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Fruto de identificação com o Brasil, saiba qual é o mascote oficial do Palmeiras

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A história sobre o mascote do Palmeiras durou décadas até uma definição. Atualmente, o periquito e o porco são os dois animais que representam e animam os torcedores em jogos como mandante. Entretanto, nem sempre estes dois ficaram lado a lado, com o porco tendo que “apagar” sua imagem de monstro para se tornar símbolo de orgulho para a torcida palmeirense.

Por que o periquito é o mascote do Palmeiras?

A fama de periquito começou com os próprios torcedores, em 1917. Naquele ano, o Palmeiras passou a usar o verde como sua principal característica e, claro, precisava de um mascote. Com pouco tempo, a ave típica brasileira caiu nas graças e se tornou mascote.

Além disso, a localização antiga do estádio do Verdão contribuiu para a associação entre as partes. Isso porque o Parque Antártica era rodeado por bosques e, naquele espaço, os periquitos eram facilmente vistos por todos que passavam por lá.

A partir da década de 1940, o Palmeiras deixou de ser Palestra Itália em decorrência da Segunda Guerra Mundial, visto que o Brasil apoiou os aliados, grupo de países que lutaram na guerra contra a Alemanha, Itália e Japão. Sendo assim, as instituições com nomes em alusão à Itália precisaram ser alteradas.

Ainda assim, mesmo com a alteração dos nomes, a comunidade italiana era relacionada ao fascismo. Por causa disso, o Palmeiras e seus torcedores foram alvos de muitas ofensas. Isso resultou, então, no surgimento de apelidos pejorativos, como o de “porco”.

Foi naquele momento também que diversos cronistas de veículos no Brasil passaram a associar o periquito com algumas estrofes presentes no hino oficial palmeirense. Como uma forma de “limpar a imagem”, falava-se muito da parte em que a música indica que se trata de um time “que sabe ser brasileiro”. Isso deu gás para a associação do porco como mascote do Palmeiras.

Porco como identidade palmeirense

Em 1969, o Corinthians perdeu dois jogadores, que faleceram em um acidente. Por isso, pediu para a Federação permitir a inclusão de dois atletas, mas a fase de inscrição já estava encerrada. Para o pedido ser aceito, todos os clubes precisavam de uma permissão. Todos votaram a favor do Timão, menos o Palmeiras. Desde então, o termo “porco” ficou mais forte.

Em 1983, João Roberto Gobbato ocupava o cargo de diretor de marketing do Verdão. Ele foi o primeiro favorável a oficializar o porco como mascote do Palmeiras, com o objetivo de encerrar as provocações adversárias. Depois disso, os torcedores abraçaram a ideia e começaram a gritar “PORCO!” durante os jogos.

Um dos jogos mais marcantes aconteceu em um clássico contra o Santos, em 1986, vencido pelo Palmeiras por 1 a 0. Durante o jogo, o público presente no Pacaembu começou a gritar “E dá-lhe Porco”. Entretanto, há quem diga que os primeiros cânticos como forma de apoio ocorreram em agosto de 1986, quando o Verdão venceu o Corinthians por 3 a 0.

Apesar disso, o primeiro grande reconhecimento do porco como mascote do Palmeiras aconteceu após uma vitória sobre o Santos. Depois do jogo, a “Revista Placar” publicou uma capa marcante com o jogador Jorginho Putinatti segurando um porco.

A oficialização do Porco como mascote do Palmeiras

Mesmo após a torcida e jogadores adotarem o porco como mascote do Palmeiras, a diretoria ainda não havia aceitado a ideia. Assim, demorou 30 anos até a oficialização. Nesse meio-tempo, a torcida presenciou Paulo Nunes comemorando um gol com uma máscara de porco.

Foi mesmo em 2015 que o Alviverde colocou um dirigível em formato de porco para sobrevoar o Allianz Parque. Um ano depois, a administração oficializou o animal como mascote do Palmeiras. O porco em questão era verde e se apresentou como Gobbato, em homenagem ao diretor de marketing que iniciou a campanha.