Seja dentro ou fora de quadra, a presença de Zion Williamson é praticamente impossível de ser ignorada até mesmo nas estatísticas. Desde os tempos de colegial, o ala-pivô se destaca não só por sua presença física imponente, mas também por seu talento inegável e pelas polêmicas que adora se envolver. Vamos conhecer a história dele?
Zion Williamson: história e início de sua carreira
Nascido em Salisbury, na Carolina do Norte, Zion Williamson é filho de um jogador de futebol americano universitário e de velocista universitária. O jovem adorava praticar diversos esportes e chegou a jogar futebol e futebol americano como quarterback por influência de seu padrasto. Foi no basquete que ele encontrou seu amor.
Zion cursou o colegial na Spartenburg Day School, uma pequena escola particular na cidade de Spartanburg, na Carolina do Sul. Antes mesmo de começar a atuar pelo time, o jovem cresceu de 1.75m para 1.91m e começou a fazer enterradas nos treinos. Sua temporada como calouro teve números estrondosos, somando médias de 24.4 pontos e 9.4 rebotes, levando os Griffins a sua primeira final estadual da SCISA.
A segunda temporada de Zion foi ainda melhor. Além dos 28.3 pontos e 10.4 rebotes em média por partida, o ala-pivô conduziu os Griffins a seu primeiro título estadual I-2A e, consequentemente, recebeu a nomeação de jogador do ano de sua região. Por conta de suas atuações, ele foi convidado a participar do NBPA Top 100 Camp e foi o cestinha, além de vencer o concurso de enterradas promovidos pela Under Armour Elite 24.
Destaque na mídia e nas redes sociais
O terceiro ano do colegial foi quando realmente as coisas começaram a mudar para Zion Williamson. Não só pela conquista do bicampeonato estadual da SCISA ou pelas médias impressionantes de 36,4 pontos, 11,4 rebotes e 3,5 assistências por jogo, mas por conta de suas jogadas impressionantes que começaram a viralizar nas redes sociais.
A atenção no jovem atleta era tão grande que ele obteve um acordo para que um jogo dos Griffins fosse transmitido em rede nacional. Diversas estrelas midiáticas, como o rapper Drake, começaram a citar o ala-pivô e até mesmo usar suas camisas publicamente. Em seu último ano atuando no colegial, Zion Williamson repetiu as médias de 36.4 pontos, 11.4 rebotes e 3.5 assistências por jogo, e guiou seu time ao terceiro título estadual da SCISA com 38 pontos na final.
Chegada à Universidade de Duke e lesão polêmica
Considerado como prospecto de cinco estrelas, Zion Williamson recebeu cerca de 16 ofertas de universidades americanas. No entanto, optou por aceitar a bolsa de estudos da Universidade de Duke.
Em sua decisão, que foi transmitida ao vivo pela ESPN, a jovem sensação apontou a importância do treinador Mike Krzyzewski, o “Coach K”, como fator decisivo. Após Zion, a universidade também recrutou RJ Barrett e Cam Reddish, se tornando a primeira na história da NCAA a conseguir recrutar os três melhores prospectos oriundos do colegial.
O impacto de Zion em Duke foi imediato. Na primeira semana, ele quebrou o recorde de pontos da estreia de um calouro com 28 pontos, e com os 27 pontos no jogo seguinte, se tornou o segundo atleta na história de Duke a marcar pelo menos 25 pontos, 15 rebotes e cinco tocos em seus dois primeiros jogos.
No dia 20 de fevereiro, Duke enfrentou North Carolina em um dos duelos mais aguardados da temporada regular da NCAA e que atraiu atenção nacional. A participação de Zion, no entanto, durou apenas 36 segundos. O atleta sofreu uma torção no joelho quando seu pé rasgou o seu tênis com o impacto do movimento em uma cena bizarra.
O lance viralizou rapidamente e gerou inúmeras consequências. Primeiro, a Nike, marca do tênis, perdeu 1,1 bilhão de dólares em valor no mercado de ações americano. Além disso, o fato gerou uma grande discussão sobre a NCAA. Afinal, a liga universitária foi criticada por não remunerar atletas, já que a carreira do jovem poderia ter acabado. Zion retornou durante os playoffs e levou Duke até o Elite 8, mas a equipe foi eliminada por Michigan State.
NBA Draft e chegada ao New Orleans Pelicans
Depois de uma temporada em Duke, Zion Williamson anunciou que estava se declarando à classe de 2019 do NBA Draft. De olho em alguns times em específico, segundo a “ESPN”, ele não queria jogar no New Orleans Pelicans, dono da primeira escolha geral. No entanto, os Pelicans usaram a primeira escolha geral do Draft e decidiram escolher o ala-pivô.
Seu primeiro ano na NBA começou com problemas. Durante a pré-temporada, Zion rompeu o menisco do joelho e ficou de fora por três meses. Com apenas 24 jogos disputados como calouro, o atleta somou médias de 22,5 pontos e 6,3 rebotes e terminou como o primeiro calouro desde Michael Jordan a marcar 20 pontos em 16 de seus primeiros 20 jogos na NBA.
No ano seguinte, Zion se viu livre de lesões, somando médias de 27 pontos, 7,2 rebotes e 3,7 assistências e sendo indicado ao All-Star Game pela primeira vez em sua carreira. Ele ainda igualou o recorde de Shaquille O’Neal com 25 jogos com pelo menos 20 pontos com 50% de aproveitamento nos arremessos.
Durante a pós-temporada, Zion sofreu uma fratura grave no pé direito e precisou ser submetido a uma cirurgia. A expectativa inicial era que o jogador se recuperasse a tempo para o início da temporada, mas isso não aconteceu. Depois, os Pelicans anunciaram que o novo prazo de retorno seria em dezembro, mas este prazo também não se cumpriu.
Então a franquia anunciou que a recuperação do jogador não estava correndo como esperado e que ele precisaria de mais algumas semanas para ficar pronto. O novo e último anúncio saiu em março, confirmando que o atleta não jogaria no restante de 2021-22.
Renovação de contrato e novas lesões
Ao início da temporada de 2022-23, Zion Williamson renovou seu contrato com a equipe. Todavia, fez seu retorno às quadras e comandou um bom início de temporada regular com médias de 26 pontos, 7 rebotes e 4,6 assistências por partida. No entanto, uma nova lesão, desta vez na coxa, o tirou de quadra em dezembro e diminuiu as expectativas dos Pelicans na temporada.
Ele ganhou a nomeação ao All-Star Game pela segunda vez na carreira, mas a lesão impediu que competisse. Novamente, a franquia forneceu alguns prazos que não se cumpriram e, consequentemente, anunciou que o ala-pivô não retornaria na mesma temporada. Sem Zion, a equipe de New Orleans perdeu força e não conseguiu sequer se classificar para o play-in.
Depois de duas temporadas afetadas por lesões, Zion Williamson retornou aos Pelicans em 2023-24. Desta vez, totalmente disposto a mostrar o quanto poderia contribuir dentro de quadra quando está saudável. E saudável ele ficou por toda a temporada, somando médias de 22,9 pontos, 5,8 rebotes e 5 assistências por suas 70 partidas disputadas no ano.
O ala-pivô fez, enfim, sua primeira aparição na pós-temporada. Disputando o play-in, Zion colocou estatísticas de 40 pontos, 11 rebotes e 5 assistências durante a partida e roubou os holofotes. Mesmo assim, os números não foram suficientes para impedir a eliminação de New Orleans contra os Lakers.
Estatísticas de Zion Williamson na NBA
2019-20 – 24 jogos, 27.8 minutos | 22.5 pontos, 6.2 rebotes e 2.1 assistências
2020-21 – 61 jogos, 33.2 minutos | 27 pontos, 7.2 rebotes e 3.7 assistências
2021-22 – não atuou.
2022-23 – 29 jogos, 33 minutos | 26 pontos, 7 rebotes e 4.6 assistências
2023-24 – 70 jogos, 31.5 minutos | 22.9 pontos, 5.8 rebotes e 5 assistências