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Recorde atrás de recorde! Saiba como foi a trajetória de Peyton Manning no futebol americano

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Considerado um dos maiores quarterbacks da NFL, Peyton Manning ascendeu ao nível profissional sendo draftado pelo Indianapolis Colts em 1998. Eleito o melhor jogador da liga cinco vezes, alcançou e quebrou marcas durante a carreira, das quais algumas perduram até atualmente. Saiba como foi a trajetória do ex-atleta no futebol americano!

Carreira de Peyton Manning

Nascido em New Orleans, Louisiana, em 24 de março de 1976, Peyton Williams Manning é filho de Archie Manning, ex-quarterback da NFL. Além disso, ele tem dois irmãos, Cooper e Eli Manning, sendo esse duas vezes campeão do Super Bowl com o New York Giants.

Antes do sucesso, Peyton estudou e jogou pela Isidore Newman School. Por lá, liderou sua equipe a 34 vitórias e cinco derrotas em três anos como titular. Como resultado, se consagrou como o Gatorade Circle of Champions National Player-of-the-Year e Columbus (Ohio) Touchdown Club National Offensive Player-of-the-Year em 1993.

Carreira universitária

Depois do Ensino Médio, Peyton Manning optou por ingressar na Universidade do Tennessee. A decisão surpreendeu as pessoas, pois todos esperavam que ele jogasse pela Universidade de Ole Miss, como seu pai Archie.

Uma vez em Tennessee, Peyton rapidamente se tornou uma figura central da equipe de futebol americano. Durante suas quatro temporadas com os Volunteers (1994-1997), foi o quarterback titular, liderando o time a vitórias importantes.

Em 1997, então, conduziu sua equipe a um título da SEC (Southeastern Conference), o primeiro em quase uma década, levando o time a um recorde de 11-2 na temporada. Mas, apesar disso, o quarterback ficou em segundo lugar na votação do Heisman Trophy, prêmio mais importante do futebol americano universitário. Em contraponto, recebeu um Maxwell e um Davey O’Brien Award.

Peyton encerrou sua carreira universitária com 11.201 jardas passadas e 89 touchdowns, estabelecendo vários recordes. Por causa disso, aliás, muitos torcedores o consideram o maior jogador da história dos Volunteers.

Draft e entrada de Peyton Manning na NFL

Em 1998, Peyton Manning entrou no Draft da NFL como o prospecto mais aguardado do ano. A disputa pela primeira escolha estava entre ele e Ryan Leaf, outro talentoso quarterback da Universidade Estadual de Washington. O Indianapolis Colts, que tinha a primeira escolha geral, optou pelo jogador de Tennessee.

A decisão dos Colts se baseou na habilidade de Peyton de se adaptar ao jogo profissional, mas também em seu profundo entendimento do esporte. Enquanto muitos analistas acreditavam que Leaf possuía um talento natural superior, o ex-Volunteer compensava com uma grande compreensão tática. Depois do Draft, o quarterback novato assinou um contrato de 48 milhões de dólares por seis anos com os Colts.

Apesar de toda a ansiedade em torno de sua carreira na NFL, a primeira temporada de Peyton Manning com os Colts foi difícil, culminando no recorde de 3-13. No entanto, o quarterback teve 3.739 jardas e 26 touchdowns, embora também tenha liderado a liga em interceptações com 28.

Sequência de MVPs

A temporada de 2003 marcou o primeiro prêmio de MVP (Most Valuable Player) de Peyton. Além da ótima campanha do Indianapolis Colts, que alcançou a final da AFC (Conferência Americana), o quarterback lançou para 4.267 jardas e fez 29 touchdowns. Como resultado, recebeu seu primeiro MVP, empatado com Steve McNair, QB do Tennessee Titans.

Em 2004, Peyton Manning quebrou o recorde de passes para touchdowns em uma única temporada, lançando 49, ultrapassando o recorde anterior de Dan Marino. Naquele ano, ele teve 4.557 jardas e um rating médio de 121,1, além de ter mostrado o potencial explosivo do ataque dos Colts, que tinha ótima conexão com seus recebedores, especialmente Marvin Harrison e Reggie Wayne. Como resultado, foi MVP pela segunda vez consecutiva.

Super Bowl e mais MVPs

Durante o período em que ficou no Colts, Peyton Manning levou a equipe à pós-temporada em nove das 11 temporadas entre 1999 e 2010. Além disso, disputou duas vezes o Super Bowl, conquistando o Super Bowl XLI em 2007 contra o Chicago Bears por 29 a 17. Na ocasião, ele recebeu o prêmio de MVP da partida.

Depois do Super Bowl, Peyton Manning teve uma temporada de altos e baixos em 2008, mas terminou com seu terceiro prêmio de MVP. Naquele ano, ele teve 4.002 jardas passadas e 27 touchdowns, alcançando a pós-temporada via Wild Card. No jogo classificatório, os Colts perderam e foram eliminados para o, então, San Diego Chargers (atual Los Angeles Chargers) por 23 a 17.

Em 2009, Jim Caldwell assumiu o cargo de head coach dos Colts, o que se mostrou uma ótima mudança para Peyton. Naquela temporada, o quarterback teve 4.500 passes e 33 touchdowns. Com o fim do período regular, o jogador recebeu o troféu de MVP pela quarta vez, tendo ainda alcançado o Super Bowl XLIV. No entanto, a equipe perdeu para o New Orleans Saints por 31 a 17.

Lesão e troca para o Denver Broncos

Depois de sofrer uma grave lesão no pescoço que o afastou de toda a temporada de 2011, Peyton Manning foi dispensado pelos Colts, que decidiram reconstruir a equipe ao redor de Andrew Luck. Foi quando o Denver Broncos adquiriu o jogador, iniciando outra era de sucesso do quarterback.

Em 2013, Peyton teve uma temporada histórica, lançando para 5.477 jardas e 55 touchdowns, estabelecendo dois recordes da NFL. Como resultado, conquistou o seu quinto troféu de MVP, outra marca expressiva na liga. Além disso, levou os Broncos ao Super Bowl XLVIII, embora tenha perdido para o Seattle Seahawks por 43 a 8.

Dois anos depois, em 2015, Peyton Manning teve uma temporada de altos e baixos, a qual terminaria como a sua última na NFL. Apesar disso, ele liderou os Broncos a uma aparição no Super Bowl 50, culminando no segundo título do quarterback.

Naquela temporada, Peyton teve 2.249 jardas, nove touchdowns e 17 interceptações, números que foram alguns dos piores da carreira. Em seu último jogo, porém, conquistou seu segundo título da NFL no Super Bowl 50, contra o Carolina Panthers, vencendo por 24 a 10. Com a conquista, se tornou também o quarterback mais velho a disputar a final da liga, com 40 anos.

Estatísticas, recordes e conquistas

Ao longo da carreira, Peyton Manning estabeleceu uma série de estatísticas que o colocaram em um dos melhores de todos os tempos. Isso porque, além de ter sido eleito MVP da NFL em cinco ocasiões (2003, 2004, 2008, 2009, 2013), também figurou 14 vezes no Pro Bowl.

Falando em recordes, foi o primeiro quarterback a vencer o Super Bowl por duas franquias diferentes como titular (Indianapolis Colts e Denver Broncos). Além disso, Peyton é lembrado por atuações em playoffs, crescendo em momentos decisivos.

Em temporada regular, Peyton Manning detinha o recorde de mais passes para touchdown em uma temporada com 55 em 2013. Na época, esse recorde superou a marca anterior de Tom Brady, de 50 touchdowns em 2007. Além disso, estabeleceu o recorde de mais jardas passadas em uma única temporada, com 5.477 jardas, quebrando a marca de Drew Brees, que era de 5.476 jardas.

Peyton se aposentou com 200 vitórias na carreira, sendo 186 na temporada regular e 14 nos playoffs, um recorde posteriormente ultrapassado por Tom Brady. Ele deteve ainda o recorde de mais jogos com quatro ou mais passes para touchdown, com 35 partidas. Além disso, teve o recorde de mais temporadas com 4.000 ou mais jardas passadas, com 14, e mais touchdowns combinados (temporada regular e playoffs), com 579.

Estilo de jogo de Peyton Manning

A carreira de Peyton Manning ficou marcada também por seu QI de futebol americano. Essa característica aparecia o tempo todo, já que, ao contrário de outros quarterbacks mais móveis da época, o sucesso dele se baseava na leitura das defesas, em fazer ajustes pré-snap e lançar a bola com precisão.

Aliás, Peyton sempre gritava “Omaha” na linha de scrimmage quando ia fazer algum ajuste de acordo com o posicionamento adversário. Com um olho rápido, também liberava bolas de forma muito rápida, principalmente utilizando passes curtos e intermediários para desmontar as defesas. Além disso, ele reconhecia muito bem rotas de cobertura e blitzes, ajustando a jogada ofensiva.

Outro ponto de destaque de Peyton Manning era seu uso do “no-huddle offense”, prática que, em geral, caracteriza uma reunião do ataque antes do snap. Ao não ter essa reunião, o quarterback forçava as defesas adversárias a permanecerem em campo sem substituições, causando fadiga e erros. O jogador se destacou ainda em play actions para enganar o time adversário, criando espaço no campo para seus recebedores.

Aposentadoria

Peyton se aposentou oficialmente da NFL em março de 2016, poucos meses após vencer o Super Bowl 50. Desde então, ele se manteve em destaque no futebol americano devido aos seus programas esportivos. Um dos projetos mais notáveis do ex-quarterback foi o “Peyton’s Places, programa de entrevista produzido pela ESPN. Mais tarde, firmou parcerias com marcas famosas para ações publicitárias.

Atualmente, Peyton Manning se firmou ao lado de seu irmão Eli Manning na grade de segunda-feira do canal ESPN2 com o podcast “The ManningCast”. Durante o Monday Night Football, os dois ex-jogadores comentam sobre a partida, mas também sobre a rodada da NFL por completo, com bom humor.

Além de suas atividades na mídia, Peyton fundou a “PeyBack Foundation”, uma organização dedicada a apoiar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. A fundação tem como objetivo fornecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional para jovens em comunidades carentes. Além disso, o ex-jogador atua como mentor de quarterbacks mais novos e inexperientes.

Em 2021, Peyton Manning foi introduzido no Hall da Fama do Futebol Americano Profissional, com o ex-jogador fazendo um grande discurso destacando a importância do trabalho em equipe e do amor pelo esporte.