádio que acompanhasse o crescimento do futebol mineiro.
Os três principais times da capital já possuíam seus próprios estádios, porém estes eram pequenos, desconfortáveis e incapazes de atender à demanda dos torcedores. O Estádio Otacílio Negrão de Lima (conhecido como Estádio da Alameda), do América-MG, o Estádio Antônio Carlos, do Atlético-MG, e o Estádio Juscelino Kubitschek, do Cruzeiro, tinham capacidade para no máximo 15 mil espectadores cada.
Ao todo, foram 7.200 operários estiveram envolvidos na obra, que tinha capacidade original para 130.000 pessoas. Essa capacidade foi reduzida ao longo dos anos, devido às obras realizadas. Atualmente, o estádio conta com capacidade para cerca de 60 mil pessoas e o ocupa a 5ª posição na lista de maiores estádios do país.
Era Mineirão (1965 a 2009)
O Mineirão foi palco de momentos memoráveis para o futebol mineiro e brasileiro. Disputas finais da Libertadores envolvendo Atlético-MG e Cruzeiro ocorreram em suas dependências, com destaque para a vitória do Cruzeiro em 1997 e a derrota em 2009, além da vitória do Atlético-MG em 2013.
Também sediou parte das séries finais de 1976 e 1977. Em 1976, foi o cenário da partida final da Taça Intercontinental entre Cruzeiro e Bayern de Munique, onde o time alemão saiu vitorioso após um empate por 0 a 0.
O estádio testemunhou ainda quatro títulos do Cruzeiro na Copa do Brasil (1993, 2000, 2003 e 2017), além do título do Atlético-MG sobre o Cruzeiro em 2014 pela mesma competição. O bicampeonato do Atlético-MG da Copa Conmebol em 1997 e a conquista da Recopa Sul-Americana de 2014 também foram celebrados no Mineirão.
Era Mineirão (2009 aos dias atuais)
Como o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2014, o estádio foi fechado entre 2009 e 2012 para a realização de obras. A reinauguração contou com um show da banda Jota Quest e a presença da presidente Dilma Rousseff, reunindo cerca de 20 mil pessoas.
O jogo de reabertura foi o clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, em 2013, marcando a estreia do Campeonato Mineiro. O primeiro gol no “novo Mineirão” foi um gol contra, feito por Marcos Rocha do Atlético ao disputar uma bola aérea com o atacante Anselmo Ramon. A partida terminou com a vitória do Cruzeiro por 2 a 1.
O estádio também é utilizado para shows, eventos corporativos e outras atividades, contribuindo significativamente para a vida cultural e esportiva da região. Com infraestrutura moderna e confortável, o Mineirão continua sendo um marco importante no cenário esportivo e cultural do Brasil.
Quem é o verdadeiro dono do Mineirão?
O verdadeiro “dono” do Mineirão é uma mistura de quem administra e quem é proprietário do estádio. O Mineirão é gerido pela Minas Arena, que é uma parceria público-privada (PPP) com o Governo de Minas Gerais. Essa parceria foi feita para modernizar e tocar o estádio por 25 anos.
Embora a Minas Arena cuide de tudo que rola no Mineirão, o estádio mesmo é propriedade do governo. Com essa parceria, a Minas Arena pode fazer melhorias, organizar eventos e gerenciar as atividades, sempre tentando aumentar a receita e otimizar o uso do espaço.
Resumindo: o Mineirão é do estado de Minas Gerais, mas quem toma conta dele é a Minas Arena, que tem o desafio de fazer o estádio funcionar bem tanto para os times locais quanto para o público que vai lá.
