Nesta terça-feira (15), os fãs da bola laranja no Brasil amanheceram com uma grande notícia. Afinal, o armador de basquete Raulzinho estará de volta ao NBB após 13 anos, nos quais atuou por diversas competições de ponta no exterior, incluindo a NBA, e se consagrou como um dos principais nomes do esporte no país. Ele chega para ajudar uma jovem equipe do Pinheiros que, a partir de agora, pode ter aspirações mais altas no basquete nacional.
Leia o texto para saber mais sobre esse assunto e entender os motivos que o levaram a assinar com o clube paulista. Além disso, confira um pouco da sua trajetória na modalidade.
O começo de Raulzinho no basquete do Brasil
Raul Togni Neto nasceu na cidade de São Paulo em 1992. Ele é filho de um ex-atleta, Raul Togni, que também atuou no esporte durante um certo tempo.
O interesse de Raulzinho na modalidade começou em Poços de Caldas, onde morou com a família na infância e jogava de forma amadora. No entanto, em se tratando de sua trajetória profissional, o atleta iniciou sua jornada na temporada de 2008/09. Na ocasião, fazia parte do time do Minas Tênis Clube e entrou em duelo válido pela antiga Liga das Américas (que hoje deu lugar a Basketball Champions League).
Seu início pela equipe, de forma geral, foi discreto, mas isso mudaria a partir da temporada de 2011/12. Esse ano, o armador teve médias impressionantes de 12,6 pontos, 2,9 rebotes e 2,2 assistências por jogo. A partir daí, se sacramentou como um dos grandes nomes do basquete brasileiro na atualidade e foi tentar a sorte no exterior.
Passagem pela Espanha
Raulzinho passou por dois clube no basquete espanhol, na principal liga do país, a ACB. De início, fez parte do Gipuzkoa, onde jogou por três temporadas e conseguiu bons números. A tabela abaixo mostra quais foram eles:
| Temporadas | Jogos | Pontos | Assistências | Rebotes |
| 2011/12 | 34 | 5,7 | 2,0 | 1,8 |
| 2012/13 | 34 | 8,5 | 2,9 | 2,4 |
| 2013/14 | 27 | 9,8 | 3,3 | 2,9 |
Posteriormente, foi para o UCAM Murcia, time no qual ficou uma temporada e também teve boas performances:
| Temporada | Jogos | Pontos | Assistências | Rebotes |
| 2014/15 | 34 | 8,9 | 3,9 | 2,1 |
Dessa forma, mesmo sem ganhar um título, mostrou seu talento e chamou a atenção de equipes do outro lado do Atlântico.
O basquete de Raulzinho na NBA
Originalmente, o armador foi draftado ainda em 2014, como 47ª escolha geral, mas assim como acontece com vários prospectos que atuam fora dos Estados Unidos, o atleta optou por esperar um pouco mais para se juntar à competição americana. Além disso, vale ressaltar que o time que o draftou foi o Atlanta Hawks, porém, seus direitos foram repassados ao Utah Jazz.
Em Utah, ficaria boa parte de sua carreira, com quatro temporadas disputadas, todavia, não teve muito espaço e era pouco aproveitado na rotação. Posteriormente, outros times que ainda contariam com seus serviços seriam os 76ers, os Wizards e os Cavaliers. Na franquia de Washington, esteve por dois anos e passou pelo auge da sua carreira na liga ao lado de Bradley Beal e Russell Westbrook:
| Temporadas | Jogos | Pontos | Assistências |
| 2020/21 | 64 | 8,7 | 2,3 |
| 2021/22 | 70 | 7,5 | 3,1 |
Ano de lesões
Depois de sair da NBA, em 2023, é preciso apontar que ele assinou um contrato com o Fenerbahçe, equipe turca bem tradicional no esporte. Entretanto, devido a uma lesão que sofreu na Copa do Mundo FIBA daquele ano, sequer entrou em quadra pelo time europeu e ficou um longo tempo se recuperando.
Com isso, em 2024, Raulzinho disse, em uma entrevista, que ficou sem ter onde jogar, já que o próprio Fenerbahçe havia terminado seu contrato mesmo sem divulgar de forma oficial.
Retorno ao Brasil
Por fim, como dito antes, após vários anos estando longe de quadras brasileiras, o armador assinou com o Pinheiros por uma temporada. Seu contrato, ainda por cima, tem uma cláusula que permite sua liberação em casos de ofertas da Europa ou dos Estados Unidos.
O próprio jogador explicou o motivo de sua volta: “Tive uma boa conversa com o Galvani (técnico do Pinheiros) e fiquei feliz com o convite, com a oportunidade de voltar a jogar no Brasil. O Pinheiros é reconhecido pelo excelente trabalho que faz, especialmente na base, revelando muitos jovens, e pela estrutura que possui.”
